Capítulo Dezenove

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— Meu Deus mãe, eu estava só te filmando para ver se você ia cumprimentar a noiva. — João Pedro disse assim que todos os convidados foram embora e ficou sozinho com sua mãe na sala. — E eu não estou acreditando no que vi, como pode ser tão dura assim? A ponto de abraçar o noivo e não abraçar a noiva que estava do lado dele? Eu sinceramente não te reconheço mais.

— Ah, por favor João Pedro, aquele dia até bati na Malu, lá em casa, ia chegar na maior cara de pau e abraçar ela? Pra ela me dizer um monte de desaforo? Eu não. E aquela ali quando solta o verbo, não para mais, igual a sua queridinha, nunca vi duas irmãs tão geniosas.

— Ah elas são geniosas? Engraçado, são muito parecidas com você.

— Ah JP, não nos compare. E eu também não ia querer passar por isso, de me humilhar e no fim não ser entendida.

— Hum, então deixa eu ver se entendi, você não quer que aconteça com você, o que fez com a Maria? Que se humilhou indo se despedir de você, querendo perdoar você e você a desprezou? Você não quer que ninguém faça isso com você, não é mesmo?

— JP, por favor, não sei do que você está falando.

— Sabe sim, perfeitamente.

— Ah, então a sua amada já te contou, vocês andam se encontrando então?

— Não mãe, não estamos nos encontrando, ainda. — João Pedro frisou o "ainda" . — Mas aquele dia mesmo, eu a encontrei chorando e ela me contou.

— Claro! E você a defende sempre.

— Sim mãe, a defendo por que a amo com minha alma e agora que a Ximena saiu de casa, eu vou lutar pela Maria e quando meu filho nascer, eu vou me divorciar da Ximena e então casarei com Maria.

— Não preciso ouvir isso. —Victoria subiu para o quarto em que estava hospedada na casa de João Miguel e Osvaldo já estava dormindo quando ela entrou, então sentou-se na beira da cama e chorou.

Maria estava saindo da cozinha, quando deu de cara com João Pedro na sala.

— Oi Maria, quero conversar com você, onde você está morando?

— Ai João Pedro, eu já estava subindo para o quarto, todos já foram só estamos nós aqui e não é certo.

— Porque não? Você não fica confortável com a minha presença?

— Sei lá João, se tua mãe nos ver, já vai querer me crucificar. — João Pedro sorriu e segurou a sua mão a puxando para si.

— Vem cá, meu amor. — João Pedro segurou o rosto de Maria entre as mãos e ia beijá-la, mas ela se afastou.

— Não, eu não posso.

Maria subiu correndo para seu quarto, uma parte dela queria descer aquelas escadas e agarrar o seu amado e não soltá-lo nunca mais, mas outra parte pensava no escândalo que Victoria armaria, se os visse juntos. Pensava no filho de Ximena e pensava sobretudo que não seria certo um envolvimento com um homem casado, mesmo que esse homem seja o grande amor de sua vida. Ela teria que resistir e tentar fugir de todas as formas. João Pedro ficou mais um pouco por ali, pensando que Maria já não o amava tanto quanto ele e enfim subiu para o quarto pra descansar.

João Miguel e Malu por sua vez, chegaram em Fernando de Noronha de madrugada. Ficaram por cerca de um hora sentados na areia admirando o céu, a noite linda e o mar em sua frente. Depois João Miguel pegou Malu no colo e entraram na casa, Malu se encantava com cada coisa que via, mas quando os dois se abraçaram e pintou um certo clima, Malu ficou com medo e com vergonha.

A BELEZA DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora