Contrato (Dia 7)

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Ashley's POV.

Joseph e eu passamos o dia seguinte quase todo na praia. Como dois namorados, nós andamos de mãos dadas pela beira do mar, com a água lavando nossos pés, e fomos almoçar em um resort que ficava do outro lado da pousada.

Assim como o hotel, era bem elitizado e senti vontade de rir ao pensar na pequena e familiar pousada Rose Hill no meio daqueles dois gigantes.

O clima do restaurante era agradável e a comida fabulosa. A única coisa que me incomodou foram as duas garotas que não tiraram os olhos de Joseph. Tinha certeza de que só não foram falar com ele porque estavam acompanhadas.

Quando saímos, notei que elas nos seguiram com os olhos para ver em que direção ele iria e agradeci pelo fato de estarmos indo embora bem cedo na manhã seguinte.

Sorri. Euforia era uma palavra simplista demais para descrever o que eu estava sentindo desde o momento do convite inesperado.

Depois de soltar aquela bomba na frente de Emily, Jacob e Ivyder, Joseph me pegou pela mão e me levou até seu quarto para me explicar o que estava acontecendo e, por fim, perguntou se eu queria passar meus três últimos dias de férias em sua casa.

Aquilo me causou uma miríade de emoções que iam da incredulidade à dúvida. Mas a maior delas era a alegria, então pensei: Quando eu teria uma oportunidade como aquela novamente? Nunca, né? Então aceitei e depois de fazermos amor, passamos a noite juntos outra vez.

Quando acordamos, procurei por traços de arrependimento, mas não encontrei nada, ele continuava resoluto, tratando-me como sempre durante toda a manhã, já que após o almoço, nós nos separamos.

Como ia embora no dia seguinte, Joseph resolveu passar a tarde com os pais. Ele me chamou para ir junto, mas achei melhor não o acompanhar. Eu provavelmente nunca mais veria Lisa, então, não tinha porque manter contato.

Com ele fora, resolvi descansar em meu quarto. Pretendia ler alguma coisa, mas acabei dormindo e só acordei porque meu celular começou a tocar.

Era Joseph, dizendo que havia chegado e perguntando se eu não queria ir até sua suíte porque precisava falar comigo.

Eu pedi alguns minutos para tomar banho e fui para lá. Mas quando cheguei, era ele quem estava no banho.

Quando saiu do banheiro, apenas com uma toalha amarrada na cintura, o telefone dele tocou e ao perceber que ele ia tratar da viagem, saí para a varanda, feliz e ainda desacreditada da minha sorte.

Contudo, enquanto contemplava o céu estrelado, um choque de realidade me abateu. Joseph estava me levando para sua casa, seu santuário, e tive vontade de falar a verdade para ele, dizer que era sua fã. Contudo, minha razão me advertiu de que se eu fizesse aquilo, toda a sua camaradagem acabaria e ele nunca mais olharia para mim.

Então, como a covarde apaixonada que era, resolvi me calar e aproveitar os últimos dias que me restavam ao seu lado. Porque eu sabia que seriam os últimos. Por mais que eu quisesse, não poderia me enganar imaginando que as coisas entre nós ficariam sérias. Joseph deixou claro que não queria envolvimento naquele momento e sonhar com o contrário me transformaria numa grande idiota.

–– Tudo pronto, precisamos estar no aeroporto às 6h da manhã — disse ao desligar o telefone. — Tudo bem para você? — perguntou, me abraçando por trás.

— Claro, é só dormirmos mais cedo hoje — garanti e me virei de frente.

Entrelacei as mãos atrás de seu pescoço e quase que imediatamente senti uma ereção se formando. Era sempre assim, um fogo que não cansava de queimar.

Ten Days - Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora