Pacífica Discussão

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Sentado na poltrona, Thranduil sustentava um bonito copo decorado em sua mão pálida. O conteúdo era o do melhor, mas sua boca estava amarga.

Pensativo demais...

Após atravessarem planaltos localizados nas regiões denominadas 'terras sombrias' buscaram conforto em um distrito da famosa Mirkwood. Estavam a poucos quilômetros do destino, poucas horas de iniciarem a verdadeira missão, e mesmo assim, era agoniante...

Enquanto Thranduil se concentrava no piso a frente, Bard o analisava enquanto bebericava do uísque puro.

Bem, o fato de que tinha algo muito suspeito na postura de Thranduil que Bard – este, estava observando o duque pensativo doutro lado do quarto que alugaram, enquanto estava recostado próximo a janela aberta – percebeu um pouco tarde demais para dar o pé atrás.

Estava próximo de descobrir algo nessa história simples demais, mas o homem não dava tanta abertura, apenas quando era testado. E Bard ponderou em fazê-lo mais vezes.

Para alguém que parecia um tanto tosco com armas, mostrou ter um olhar um tanto sagaz para um simples homem rico. Obscuro algumas vezes, capaz até demais.

"Irá fazer um buraco em minha cabeça, se continuar me encarando com tanta perseverança."

Suspirou, e os olhos que subiram para encarar os de Bard estavam profundos em uma escuridão ébria. Não pelo álcool, mas de algum sentimento contido.

"Você acha que sou estúpido?"

Lento em seu movimento, Thranduil não respondeu a indignação e se encaminhou até a mesa próximo a Bard, onde o jarro com vinho estava assentado tranquilamente.

"Por que Haldir mentiria... para me convencer a vir?"

Thranduil parou o movimento de encher o copo e seu rosto se contraiu. Mas não cedeu.

"Não há mentiras-"

O assassino assentou com força o copo sobre a mesa onde Thranduil estava estático.

"O inferno! Não tente mentir para mim outra vez, ou eu juro que te mato neste instante."

Realmente foi uma ameaça, Bard estava próximo o suficiente para agarrar o colarinho da camisa fina do senhor duque. Este último apenas lhe dirigiu um olhar equânime, enquanto era puxado para ficar rosto a rosto com o menor.

"Acha mesmo que ignoraria tantos sinais? Como por exemplo as miras na minha cabeça? Para um simples duquezinho, você está com muitos inimigos."

"Por que está surpreso? É normal que tenha-"

"Nem fodendo!" Interrompeu outra vez e puxou dolorosamente o maior expressando a ele sua indignação. "Sério? Acha que sou burro? Os últimos que estavam atrás de mim abriram o bico, disseram o máximo que sabiam. Contratados por alguém, afim de me tirar do caminho, mas não só isso..."

Parecendo impaciente, dessa vez Thranduil reagiu, lento e sem se esforçar muito ele simplesmente apertou o pulso de Bard – este fez uma careta para a dor e ação, se recostando na mesa atrás de si ao ser forçado a recuar – e afastou a mão dele para se inclinar perto demais contra o corpo.

"Qual a novidade? Este foi o acordo, você iria servir como uma segurança de que nada me alcançaria até que eu concluísse meus planos. Por que está tão chateado, assassino?"

Bufando em desprezo Bard se inclinou contra o rosto, agora estavam tão próximos que Thranduil sentiria o adocicado odor de mel alcoolizado vindo do hálito quente abaixo, e ele não recuou mesmo que o calor estivesse aumentando em 50% com os corpos juntos.

Dois adultos se ameaçando daquela forma, não seria naturalmente bem visto. Era uma forma um tanto estranha de confronto.

"Não existe filho preso..."

Ousou dizer e isso pareceu surpreender Thranduil apenas por dois segundos, antes que o rosto franzisse em indignação. O aperto no pulso afastado pareceu ceder por um mísero segundo, mais ainda estava ali, impedindo qualquer reação negativa de Bard.

"Solicitados por alguém que me queria morto, mentindo que eu carregava algo do tipo..., sabe o que aqueles últimos vermes estavam atrás?"

Erguendo a mão livre, revelou nas pontas dos dedos uma pepita brilhante e branca, semelhante a diamente, mas não era.

"Sabe o que é isso? Por que EU não sei!"

Erguendo um pouco a voz, pareceu desestabilizar Thranduil. Os lábios dele se separaram para retrucar, mas nada saiu, seus olhos de ciano sairam da joia e desceram pelo rosto próximo do homenzinho nervoso, mas isso não pareceu dar-lhe mais concentração, focando em lábios cheios e franzidos enquanto engolia em seco com a nova descoberta.

"Não irá me responder, duque?"

"Não sei do que se trata..."

Bard ofegou com a resposta sem nexo e com raiva acumulada, jogou a pedra doutro lado do quarto, Thranduil fechou os olhos pela repentina explosão.

Então, seus dedos em volta do pulso de Bard afrouxaram, mas não soltaram, e seus olhos subiram outra vez aos implacáveis do homem e lentamente cedeu o rosto contra o do assassino que por um mísero instante arregalou os olhos antes de ter Thranduil a sussurrar em seu ouvido.

"Apenas faça o seu trabalho... e mate a quem eu mirar." 

Saindo do aperto de um duque inflexivel, esbravejou quando estava dando as costas.

"Que se foda então! Você definitivamente não precisa de mim. Qualquer um pode ser seu escudo."

Não importava se teria que pegar todo o caminho de volta, Bard iria voltar para seus filhos. E depois dar um murro em Haldir.

Mas antes de que pudesse alcançar a porta seu cabelo solto foi agarrado e puxado para que fosse contra um corpo rijo, e antes que pudesse reagir contra, seu braço dominante foi puxado para trás das costas. Era uma força incrível que não esperava vir do duquezinho, e lá estava ele dando razão as suspeitas de Bard.

"Filho da-"

"Não estou te dando uma escolha..."

Sessurrou e com um empurrão em Bard fez este cambalear para frente, o libertando para que um ataque em sua nuca o fizesse se ajoelar de imedianto.

Antes que atingisse o chão por comlpeto, Thranduil o pegou no desmaio.

"Já é tarde para recuar, Bard."





~~~ Hunmm.... o que será que é isso?

Podem me dizer a opnião de vocês? O que entendem dessa trama e o que esperam?

Preciso saber se está coerente não apenas em minha mente, mas para quem lê também... espero respostas, viu!!

Far West - BarduilOnde histórias criam vida. Descubra agora