Capítulo 6.

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No exato momento em que escutamos o grito, Bárbara, Milo e Amelie saíram correndo, e eu e Olivier olhamos pela janela. - Gente, quê isso, pelo amor de Deus!? - Só por escutar aquela frase, eu já sabia quem era. Angelina. Ela estava de pé, e na frente dela, veio correndo um... Porco? Acho que já vi ele antes... Ah, não... É aquele mesmo porco que atacou a gente? Que droga.

- Vamos!
- J-Já vou!

Eu saí correndo da casa, e fui para fora dela, me reunindo com o pessoal. O porco estava bem ferido, ia ser fácil dar conta dele. Foi aí que eu vi: ele não queria atacar. Queria fugir. De três cachorros do mato, que estavam vindo deles. Os latidos que eles ecoavam demonstravam ansiedade, fúria e fome; queriam comer o javali.

(Iniciativa com agilidade de Valentina: 21 com 2 d20) --> Organização das rodadas: Valentina, Olivier, Bárbara, Milo e Amelie.

- Puta merda!


Olhei em volta, e tentei pensar em algo. Minha vista foi parar no banheirinho. Tive uma ideia. Corri até ele, e no momento que cheguei, desferi um soco na madeira. O meu plano era arrancar um ou dois pedaços de madeira para bater neles.

(Teste de luta com força de Valentina: 30 com 2 d20)

Acabei não controlando minha força, e esse meu soco derrubou umas 3 tábuas. Quase que a casinha em si cai também. Machuquei um pouco a minha mão, mas isso não importava agora. Era nesses momentos que eu agradecia por eu ter carregado tanto peso quando pequena pra ajudar meu pai e minha mãe. Aquilo tinha que ser positivo em, pelo menos, um ponto da minha vida, né? Peguei uma das tábuas que estavam no chão.

Olivier correu até o lado do banheiro. Parecia estar pensando no que fazer. Bárbara pegou um pouco de areia com a sua mão, se aproximou mais ou menos de Olivier e a jogou em direção aos lobos, mas não teve efeito. Milo correu até o barco. Amelie pegou uma das tábuas que estavam caídas no chão. Eu olhei ela.

- Vai me ajudar a meter porrada neles? - Sorri.
- Com certeza! Agora que a gente mata esse porco maldito e... Esses cachorros do capeta! - Afirmei com a cabeça.
- 'Vamo todo mundo fugir de barco, não vai nadar não, são três cachorro!
- Mas a minha mãe tá ali!
- A gente leva ela!!
- Não vai caber, só cabem quatro no barco!
- É só alguém se esconder no banheiro!
- Mas eu quebrei o banheiro! - Exclamei. - Milo, você se esconde dentro da sua casa, sei lá!

Eu comecei a andar para perto dos lobos, com a tábua em mãos. Não consegui chegar tão perto assim, mas quero que seja de maneira sorrateira, então está tudo certo. Olivier correu para perto de Angelina, tirou o seu casaco e começou a balançá-lo, para chamar atenção dos animais. - Ae! Ou! Ou! - Ele conseguiu atrair o da esquerda, que se virou para ele.

Bárbara correu até o banheiro, e tentou realizar o seu plano anterior novamente, mas não conseguiu chamar atenção deles. Milo pegou o remo do barco e correu até a frente de Angelina. Eu consegui escutar a breve conversa deles.

- Aí, menino! Pelo amor de Deus, faz alguma coisa!
- Vai pro barco, vai pro barco!
- O que são esses bicho!?
- Vai pro barco!!
- Vocês falaram que era tubarão-
- VAI PRO BARCO!!!
- AAAHH!! - Ela deu um gritinho e saiu correndo para o barco.

Os cachorros pularam em cima deles. Um deles mordeu os dedos de Milo, e o outro, atacou Olivier. Amelie correu até o barco e pegou o outro remo. - CALMA, PORRA!! - Só escutei ela gritar isso. Coitada da Angelina. Eu vi que ela também deixou a tábua com a mãe, para ela se defender.

Us Against the Dark (O Segredo Na Ilha | Amelie Florence).Onde histórias criam vida. Descubra agora