Us Against the Dark (O Segredo Na Ilha | Amelie Florence).

Capítulo 1.

Lá estava ela, a Ilha de Típora. Localizada à 250 km da costa do Espírito Santo, um estado brasileiro. Nessa ilha, encontram-se apenas cerca de 22 a 32 pessoas. O porquê de tanta pouca gente? Isso se dá em relação à origem daquela ilha.

Constantino Moretti era (ou é, não se sabe) um pintor brasileiro famoso por vários países, graças às suas obras que eram "temporárias", para que fossem realmente apreciadas no momento em que a pessoa as analisava somente quando estivessem sozinhas. Ele e sua esposa, Noralma Moretti, se mudaram para essa ilha e começaram a construir a mansão que iriam morar. Constantino estava na busca de locais que servissem de inspiração par as suas obras. Os trabalhadores, a fim de evitar deslocamentos muito caros, construíram as suas casas ali. Após a morte de Noralma, Constantino acabou por desaparecer misteriosamente, abandonando tudo para trás.

Atualmente, ela é considerada uma "ilha isolada" do mundo, mas tudo continuava funcionando por lá. Tanto que, exatamente no dia de hoje, uma família iria chegar por lá: os Florence. É claro que, depois de anos sem receber ninguém, a notícia iria se espalhar em um piscar de olhos. A nossa protagonista, Valentina, estava bem ansiosa para isso.

A personagem em questão estava voltando para a alfaiataria que trabalhava, junto com Helena Gama, a sua melhor amiga.

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- Lena! Lena! - Ela entrou de supetão na casa.
- V-Va!? Que susto! O que houve? O Pedrinho ficou puxando suas tranças de novo?
- Quê? Não! Eu não deixo mais aquele moleque tocar nelas desde ano passado. É outra coisa!
- O que é essa "outra coisa" então?
- Temos visitantes chegando hoje! Vai dizer que esqueceu?
- ... É, eu esqueci. Desculpa.
- Relaxa! Isso não é motivo de pedir desculpa. Eu já acabei de consertar o vestido que a dona Lívia tinha pedido, daí vou lá levar para ela e provavelmente eu vá para a praia com a Bárbara. Tem problema?
- É claro que não. Eu já acabei o trabalho também, eu também vou dar uma descansada. Se cuida, vê se fica de olho na mata.
- Ok, obrigada Leninha. Se cuida você também.
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A maior deu um grande abraço na mulher de coque, que deu pequenas risadas. Em seguida, Valentina andou até a mesa que ficava ao lado da entrada e de cima da mesma, pegou aquele vestido que teria falado anteriormente, que estava envolvido em panos rosas e uma corda. Com o pedido em mãos, ela saiu da casa e começou a andar rapidamente até a de Bárbara. Atravessou a floresta, mas é claro, com o seu devido cuidado, e pelo caminho mais seguro, que demorava 20 minutos, aproximadamente. Falavam que naquela época, o lugar se infestava de animais selvagens e perigosos. Por sorte, nenhum apareceu no caminho.

Ao Valentina conseguir atravessar a floresta, deu-se de cara com a velha e grande Mansão dos Moratti. Sempre escutava histórias não muito boas dali, e honestamente, ela ficava surpresa de pessoas quererem ficar por lá; talvez, eles não possuem conhecimento dos boatos, pensou. Continuou a sua caminhada em linha reta, até chegar perto da grande estrutura e avistar a casa de Lívia e Bárbara. Ela era extremamente diferente com a do lado: pequena e de madeira, já desgastada. A sua amiga era jardineira do local, tanto que bem na frente de sua casinha, uma horta consideravelmente extensa tomava conta do solo.

Olhou para cima, e viu que o Sol já estava mais do que nascido. Bárbara já deve estar acordada, pensou. Valentina acelerou o seu passo e correu para a casa, sendo assim, chegou rapidamente e bateu na porta. Aguardou, ansiosa para ver a sua amiga. Não que tivesse ficado dias sem se verem, pelo contrário, ontem mesmo, elas duas cuidaram do jardim e regaram as plantas, mas adorava ver as pessoas da ilha todo o dia, principalmente ela e Milo. A porta se abriu, e ambas sorriram.
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- Bom dia, Bárbara!!
- Dia, Va! O que é que 'ocê tem aí?
- Ah, é aquele vestido que a sua mãe pediu pra gente consertar. Eu acabei ele ontem de noite, só tinha alguns rasgos aqui e ali.
- Mas já? Tu é rápida, hein! Entra aí, fica a vontade.
- Valeu.
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