*
Thranduil continuou curvado sobre o outro, não se incomodando com seus cabelos de ouro caindo sobre o peito que carregava uma respiração pesada.
Totalmente concentrado, ignorou os gemidos ofuscados do homem, que se contorcia sob suas mãos. Quase mudando sua posição por tanto que Bard roçava em si a cada investida no pequeno buraco..., a fim de extrair a bala.
Thranduil trabalhou rapidamente. Ou tentou.
E quando Bard se contraía, o sangue fluía.
Como era um quarto utilizado pelas mulheres a serviço, havia utensílios médicos por ali, para que as moças se cuidassem caso o alugador fosse bruto.
Uma pinça, que foi esterilizada por álcool, era a peça principal para aquela missão. Uma missão que estava sendo difícil por Bard apenas dificultar as coisas para o duque.
— Ótimo, você se mexeu tanto que a bala se aprofundou.
Bard apenas murmurou algo contra o pano em sua boca, com o rosto franzido de dor pela penetração do outro em si e avermelhando a pele bronzeada enquanto respirava pesadamente.
Estava ficando quente, e Thranduil bufou ao se elevar e encarar a face ranzinza do assassino, praticamente lhe matando com o olhar.
Retirou o paletó sangrento – tal que ao avaliar, decidiu que abandonaria por ali – e logo tirou o colete, permanecendo apenas na camisa branca de tecido fino e fresco. Foi necessário desabotoar o colarinho para expor seu colo sufocado.
Aquilo estavam ficando mais tenso do que pretendia.
Os olhos cristalinos do Duque caíram na face extasiada de Bard, franzindo o cenho em resposta àquela expressão.
Os cabelos castanhos grudavam no pescoço suado do homem imobilizado, os olhos pareciam brilhar, e Thranduil comprimiu os próprios perante na imagem tão vulnerável daquele temido por tantos, e que agora continha alguém se enfiando entre suas pernas facilmente.
Decidiu apenas continuar a sutura...
Durante um tempo, uma pequena parte de si ficou receoso com tamanha quietude do assassino. Sem roçar, ou forçar-se contra si, ou sequer gemer perante a sutura.
A base da costura ainda sangrava na pele parda, e Thranduil manteve a missão de alisar a região com o fino tecido para atadura, percebendo os arrepios e contrações na pele mansa.
Lento, e aproveitando a imobilidade do outro que parecia dormir plenamente, envolveu com cautela a cintura enquanto arrastava o tecido longo para proteger aquela região, o enfaixando após limpar adequadamente.
Bard estava quente, úmido, respirando lento demais para que esteja realmente bem, os olhos foram encobertos pelos fios teimosos de toda a comoção anterior, impedindo de saber se estava acordado. O peito vinha tão lento que Thranduil se inclinou para perto do colo afim de ouvir as batidas cardíacas.
Tremendo erro.
Diz que quanto mais quieto a fera é, significa que seu bote se torna mais venenoso..., por pegar-te desprevenido.
Quer dizer..., bom, fora um movimento brusco, ágil demais para que Thranduil pudesse evitar. O cara parecia mais inconsciente do que acordado.
Assim que se inclinou, seus cabelos foram agarrados e puxados a favor do outro. E por um instante, Thraduil acreditou que iriam dar de cara a cara com ele, mas outra vez se enganou...
Trocando suas posições, era Bard quem estava em cima de si, de cabeça abaixada a suspirar lento contra a garganta pálida outra vez vítima de algo afiado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Far West - Barduil
FanfictionUma fanfic Barduil; com Thranduil & Bard atuando em uma novela do Velho Oeste. "Aah... o velho e bom oeste... com belas mulheres, salões com bebidas de ótima qualidade, e claro, companheiros de cavalgarias e de competição de tiros." Oh? Mas isso é u...