Episódio 14.1

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BONNIE

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BONNIE

Na primeira porta à esquerda, do fim do corredor, eu entrei.

Estava tão cega de raiva, os olhos embaçados de lágrimas que nem analisei-a  com atenção. Só vi, que em uma das  paredes havia uma porta que dava em um banheiro, onde entrei, e tratei logo de tirar o maldito vibrador de dentro de mim, fiz xixi e joguei-o no vazo do lixo.

Meu coração estava batendo acelerado e o nó da garganta cada vez mais sufocante.

Queria muito voltar lá e dizer poucas e boas aquela cobra e ao Enzo. Ou simplesmente atravessar a porta e desaparecer.  Mas não tinha força para absolutamente nada.

Jogada na sala abandonada, eu desabei em lágrimas. Desci dos saltos e escorreguei pela parede  de vidro que cobria todo perímetro. Sentada, com a cabeça entre as pernas chorei até as lágrimas gotejarem no chão.

Cansei de fingir ser forte.

Eu fui ridicularizada e humilhada, na noite que deveria ser a mais feliz da minha vida. Primeiro com as falas passivo-agressivas da Hayley, que ainda ditas  sem intenção de ferir, muito  me machucaram. Odiava ser invalidada, me sentir mais inferior do que  normalmente eu já me sentia. Ainda  para piorar, aquela ruiva sonsa foi lá e me menosprezou gratuitamente. E o Enzo? Nada me  machucou mais do que saber, que para ele,  eu era uma aproveitadora, alguém que se escorava nele. Com certeza,  nossas transas não eram nada além de uma forma de pagamento pelos favores que me fazia e pelos presentes que me dava. A forma com que olhou para ruiva sonsa, deixou claro que se fosse para  escolher alguém para apresentar a sua família e chamá-la de sua fora das quatro paredes seria ela.

Eu chorei por tanto tempo e com tanta intensidade, que fiquei com a sensação de que iria desmaiar de esgotamento.

Foi então que ouvi o som da maçaneta e um ranger de porta me alertar. Meus olhos hipersensíveis se abriram com dificuldade, encontrei um feixe de luz que  iluminou toda sala escura e silenciosa. Com dificuldade captei um silhueta alta e os ombros robustos do invasor. Bom, pelo cheiro e pisadas, não era alguém tão desconhecido assim.

Desejeva ser tragada  pela terra a ter que encará-lo.

— Bonnie? — o som dos seus sapatos tinindo sobre o chão de madeira era tudo que se ouvia, unido as batidas do meu coração.

— Ei, amor. Eu estava procurando  por você todo esse tempo.

— Por favor,  me deixe em paz. — o som da minha voz saiu abafado, não apenas porque respirava com dificuldade, mas devido à minha posição. Eu estava encolhida,  abraçada às minhas próprias  pernas.

— Ei— ele  se agachou diante de mim. O calor do seu corpo causou um choque térmico contra a minha pele.

— Sobre a fala da Maya... eu posso te explicar. Okay? Ela...

Colorir de Amor (Hot) - BonenzoOnde histórias criam vida. Descubra agora