Primeira Opinião

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 1873 > GranCity <

Aproximadamente 2.600 Km arredado da fronteira do México.


— Eu pude ver nos olhos dele..., a sua frieza enquanto sorria pecaminoso! Foi insano como explodiu os miolos daquele homem... igual uma besta sem alma!

O jovem estremeceu ao lembrar da cena, apenas voltando a limpar os copos da prateleira doutro lado do balcão quando o dono lhe olhou com reprovação.

— Pare de drama garoto! Bowman pode parecer um cachorro abandonado as vezes, mas é um homem sensato! — O tapa dado na cabeça do jovem fora leve, então, o mais velho se voltou ao cliente. — Não vá acreditando no que esse garoto diz, meu senhor, ele é fã do matador e gosta de fazê-lo grandioso para as lendas..., apenas para assustar os mal intencionados.

O notável homem sentado ao bar a encarar o próprio copo cheio, assentiu deixando sua cartola cobrir o rosto, enquanto com um breve movimento colocava sobre a mesa o pagamento do copo intocado e um pouco mais de prata.

— Como posso acha-lo?

— Oh, meu senhor, acredito que essa informação não seja fácil de ser revelada!

O barman deslizou furtivamente sua mão para cima das moedas de valor alto, mas foi surpreendido com o agarre que o belo forasteiro lhe deu no pulso.

— Local que posso acha-lo facilmente. Onde?

Seu tom era de ordem, o agarre se tornando brusco o suficiente para o barman tremer e soltar as moedas sob o olhar penetrante que era revelado por debaixo do chapéu. Um belo e intimidador azul cristalino.

— Não é que eu não queira ceder essa informação a um homem tão generoso como o senhor..., apenas—

— É verdade, meu senhor! Meu tio diz a verdade, ninguém sabe onde o matador vive... esse, mata a todos que ousa procurar sua ficha pessoal. Ele é um total mistério!

A voz do jovem homem surge novamente, com um olhar suplicante e preocupado com as pessoas em volta que bisbilhotavam a cena.

Logo, o forasteiro desistiu da agressão, as mãos voltando para as laterais do corpo quando se pôs em pé, agora encarando impetuosamente os dois homens. O velho pegou seu pagamento enquanto engolia em seco sob o olhar alto.

— Digam... como é sua aparência, e as curiosidades ou boatos sobre esse homem.

Os dois se olharam por um momento antes do homem velho dar de ombros, para que o menor dissesse o que sabia.

— O senhor Bowman é um homem da minha altura, sempre com um sobretudo negro cobrindo as armas que ele carrega no quadril..., ele tem até adagas extremamente afiadas!

Thranduil, totalmente interessado, sustentou seu braço sobre o balcão quando seu corpo recostou de lateral, podendo observar as mesas compostas por homens bebendo e meretrizes bajuladoras, alguns curiosos também lhe direcionou o olhar, mas o visitante voltou seu foco ao garoto excitado que agora gesticulava e apontava para os fios curtos que decoravam sua própria cabeça.

— Ele tem os cabelos longos e escuros que descem acima dos ombros..., também possui uma escassa barba e uma cicatriz enorme na garganta!

O homem tentou juntar as peças, ficando um pouco frustrado com sua própria imaginação. Seus dedos começaram a tamborilar sobre a madeira lixada, um pouco impaciente e insatisfeito com o progresso. E o rapaz pareceu notar, engolindo em seco para ser franco.

— Bem meu senhor..., ninguém ousa investigar o matador, então as informações que tenho é apenas de boatos que possam ser falsos; como a história de que ele vive em um porão sob a morada de um empreendedor da cidade. Esse normalmente marca encontros com o matador. Mas eu nunca vi o Senhor White sair de casa, é um homem muito ocupado com os negócios e ele não gosta dos assassinos!

— Esse outro homem, é alguém próximo ao Senhor Bowman?

— Que eu saiba não..., ele apenas é um dos doadores para a renda da cidade, dono de alguns estabelecimentos e um viajante de negócios. O matador apenas deve conhecê-lo por ele ser influente. Ah! Um dos lugares que todos sabem que o Sr. Bowman vai é o 'Grãos do Sul', já que é a única padaria por aqui. Mas dizem que sempre está lá na maioria das vezes ao amanhecer e entardecer.

— Garoto! Leve isso lá para cima. É para o quarto da Julien.

Um pouco hesitante e olhar duvidoso para Thranduil, como se pedisse permissão, o rapaz obedeceu e pegou a garrafa oferecida de uma bebida alcoólica, em seguida se retirou.

O senhor proprietário recostou-se no balcão, olhar sem intenção e longínquo do forasteiro, um indicador se elevou como em repreensão, mas suas palavras foram curiosas.

— Eu tampouco sei de alguma coisa a respeito daquele homem..., mas todos sabem que ele mata qualquer um por dinheiro, quanto mais você dá, mais chances de possuí-lo você terá... — o velho encarou seu cliente, um pouco hesitante, mas ciente de sua recompensa se continuasse a informá-lo. — E essa, meu senhor, é a melhor forma de conseguir encontrar ele rapidamente. Não é você que o encontra, pode procurar até entre os fenos! Terá que ser na vontade dele.

— Como faço para convoca-lo?

O homem pigarreou ao se afastar e alcançou um copo abaixo do balcão, o enxugou para guarda-lo e logo, apontando para a direita do forasteiro, na parede próximo a escadaria havia um quadro de marcação onde com facas estavam pregados alguns papéis.

— Ali você escolhe quem deseja intimar, e coloca o local de encontro e horário..., depois, é somente entre vocês.

— Não há chances de eu encontrá-lo aqui quando vier ver as intimações?

O barman deu de ombros enquanto fazia uma expressão de improbabilidade.

— Eu quase nunca o vejo, ele é muito ágil para pegar os pedidos e ninguém tem coragem de incomodar esses matadores quando vêm atrás dos pedidos. É praticamente uma regra, então apenas faça como sugeri. É a melhor opção, meu senhor!

Thranduil continuou a encarar o local a sua direita, cogitava em deixar um recado para o matador.

— Sei que parece suspeito, principalmente para alguém como o senhor que vem de fora, mas aqui é algo normal, sofremos muito com grupos terroristas e trombadinhas, então sempre terá alguém morrendo pela manhã ou ao entardecer, até mesmo nos seus horários de descanso ao meio dia, pode crer! Então você não será o primeiro nem o último a anotar naquele papel do homem pecador..., apenas torça para ser o escolhido do dia.

O riso rouco do velho lhe tirou da indecisão.

— Se é o único modo, irei arriscar.

— Ah, mais uma coisa senhor viajante..., apenas evite ser curioso sobre esse homem ou sequer provoque-o no primeiro encontro... principalmente se você gosta de viver!

O homem charmoso abriu espaço pelas mesas vazias no caminho até que chegasse ao dito quadro esfaqueado. Ele leu cada papel, sete fichas desconhecidas e apenas a oitava lhe interessou.

— Bard Bowman...

Murmurou para si enquanto alcançava sua própria caneta no bolso interno do casaco, marcando o local e horário, logo abaixo do nome do homem misterioso.

Ele era o primeiro do dia..., sorte, talvez.

Agora,o forasteiro tinha que arrumar um alojamento, explorar a cidadela enquantoainda é de tarde para poder passar seu tempo e esmagar a ansiedade.



Nota~

FarWest é uma fanfic que escrevi a anos..., e estava mofando nos meus arquivos por vergonha.

Então pensei que postando, alguém iria se interessar por esse mundo, pois eu sou puta fã de filmes do antigo oeste... e procurando sobre o meu shippe favorito de hobbit, pensei comigo; "Como porras não há um faroeste com esses dois..., eles são perfeitos para isso."

Então eu mesma fiz!

Obriga e beijkks da Bunny...

Far West - BarduilOnde histórias criam vida. Descubra agora