Far West - Barduil

Clímax

Na estrada, apenas seus sobretudos, chapéus e lenços cobrindo o rosto, ajudavam com aquele sol que surgia do amanhecer e se tornava quente.

Não havia ferrovia pela região da GranCity, ainda.

A única rota disponível seria a cavalo, pois nem mesmo carruagem conseguia passar por aqueles planaltos vulgares da estrada.

Para que conseguissem chegar na cidade vizinha que Thranduil citou que havia um encontro, percorreram 2000 km cansativos, parando apenas em um acampamento abandonado na beira de uma nascente, antes de prosseguirem pela estrada.

— Percorre essas redondezas com frequência, Duque?

Bard chacoalhou seu sobretudo, afastando a poeira, enquanto revelava seu roto do tecido para lavá-lo junto ao acompanhante.

— Conheço a estrada como se estivesse na palma da minha mão. Este é o condado mais seguro que poderíamos parar. Não acho que seremos impedidos nesta região.

Sem rodeios, Thranduil se direcionou para o primeiro saloon que havia próximo à entrada.

Foi acolhedor, como o homem baixinho os recebeu semelhante a conhecidos de anos, oferecendo um bom lugar e boas bebidas para relaxar.

Porém não durou por mais de 10 minutos sua parada.

— Já falei, e não repetirei! Sem viajantes!

Bard achou que estava bom demais..., para aquela época de intrigas.

Havia uma estrita lei pela região do estado que a GranCity conseguiu se esquivar. Em que, alguns dos outros condados e cidadelas daquele nordeste tiveram que se submeter.

Quando a maioria das terras decidiram entrar em acordo de serem independentes, a entrada de forasteiros seria abolida e somente as transições por comercio seriam fornecidas. O que impediria o crescimento da população e então, a extensão de terras.

Ali, Bard e Thranduil eram invasores perante a lei atual.

— Lei é lei, Sr. Baggins! Mesmo que seja um dos maiores cooperadores, forasteiro é forasteiro.

A voz passou a ser mais alta, e por si, próxima o suficiente para eriçar os pelos do assassino, por ser estridente.

— Se não os mandarem seguir o rumo da roça, eu mesmo os expulsarei!

Era obvio que haveria aqueles presentes que decidiriam largar o pagamento e sair marchando para evitar o pior. Seria de praxe caso houvesse tiroteio.

A compostura de Thranduil não caiu quando as portas além do salão de festas balançaram agressivamente para revelar um homem baixo e pomposo, de olhar penetrante querendo matar o primeiro que fizesse contato visual, com lábios curvados em irritação a combinar com suas sobrancelhas franzidas, e os passos brutos e ameaçadores o trouxe até a mesa dos visitantes.

— Duque...

Cuspiu o pronome de tratamento com escárnio. Bard foi totalmente ignorado, mas pôde presenciar o que era uma verdadeira face demonstrando desprezo sem filtro, quando Thranduil olhou o outro moreno de baixo acima.

— Oakenshield, me pergunto como um homem tão notável, como o Sr. Bilbo, o suporta todos os dias; Ele ainda irá te chutar.

Provocou, e como soou fez Bard franzir o lábio entre estranheza e diversão. Aquele comportamento de primeira, era inesperado ao homem assassino.

— Hã? Invade nossas terras e ainda ousa insultar o xerife do condado? Quem irá sair daqui chutado, será você meu velho!

— Ai, ai...! Chega Thorin. Você sabe que o Sr. Oropherion possui uma declaração que o permite transitar pelos estados como um supervisor da lei.