Capítulo 06

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O Galo ganhoooouuu(obrigada pela torcida despretensiosa e nada interesseira de algumas pessoas kkkk)! Então aqui estamos para cumprir o combinado!

PS: Atenção na passagem de tempo!

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2006

P.O.V. Beatriz

Quanto tempo duram dois anos? Tá, eu sei que são vinte e quatro meses, setecentos e tantos dias, milhares de horas. O que eu quero dizer, ou melhor filosofar, é a percepção de tempo que temos durante dois anos.

Continua confuso.

O que estou tentando falar é que o tempo está passando muito rápido, pois mal percebi que já fazem mais de dois anos que minha mãe se foi. As memórias continuam vivas, porém minha madrinha tinha razão, ficou apenas a saudade.

Muita coisa mudou de lá pra cá, inclusive meus pensamentos e desejos. Finalmente consegui entender que sou parte da família, sem me sentir uma intrusa ou que ali estou por pena ou obrigação.

Outro dia o padrinho me apresentou como a filha caçula durante um jantar de negócios e eu não me cabia em mim de felicidade. Ele falou com tanta naturalidade! Lembro exatamente das suas palavras...

"Por favor, desculpem a minha filha caçula, ela é levemente descoordenada!".

Você deve estar se perguntando o que aconteceu, e posso afirmar que não foi nada demais perto do que sou capaz de fazer.

Apenas consegui esbarrar no garçom quando o mesmo estava prestes e me servir, então o copo de suco entornou e o líquido caiu no meu prato.

Droga, a lasanha estava tão gostosa!

As meninas seguraram a risada, a dona da casa me olhou com simpatia e o garçom ficou sem saber o que fazer, até que falei com ele para ficar tranquilo porque a culpa era minha. O rapaz me ofereceu outro prato, porém fiquei com vergonha de aceitar e parecer a gulosa.

O restante da noite foi tranquila, apenas a Samantha dando uns perdidos de vez em quando. Ela acha que eu não sei seu segredo...

Você não manda em mim! — Ouço os gritos da Sam mesmo a porta do escritório estando fechada.

Eu e Cacá nos entreolhamos e ficamos quietas na sala, ao lado da madrinha. Mais uma vez a Samantha está enfrentando o pai por algum motivo que ainda não sabemos.

Aff, ele nunca grita! Desse jeito não dá pra saber a fofoca!

— Mãe...

— Sim?

— A Senhora não deveria entrar lá?

— Eu não. Os dois carneiros chifrudos que se entendam.

— Mãe, ela está cada vez mais alterada, o papai pode ficar nervoso e revidar.

— Scarlet, seu pai jamais bateria na Samantha, apesar de que ela tem se esforçado para merecer umas palmadas.

— Madrinha! Violência não resolve nada...

— Estou brincando, Bia. A verdade é que a Samantha está precisando de limites e o Téo está tentando dar uma última chance para ela.

Acho tão estranho a madrinha chamando o marido pelo apelido! Acho que ela é a única pessoa no universo que chama o juiz Teodoro Magalhães desse jeito.

— Como assim última chance, Mãe?

— Também não entendi, Scarlet. Só sei que essa conversa será longa, então mudemos de assunto. Bia, você já escolheu seu presente?

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