Capítulo 8.

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Gente, perdão a demora, fiquei sem net 😭

*Valentina POV*

Apenas me lembro de nós três correndo de volta para Návia. Confesso que fiquei meio apreensiva com a possibilidade de minha mãe aparecer nas redondezas, mas pra ser sincera, a vida de Milo era mais importante do que da certeza de levar tapas. Pelo menos, na área que estava sendo preparada para o churrasco, só tinha Wagner com o javali, e junto a eles, o padre e a Maíra o acompanhavam. Deveriam estar em direção à Igreja.

Depois de alguns minutos, finalmente chegamos em nosso destino. Bárbara já foi correndo na frente com a erva em mãos, e entrou primeiro. Logo, eu e Amelie adentramos em seguida. O clima tava meio ruim, o que era compreensível.

— O-Oi, gente! Foi?
— A erva é o que o gato gosta ou que o gato odeia? — Olhei-a. Mas eu tinha explicado pra ela...
A que ele odeia.
— Tá, então tá aqui. — Ela deu a erva para Návia, que a pegou rapidamente.
— Isso! Aí, que bom que vocês acharam rápido!

Návia foi até uma bancada que tinha no canto do cômodo, e começou a moer algumas coisas. Logo, olhei em volta, já que as coisas estavam se acalmando um pouco. Enquanto isso, Angelina foi até Amelie.

(Teste de percepção com intelecto de Valentina: 12 com 1 d20)

Filha, você se machucou?
— É, tomei uma mordida.
— Filha, pelo amor de Deus, pede pra moça- Médica, pelo amor de Deus, trata a minha filha, ela tá toda arregaçada, toda arrebentada, toda puída... — Eu dei uma risada. — E você, é... Valentina? Se machucou?
— Ah, não, não... Obrigada por perguntar.
— É, você pode, é... Você tem problema de sentar junto com o menino?
— Não, não tenho problema não. Só se ele não encostar em mim.

Quando Angelina perguntou se eu tinha me machucado, fiquei meio pensativa. Minha mãe nunca me perguntou isso, nem quando eu estava mal. De um lado eu fiquei feliz com a preocupação que ela tinha com a sua filha, mas do outro, fiquei... Magoada. Meus pensamentos não duraram muito tempo, até Bárbara encostar em meu ombro e direcionar o olhar para Milo e Bartô. Já entendi o que ela quis dizer. Afirmei com a cabeça, e nós duas andamos até os dois.

— Oi, Bartô... Como o Milo, tá? — Perguntei. Bárbara o olhava como quem queria saber também.
— É... Eu não sei... Eu tô esperando.

Návia começou a se aproximar com uma pasta roxa, e ficou de frente para a perna machucada de Milo. — Vai doer. — Logo, ela começou a passar, e ele acordou na hora.

— Quê isso!? Q-Quê isso!? AARGH!! — Ele gritava de dor. O meu coração apertou fortemente, imagina o de Bárbara.
— Segura que vai passar! Segura que vai passar! Segura um pouco!

Ele começou a gritar ainda mais, e Návia colocou um palito grosso na boca de Milo, para diminuir os gritos. Olhei para Bárbara, que estava extremamente preocupada, e coloquei a mão em seu ombro. Logo, Návia pegou uma seringa, colocou no local e puxou o veneno da cobra que estava em sua perna. , doeu em mim.

— Aí... — Milo falou baixo, com a respiração rápida.
— É isso. Acredito que você tá bem. Pelo menos, o veneno saiu.
— Aí, isso doeu. — Eu comecei a andar até o Milo e fui até o seu lado. Bárbara e Bartô vieram junto. — Como você tá?
— É, você tá bem?
— Melhorou?
— Sim... E-Eu acho que sim... Tô cansado...!
— Mas tá melhor que antes?
— Tô bem...! Tô bem.
— É normal ficar assim, só tenta não forçar muito a recuperação. Esse animais... Sabe como é, mas o veneno não está mais no seu sistema, eu acredito. Você, menina. — Ela apontou para Amelie. — Deixa eu cuidar dos seus ferimentos. — Logo, Návia foi até ela.
— Como você tá se sentindo? — Bárbara o perguntou. Eu me abaixei um pouco para ficar mais perto de Milo e Bárbara, já que eu era um pouco mais alta que os dois.
— Tô bem, tô bem...

Us Against the Dark (O Segredo Na Ilha | Amelie Florence).Onde histórias criam vida. Descubra agora