Capítulo 1

824 63 95
                                    

Meredith já estava cansada dessa vida, era tratada como ninguém, como se não valer-se nada, tinha somente 23 anos, não viveu quase nada na vida.
Seu pai nunca se importou com ela, e nunca quis a responsabilidade de ser pai, a abandonou quando ainda era uma criança pequena, a deixando com os cuidados da mãe que era muito pobre e mal tinha condições de a sustentar. Conseguiu terminar o ensino médio com muito esforço, porque além de estudar, ainda tinha que contribuir com as despesas da casa da sua mãe, trabalhando.

Quando conheceu Andrew Deluca foi aí que sua vida foi de mal a pior. De início era incrível quando eles eram amigos, ele ajudava Meredith e sua mãe financeiramente, e essa gentileza dele foi obviamente com segundas intenções com a garota, e Meredith inocente resolveu dar uma chance a ele, pois ele sempre foi muito atencioso com ela.

A partir do momento que a relação foi ficando abusiva, ele resolveu controlar a vida dela, o mesmo não deixou Meredith cuidar da mãe doente, levando à senhora a morte.

Ela não tinha mais família, Andrew era a única pessoa presente na vida dela.
Eram os dois sozinhos morando em uma grande casa no morro.
E pode se dizer que... nunca foi tão infeliz na vida.

{...}

Meredith acordou e foi descendo as escadas sentindo muitas dores da noite passada, apanhou sem dó e piedade de Andrew e ainda foi obrigada a fazer amor com ele. Sempre que ela o irritava por algum motivo mínimo ele batia nela, só que era muito difícil Meredith irritar qualquer um porque ela é uma pessoa muito doce e simpática, mas aparentemente ele procurava motivos pra bater nela, ou descontar sua raiva.

Foi até a cozinha, olhou para o relógio e viu que era exatas 6:00 da manhã, começou a preparar o café dele, igual fazia todos os dias. Ela serviu a mesa e deixou tudo pronto bem na hora que Andrew desceu arrumado.

- Bom dia amor. - Andrew deu um beijo na cabeça dela. - A noite de ontem foi foda hein.

- É... foi sim. - ela mentiu, ontem ela tinha pedido muitas vezes pra ele parar e ele não parou, a machucando.

E ele falava como se essas noites de sexo fossem prazerosas para ambos, o que não era assim. Ela nunca chegou a sentir prazer nas noites que tinha com ele, ele era muito violento e quanto mais ela pedia para ele parar ou ir mais devagar, mais ele tinha vontade de continuar com aquilo.

- É só isso que tem pra comer?! - ele olhou irritado para o prato que só havia um pão quando todas as vezes há mais comida, em seguida deu um olhar mortal pra Meredith que a fez estremecer.

- D-Desculpa, mas você que fez compras na semana passada, e já acabou, a culpa não é minha. Se você me deixasse fazer compras não iria faltar. - ela falou tensa sem pensar se isso iria o irritar ou não, e ele a olhou incrédulo.

Quando ele levantou da mesa com raiva, ela estremeceu já imaginando que iria apanhar.

- Fica calmo, desculpa, a culpa é toda minha mesmo. - ela disse desesperada e fechando os olhos esperando a surra.

- Olha pra mim! - ele disse sério e ela abriu os olhos. - Que palhaçada é essa hein? Você sabe muito bem gatinha que não pode sair sozinha dessa casa em hipótese nenhuma.

- Eu sei, desculpa. - ela abaixou a cabeça e ao mesmo tempo ficou aliviada por não ter apanhado.

- Já que só tem isso pro café, não preciso nem dizer quem é que vai ficar sem comida né. - ele falou em um tom óbvio pra ela.

ProtegidaOnde histórias criam vida. Descubra agora