Cidade dos anjos (Dia 8)

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Ashley's POV.

Quando descemos do jato de Joseph, senti o bafo quente da tarde ensolarada de Los Angeles. Tínhamos passado toda a manhã e metade da tarde naquele avião e foi ótimo respirar ar fresco novamente.

Seguimos para fora da área de desembarque particular e avistei um carro de luxo à espera. Dele saiu uma moça baixinha e gorducha com um sorriso amigável no rosto bonito. Era Fanny Wilson, a assessora pessoal de Joseph. Eu já tinha visto várias fotos dela ao lado do meu ídolo, por isso a reconheci imediatamente.

Ela me cumprimentou com simpatia e entramos no carro. Assim que ele se colocou em movimento, ela começou a lhe passar a agenda para aquele dia.

Ele teria uma reunião com o empresário e o advogado, além de uma entrevista para uma revista especializada em TV.

Pelo visto, o dia seria intenso, o que o irritou um pouco, pois ele havia me dito que queria me mostrar um pouco da cidade.

Enquanto eles discutiam o assunto, virei-me para a janela com vidros fumê para olhar, pela primeira vez, a beleza e o glamour daquela cidade.

Los Angeles era tudo o que víamos nos filmes e um pouco mais.

Eu estava louca para passear, conhecer os estúdios, a calçada da fama e, quem sabe, comprar um mapa para ir em busca das mansões dos artistas. Mas não teria tempo para aquilo e tudo bem. Eu estava com Joseph e aquilo era tudo o que importava.

Não muito tempo depois reconheci o lugar onde estávamos. Os paparazzi já haviam tirado fotos de Joseph fazendo caminhadas ou passeando com seu cachorro naquela rua. E conforme nos aproximávamos da casa dele, minha ansiedade foi aumentando.

O carro estacionou dentro de uma garagem gigantesca onde havia dois outros veículos e uma moto cobertos por capas escuras.

Mesmo concentrado no que Fanny dizia, Joseph pegou minha mão e me guiou até um elevador que subiu rapidamente e parou na sala de estar, que tantas vezes vi em fotos postadas em suas redes sociais ou revistas de fofoca.

Tive vontade de pular pela sala, tocar os móveis e bisbilhotar todos os cantos de sua intimidade, mas me contive, não poderia colocar tudo a perder por causa de um deslumbramento repentino.

— Quer beber alguma coisa, linda? — ele perguntou para mim, interrompendo a civilizada discussão que estava tendo com Fanny.

Eu estava com o olhar preso na piscina gigantesca com borda infinita que parecia cair dentro do mar.

Que incrível!

— Ah, uma água, por favor — pedi e ele olhou para Fanny.

— Vou providenciar, já volto — ela falou e nos deixou a sós.

— Tinha me esquecido de como eram as coisas quando eu chegava em casa — ele disse e me levou para fora da sala, que era separada da área da piscina por portas de vidro e aço.

Encostei-me no guarda-corpo. Ele me abraçou por trás e só se afastou quando Fanny voltou com a minha água e Cook, o lindo labrador de Joseph, que fez a maior festa quando viu seu dono.

Depois de ganhar muitos carinhos, ele foi até mim, me cheirou e balançou o rabo enquanto eu o acariciava.

Sorrindo, Joseph acenou e se afastou com a assistente para continuar a conversa que estavam tendo, voltando cerca de 10 minutos depois.

— Teremos a tarde de folga — anunciou.

— Mas e os seus compromissos?

— Mandei remarcar tudo para amanhã.

Ten Days - Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora