Us Against the Dark (O Segredo Na Ilha | Amelie Florence).

Capítulo 5.

Oi gente! Perdão o atraso. Tive uns probleminhas. Queria avisar que eu vou começar a misturar a história da minha personagem com a original de OSNI! Vai ficar maneiro, prometo. Aproveitem! ♡

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Gotas de chuva. Era a única coisa que Valentina conseguia sentir ou escutar. Um ambiente escuro e esverdeado, mas movimentado. Sons de onda batendo contra as outras. Ela estava no mar. Trovões iluminavam minimamente o céu. Ela não boiava, mas também não andava. Era tudo apenas água.

Valentina abriu os seus olhos, e deu-se de cara com aquele cenário. Estava deitada, olhando para o imenso céu, ocupado completamente por nuvens. Gotas de chuva caíam em seu rosto, mas não a molhava; as ondas iam contra o seu corpo, mas não a deixava encharcada. Era como se ela fosse imune a tudo. Ela não conseguia se levantar, nem falar. Mas os seus olhos moviam de um lado para o outro, o que transmitia desespero; estado de consciência que julga uma situação sem saída.

Os céus começaram a se deformar. Era como estivesse derretendo. Ele estava assumindo uma forma familiar para Valentina. Lembrava uma pessoa. Alguém que já viu uma vez em sua vida. Sentia-se ligada à ela. Mas quem era ela? Era essa mesma pergunta que se repetia em looping em sua mente. Com muito esforço, Valentina conseguiu elevar a sua cabeça. O horizonte estava se desmanchando junto com o céu. As ondas começaram a assumir uma espessura esquisita e a pararem de se mexer. Parecia... Tinta. Os raios paralisaram no ar, igualmente a chuva. Parecia que ela estava dentro de uma pintura.

Tudo estava se desmanchando aos poucos, enquanto Valentina tentava entender tudo aquilo. Ela olhou para cima novamente. A mesma imagem distorcida de uma pessoa que ela tinha visto, agora era apenas uma mão, saindo de dentro das nuvens e vindo em direção à ela. Valentina estava tentando fazer de tudo para se mexer ou gritar. Mas era impossível. A mão se aproximava lentamente, até que uma hora, a alcançou. No mesmo momento que isso ocorreu, tudo escureceu. Valentina despertou do pesadelo.

*Valentina POV*

Acordei, completamente desesperada. Eu não sabia onde eu estava por alguns momentos. Saltei e me levantei rapidamente. Eu não sabia para onde olhar, e o quê falar. Meu coração estava a mil. Senti quatro mãos encostarem em meus braços, e foi aí que eu raciocinei. Eu estava no quarto de Bárbara, e ambos estavam lá dentro ainda.
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— Va! Va! Carma, Va!
— Valentina! Meu Deus, r-respira fundo!
— E-Eu...
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Eu também me encontrava toda suada. Precisei de alguns segundos para me recompor. Que merda foi aquela!? Respirei fundo, enquanto Bárbara fazia carinho em minha cabeça e Milo passava a mão em meu braço.
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— O que aconteceu? — Perguntou Milo.
— ... Foi... Um pesadelo... Nada demais...
— E como ele foi?
— G-Gente... Isso não é importante. Deixa pra lá. Pelo menos foi só um sonho.
— Tem certeza, Va? Por um segundo, pensei que 'ocê ia infartar.
— Hah, relaxa gente! — Mudei de humor. Eu ainda estava assustada, mas não queria ninguém preocupado comigo. — Eu já tô melhor. Acontece. Deve ter sido por causa do estresse de ontem.
— É... Faz sentido. 'Vamo toma café da manhã?
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Eu iria respondê-la, mas de repente, alguém deu batidas bem fortes na porta de Bárbara. Já até imagino quem seja.
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— BÁRBARA!!
— E-Eu...
— Shh, Miguel, Miguel... Milo! 'Discurpa. Não falem nada. — Em seguida, ela foi responder dona Lívia. — BOM DIA, MÃE!
— Por que quê o Bartô e a Anastasia tão aqui dentro? O Milo e a Valentina tão aí dentro?
— ... Tão sim, mãe! — Nós dois respiramos fundo. Agora ferrou tudo. Logo, dona Lívia abriu a porta.
— ONDE É QUE VOCÊ PASSOU O DIA INTEIRO ONTEM, MENINA? QUE EU ACORDEI E VOCÊ NÃO TAVA EM CASA? PROCUREI VOCÊ PELO VILAREJO E VOCÊ NÃO TAVA EM LUGAR NENHUM! — Ela se aproximou de nós dois. — E o que vocês estão fazendo aqui!?
— A-A culpa foi minha! — Eu e Milo falamos na mesma hora, mas eu continuei a falar mais rápido que ele. — Eu que passei aqui na casa da Bárbara ontem de manhã! Nós estávamos curiosas com as pessoas novas na ilha-
— Pessoas novas na ilha?
— É! É uma família que vieram do exterior e ficaram na mansão.
— Vocês... Vocês não... Bárbara!
— Espera aí, eu escutei direito!? — Anastacia, minha mãe, entrou. Ela já entrou com uma cara de sem saco, como o de sempre.