Episódio 11

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ENZO 

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ENZO 

Eu estava exausto após uma noite longa e mal dormida. Só tinha um desejo: minha cama.

Assim que abri a porta de casa, a primeira coisa que meus olhos capturaram foram as várias sacolas de compras  no sofá, todas que salvo engano eram de produtos femininos. Fechei a porta intrigado e parei diante delas. Eram presentes os quais eu dei a Bonnie.  Confuso, tentei entender o que faziam ali encaixotados.

Ela então surgiu vestida de moletom, igual a  um pinguinzinho:  pequena e muito fofinha, mas isso não vinha ao caso no momento.

— O que é isso?  — meu cenho se franziu,  encarando-a em busca de resposta.

Eu só queria entender por que diabos aquilo  estava ali, empilhado.

— São coisas que você me deu.

— É, eu estou vendo. Quero saber o que fazem aqui?

—  É que eu... eu não as quero mais. Te agradeço, mas não quero nada seu. — Bonnie se aproximou, enfiou a mão no bolso do moletom e continuou:

—  Ah, isso também. — tirou o celular e bateu-o contra o  meu peito

— Não quero mais  nada seu. Na verdade, não quero nada  de ninguém. Quero paz. Eu estou cansada. Estou muito cansada de tudo e todos. De mim também. — para  evitar que  o aparelho caísse  no chão, eu o peguei.

Mas que merda eu faria com, sei lá, quantos  pares de botas, vestido e um celular?

— Do que você está falando?

— Eu tô falando que estou cansada de vocês tentando me comprar a todo momento. Todos vocês. Tô cansada de ser tratada como um objeto.

— Por que você  não volta a dormir, Bonnie? Vai deitar, você  não tá bem. Talvez acorde melhor. São seis horas da manhã.— chequei mo meu relógio.

— Não quero dormir. Para de querer me controlar.

— Não estou te controlando. Estou tentando te  ajudar.

— Eu não preciso da sua ajuda. De nada seu.

— Tudo bem.— bufei exausto.

— Faz assim, ó: Não precisa me devolver nada. Se não quer você pode queimar, doar, vender, rasgar, quebrar, jogar fora. Faça o que  bem quiser. Não são coisas minhas, são coisas suas.

— Que você  me deu.— ela retrucou.

— É esse o ponto, amor. Se eu te dei, não são mais meus. E se você não quer? Tudo bem. É só queimar tudo e voilá, problema resolvido.— devolvi o celular para ela que pegou com cara de poucos amigos.

— Não vou queimar dinheiro praticamente vivo, porque você se recusa a aceitar de volta o que é seu.

— Não uso salto alto Bonnie, nem vestido. Nada disso me serve. Pelo amor de Deus.  — joguei minha maleta no sofá sobre as caixas e sacolas.

Colorir de Amor (Hot) - BonenzoOnde histórias criam vida. Descubra agora