Capítulo Cinco

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Dias depois – São Paulo

— João Miguel o que ela está fazendo aqui? — Viviana perguntou ao entrar na sala e ver Malu lá.

— Ela trabalha aqui, esqueceu?

— Com licença. — Malu diz e sai da sala rapidamente.

— É inadmissível essa garota ficar circulando por aqui, o que ela estava fazendo aqui?

— Viviana, pode parar com esse seu showzinho, que a menina trabalha aqui nesse setor e traz café para todos aqui da administração. Agora me dê licença, vai para casa porque tenho muita coisa para fazer.
—Viviana sai cheia de raiva da sala e encontra Malu.

— Sua vadia, o que você tanto faz na sala do meu marido? Vagabunda, eu te odeio e vou transformar sua vida em um inferno aqui dentro, você é uma vulgar, por traz desta sonsa, tem uma sem vergonha, nem tua mãe te quis, você acha que meu marido vai te querer? Vadia, sua mãe devia ser uma vadia igual a você, que na certa engravidou de um homem casado e para ninguém descobrir abandou você. — Malu suportou todas as suas palavras de ofensas, mas no momento em que ela falou da sua mãe, Malu sem pensar nas consequências a derruba no chão em um golpe certeiro, põe seu joelho no estomago de Viviana, com uma mão segura seus braços e com a outra aplicava socos e tapas na cara. Como aquela megera descobrira que ela era órfã? Ah claro, no dia em que foi assinar o contrato de trabalho, ao ser questionado o nome dos pais, ela teve que dizer que era órfã e aquilo havia se espalhado.

— Você lava a sua boca pra falar da minha mãe, sua bruxa nojenta, toma toma, desgraçada, toma. — Laiz ao ver aquela cena, saiu correndo para chamar João Miguel.

— Doutor, doutor! Pelo amor de Deus! A Maria Luiza e sua esposa estão rolando no chão na recepção, se o senhor não correr é bem capaz da Maria Luiza matar a sua esposa. — João Miguel se levanta na mesma hora e saiu correndo.

Quando chegou na recepção e viu aquela cena, ele se encheu de raiva vendo a sua esposa quase sem força e Malu em cima dela, dando socos e ela sem reagir. Ele agarrou Malu, tirando-a de cima de sua esposa, Malu cega de raiva se esperneava e como uma onça ela estava pronta pra atacar novamente no primeiro descuido que João Miguel tivesse e a soltasse.

— Para Maria Luiza, fica quieta. — Gritou João Miguel, deixando Malu assustada e um tanto mais quieta. — Maria Luiza, o que eu falei pra você? Que eu não aceitaria mais nenhum tipo de falta de respeito com minha esposa? Aí você parte para agressão física? Meu Deus, aquele dia eu já não gostei muito de você ter desrespeitado sua chefe. Além do mais, você foi grossa até comigo, mas eu achei que eram só palavras, que era culpa da sua falta de educação, não podia imaginar que você chegaria a tanto. — Malu estava com os olhos cheios de lágrimas, ainda sendo contida por João Miguel. — Viviana como você está? — João Miguel perguntou olhando a esposa no chão.

— Ai João, essa louca me atacou, eu fui conversar com ela na boa e ela me atacou, poxa aquele dia ainda eu falei umas palavras que a tiraram do sério, mas hoje eu não fiz nada, tá todo mundo de prova. — Viviana falava chorando e quando falou que todos estavam de prova, olhou com um olhar ameaçador, e como ela era esposa do vice-presidente do hospital, todos ficaram com receio e não se atreveriam a contrariá-la. Malu permanecia calada, com a respiração ofegante, tremendo de raiva e não acreditando na capacidade de uma pessoa mentir descaradamente.

— Calma Vivianinha, isso tudo vai acabar. — João Miguel soltou Malu e ajudou Viviana se levantar, a abraçou e olhou para Malu. — Sinceramente Maria Luiza, te digo isso do fundo do meu coração, eu não queria ter que fazer isso, mas você não só desrespeitou a Viviana, como a mim também. Ele fechou os olhos, tentando engolir o nó que se formou em sua garganta. — Porque você não foi capaz de obedecer o que disse? E além do mais, agressão física aqui dentro do hospital jamais será permitida, você está sendo demitida por justa causa, eu esperava mais de você, você me desapontou muito, agora pegue suas coisa e vai embora. — João Miguel falou tudo aquilo com uma dor enorme no seu coração, mas ele tinha que cumprir com o estatuto do hospital, agressões físicas eram terminantemente proibidas, mas ele se sentia mal por nem dar o direito de defesa para Malu.

A BELEZA DO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora