Suas respirações pesadas se misturaram quando Bard permitiu que o outro forçasse mais.
Ousando provocá-lo com um olhar avaliativo de baixo acima, o visando entre os fios claros a roçar sobre seu peito cheio de adrenalina.
Bard instigou o outro a continuar a investida brusca.
A forma em que Thranduil tentou lhe submeter não era páreo para a capacidade de anos do moreno, e mesmo que o sentisse forçar o quadril contra si, na intenção de prender-lhe mais sobre a mesa bruta, resistiu perfeitamente sem sequer soltar uma respiração falha.
Feito animais, eles rosnaram um pelo outro.
E Haldir já estava menos perplexo. Apenas se desesperou quando assistiu Thranduil agarrar a camisa de Bard e jogá-lo sobre a mesa rústica de centro, ficando em uma posição favorável onde intimidava o assassino ao estrangulá-lo apena com uma mão. Este último, rapidamente tinha encontrado rumo a pele clara da garganta com sua lâmina da adagada.
— Acho melhor você não se mexer forasteiro!
Agora eles latiam um contra a face doutro.
— Cale-se!
O punho desarmado de Bard estava preso contra o plano, a sua perna direita se elevou e dobrou para que a sola da bota fosse contra a perna flexionada do loiro, esse que se inclinou contra a lâmina a lhe arranhar meramente.
Uma palma fora ouvida doutro lado, vindo de Haldir.
— Certo, vocês dois! É melhor não se matarem aqui, as crianças podem descer a qualquer momento!
— Fala para esse retardatário sair de cima de mim..., ou eu furo a garganta dele!
— Se é o que pretende fazer, quero ver conseguir.
— Não me provoque mais forasteiro!
Bard ameaçou ao infligir contra a pele pálida, mas aquele nem sequer se incomodou e continuou sua investida brusca ao estrangular seu, agora, desamigo.
(A meia hora atrás...)
Havia uma carta.
Havia uma carta na dobradiça da porta do cubículo em que morava sozinho.
Era final de noite, de um dia longínquo dos acontecimentos com o forasteiro e Haldir – talvez uma semana. Ou mais?
Era um papel de alta qualidade que carregava seu nome em letras cursivas e bem treinadas. Mas sem o remetente.
E mesmo que tivesse passado tempos sem ver Haldir, Bard estava irritado o suficiente para não aceitar algo vindo daquele homem convencido. Pois, esse tipo de bilhete, era algo que somente Haldir fazia para lhe contatar nas ocultas.
Ele queria muito jogar aquele papel fora sem sequer olhar. Mas não se tratava apenas de Haldir quando essas cartas chegavam em sua porta.
Ele tinha outras prioridades.
Compareça.
Era o que dizia no papel decorado com ramos dourados. E Bard não podia se negar a tal pedido.
Suspirou quando finalmente prendeu seu cavalo no estábulo atrás do casarão do homem rico.
O assassino prometeu a si mesmo que não pisaria no local enquanto seus filhos estivessem morando ali, mas sabia que eles precisavam ver o pai.
— Por um momento achei que não apareceria. Mas quando se trata dela acho que não tem como negar, certo Bard?
Quando entrou pela porta dos fundos, onde a cozinha já estava vazia naquele horário, seguiu rumo direto – sem ser notado – até a sala de estar, onde o primeiro a encontrar fora o anfitrião.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Far West - Barduil
FanfictionUma fanfic Barduil; com Thranduil & Bard atuando em uma novela do Velho Oeste. "Aah... o velho e bom oeste... com belas mulheres, salões com bebidas de ótima qualidade, e claro, companheiros de cavalgarias e de competição de tiros." Oh? Mas isso é u...