Capítulo Seis

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E os dias continuaram passando, e essa foi a primeira vez que Victoria deixara sua casa de moda às mãos de outra pessoa por tanto tempo, mas ela queria que tudo corresse bem. Até Fernanda, que era a rebelde não quis se afastar de seu irmão nem por um momento, mas João Miguel estava muito bem, por sorte teve apenas um braço quebrado nesse trágico acidente. João Pedro queria voltar para o Rio, mas sua mãe não deixava.

Então João Pedro foi ao banco fazer umas transferências para a conta da empresa. E Malu estava fazendo a limpeza próxima aos caixas de atendimento, quando levantou os olhos e viu aquele homem entrando no banco, ela gritou e saiu correndo, João Pedro a viu somente pelas costas e ficou sem entender nada.

— Parece que a menina viu fantasma. — Falou para algumas pessoas que estavam aguardando na fila.

— Malu, porque você gritou assim? Parece que viu assombração, o pessoal ficaram olhando pra você. — Olga disse assim que Malu a alcançou, com uma mão no peito, lívida.

— Mas eu vi, ele ta aparecendo pra mim, poxa eu nunca fiz nada de mal pra ele ficar me assombrando. — Malu respondeu tremendo.

— Malu, quem? De quem você está falando menina. Tá vendo assombração agora? — Olga fez o sinal da cruz e empurrou Malu. — Vai lá terminar a limpeza, deve ser coisa da sua cabeça.

— Ah Olga, antes fosse. Mas tá bom, vou voltar lá e terminar meu trabalho.

Malu voltou para a limpeza e não avistou mais o moço que ela pensava que era o João Miguel.

— Não, eu morro e não vejo tudo, tinha uma menina maluca lá no banco hoje, que começou a gritar e saiu correndo quando eu entrei no banco, parece que tinha visto assombração. — Gargalhou. — E aí, está se sentindo melhor?

— Estou melhor sim, vocês não precisam se incomodar comigo.

Rio de Janeiro...

— E aí Maria, como está indo lá no trampo, não esbarrou mais com o bonitão? — Inocência quis saber.

— Tudo está ótimo, eu tenho ensaiado com a Antônia que é muito querida comigo, mas eu não vi mais o João Pedro, parece que ele foi numa viagem junto com a dona Victoria. — Maria levantou de repente se dando conta de algo. — Mas espera aí, porque será que ele foi junto? Que eu saiba é uma viagem de família, a dona Victoria foi pra casa de um filho em São Paulo que sofreu um acidente, pelo menos é o que estão falando na casa de moda, que estranho! Esse João é tão chegado da dona Victoria, será parente? Mas se fosse ele tinha me falado, conversamos tanto, até falei que ele era puxa saco, ele podia ter me dito. Estranho isso! — Maria estava bem desconfiada.

— Oh já pensou, se ele for parente da Victoria ele é rico, aí vale a pena investir. — Inocência, que de inocente só tinha o nome, disse empolgada.

— Boba para, só sei que estou morrendo de saudades dele.

Os dias se passaram João Miguel se recuperou e Victoria e sua família voltaram pra o Rio de Janeiro.

— Bom dia senhora, que bom vê-la! Como foi de viagem? — Maria falou assim que se encontrou com a senhora.

— Correu tudo bem, vamos ao nosso ensaio. — Elas ensaiaram a manhã toda, então Maria foi almoçar e no caminho João Pedro parou o carro perto dela que caminhava pela calçada.

— Será que eu posso acompanhar a moça para um almoço?

Não sei se é confiável. — Maria disse continuando andando.

A BELEZA DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora