Episódio 4

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ENZO

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ENZO

Após muita insistência, meu querido colega de profissão e amigo  de longa data,  Elijah, aceitou meu convite de sairmos para beber.

Ele havia  tido um péssimo dia, a  briga com sua noiva o deixou mal-humorado. Empático com sua  situação, eu insisti para que me fizesse companhia, era uma forma de unir o útil ao agradável  já que nunca gostei de beber sozinho. E ali estávamos nós, dois médicos respeitáveis e brilhantes, mas fadados a ruína por causa delas... mulheres. Lamuriavámos eventos passados e refletia os recentes. E a suma era uma só: tínhamos tido o azar de nos  apaixonarmos um dia.

— Bandidas! Ban-di-das.— soletrei para que  ficasse bem claro ao seu entendimento, o que  exatamente  Sarah e Sybil eram, duas bandidas. Filhas da puta, salafrárias que ferraram com a minha vida. Uma foi há cerca de 7 anos atrás,  Sybil, e apesar de eu ter a perdoado e até ter uma relação  bacana com ela hoje em dia,  eu  nunca esqueci o que me fez, já Sarah não, ela era uma ferida aberta.  E para piorar hoje fazia 1 ano do nosso término. Eu estava péssimo. Meu noivado com ela foi a relação mais  longa e intensa que tive em 38 anos de existência. As lembranças maltratavam como nunca.

—Sabe—  o  clínico geral, principiou.  — eu acho que você poderia ter evitado essa segunda traição. — lhe atravessei um rabo de olho de indignação —Você já tinha tido essa experiência antes, Lorenzo, sabia mais ou menos como uma adúltera costuma agir. Você foi tolo. To-lo. E acho que nunca deixará  de ser.

Como estávamos sentados um ao seu lado do outro sobre as banquetas do balcão do bar, ele esticou o braço e  descansou a mão em meu ombro.

— Oh, não.  Não mesmo cara,  não é fácil assim, Elijah, relacionamentos não vem com manual de instrução, você bem deveria saber disso. E digo mais, é impossível.  Im-po-ssí-vel evitar uma traição mesmo já sendo traído mil vezes.  Não dá. Ou eu confiava  nela ou me tornaria um psicotico, inseguro, obcecado. Além do mais, as mulheres tendem a ser  astutas na hora de enganar nós homens, e quando  apaixonados somos presas ainda mais fáceis. Eu era louco de paixão pela Sarah, nunca me passou pela cabeça chegar em casa e achá-la chupando o pau do  meu amigo. Faça-me o favor.— segurei com força a haste da taça  e virei o drink na boca por completo.

Sim, eu tinha o intuito de beber até esquecer que Sarah Nelson já passou pela minha vida.

— Eu nunca fui traído, talvez esteja teorizando muito sobre um assunto o qual desconheço, tem razão. Desculpe-me.

— Ou nunca descobriu..—  supus dando de ombros. Ele me lançou um olhar repreeensivo.

— Eu assumo que as mulheres têm o invejável dom de persuasão.— confessou —Elas de um jeito muito particular convencem, a nós homens que ao seus pés é o nosso lugar.— Elijah tinha uma forma única de se comunicar.  Era um homem extremamente inteligente,  centrado, todavia sofria de um  grande mal, tal como todos os outros homens: ele entendia muito pouco sobre as mulheres.

Colorir de Amor (Hot) - BonenzoOnde histórias criam vida. Descubra agora