Capítulo 03

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Oi gente! 

Bom, como é meu padrão, postarei dia sim, dia não, portanto esse mês as postagens serão nos dias ímpares :)

Preparem-se para colocar a Bia num potinho rsrsrs

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P.O.V. Beatriz

Mas esse mundo está perdido, minha mãe tem razão! Como que pode um Juiz de verdade, daqueles que trabalham no Fórum, contratar uma criança como empregada?

Que horror!

— Beatriz, você está me ouvindo?

— Sim, Senhor!

— O que está acontecendo? — Scarlet pergunta da porta.

— O Padrinho vai me contratar, Cacá.

— O quê? Contratar? — Ele pergunta assustado e agora que eu não entendendo mais nada.

— O Senhor acabou de dizer que...

— Beatriz, eu disse que aqui é seu lugar me referindo à nossa casa! O que eu quero dizer é que nós vamos cuidar de você!

Oh! Como assim cuidar? Será que ele quer me adotar? Caio sentada na cama e fico sem saber o que pensar.

Eu gosto deles, mas não quero ser adotada, é como se minha mãe não tivesse feito um bom trabalho... eu não quero outra família, eu já tenho família...

— Eu... eu não quero... — Falo baixinho ainda confusa e espero pela reação brava dele, que não vem.

Tomo um mega susto quando meu padrinho se senta ao meu lado na cama e passa a mão na minha cabeça com carinho.

— Porque você não quer ficar aqui? O que te incomoda?

— Padrinho, desculpa, mas eu já tenho família!

— Claro que tem, você tem a sua mãe e todos nós. Somos todos a sua família.

Acho que o luto está mexendo com a cabeça dele... já esqueceu que a minha mãe morreu?

— Não tenho mais mãe...

— Bia, família é além de presença física e laço sanguíneo. Família são as pessoas que cuidam da gente, que nos protegem, que nos amam. As minhas filhas amam você como uma irmã, assim como Vanessa e eu amamos você como se fosse uma filha caçula.

Eles me amam? Arregalo os olhos e escuto um barulho. Olho para a porta e vejo a Sam e a madrinha na porta. Adivinhem qual das duas está chorando?

— Sua mãe continuará cuidando de você onde quer que esteja, Bia. Eu tenho certeza de que ela quer o melhor para você, e não há motivos para ir embora.

— Madrinha, eu passei a vida inteira sendo ensinada a separar as coisas. Mesmo que eu goste das meninas e faça coisas que elas fazem, eu não sou irmã de verdade delas.

— Nós podemos te adotar e...

— Não, Padrinho. Eu não quero. Eu já tenho família, não quero outra...

— Mas...

— Obrigada, mas se eu puder só continuar morando aqui já tá bom.

Ele parece pensar por um tempo e não deixa as outras três falarem mais nada. De repente, o homem mexe o canto da boca de um jeito estranho. Aquilo é um sorriso? Ele quase nunca sorri...

— Tenho uma proposta para você, Beatriz.

— Qual?

— Vou te contratar.

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