Oitavo Capítulo

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Minta pra você mesma, se engane com amores falsos e sem nenhum pingo de luxúria. Passe anos para perceber que viveu de forma errada, e na sua velhice, se arrependa de como jogou sua vida fora.

Ou aceite a verdade estampada em sua cara e se entregue de coração aberto ao errado que te faz tão bem. Não se arrependa por não ter feito, mas por ter feito.
→→→

-Uau! A vista daqui é maravilhosa, Phe. - Carol elogiou se voltando mais uma vez a imensidão de pequenos pontos de luz que o local no qual estavam proporcionava.

Havia se passado uma semana desde o episódio no qual Dayane conheceu seus pais.

Seria uma blasfêmia afirmar que a relação delas não haviam mudado, não que estivesse a mais admirável, muito pelo contrário, elas ainda se implicavam – até mais que antes – Ainda se zoavam, mas elas conseguiam manter o humor provocador e não o desconfortável como um dia já foi.

Phelipe não perdeu tempo e logo refez o pedido de jantar a Carol que não teve como negar. E lá estavam os dois em um dos restaurantes mais sofisticados com uma bela vista de cima de uma grande extensão de Nova York.

-E muito romântica. - Completou Carol distraidamente levando a boca uma colherada do pedido que Phelipe sugeriu, a mesma se deixou levar pela sensação de prazer no momento em que degustava a mistura.

-Romântica e histórica. - Declarou de forma empolgada e Carol ergueu a cabeça esboçando um educado sorriso por ver a animação que se instalou temporariamente no homem a sua frente.

- Sabia que durante a revolução americana, os britânicos costumavam manter prisioneiros da guerra em um barco no meio deste lago? - Perguntou e a ruiva negou com a cabeça mostrando interesse ao que estava sendo dito, mesmo não se importando muito. Ela levou mais uma colherada na boca para não precisar dizer nada.

-Como doze mil deles morreram, eles não sabiam o que fazer com os corpos então simplesmente jogaram neste rio. - Carol encarou aterrorizada para o lago que atualmente era fruto de passeios românticos e cenários de filmes, diferente do homem a sua frente que parecia divertido em compartilhar aquela informação.

-Quer dizer. literalmente. Imagine isso na sua mente. - Sugeriu e Carol forçou um leve sorriso tendo que empurrar a comida com um gole do vinho branco.

-Ah, estou imaginando! - Afirmou erguendo brevemente a taça na direção do rapaz em sinal de saudação e logo voltou a por ela encima da mesa.

-Fantástico, não é? - Perguntou e Carol afirmou com a cabeça se remexendo desconfortável na cadeira.

-Claro, é maravilhoso imaginar diversos corpos em estado de decomposição mergulhados em um rio onde algumas pessoas tomam até banho. - Ironizou fazendo o moreno a sua frente gargalhar dando ombros.

-Mas então, mudando de assunto... - Relevou.

- Percebi que nessa semana você e a Lima pareceram cessar fogos.- Comentou bebericando a sua bebida.

Carol rapidamente ergueu a cabeça para o rapaz a sua frente quando escutou o sobrenome da Dayane ecoando. Logo, esperou alguns segundos para responder e disfarçar o interesse que surgiu ao conversar sobre.

-É. Temos que parar de implicar uma com a outra já que daqui a algumas semanas uma de nós poderá mandar no serviço da outra. - Explicou.

-Entendi. Vocês seriam boas amigas. A Day é uma pessoa legal. - Comentou como quem não queria nada levando uma colherada até a boca.

Carol nada respondeu, apenas se prendeu nos pensamentos em que confirmava o que estava sendo dito sobre a morena, sim, ela era muito legal e Carol amava ter certeza disso. Abriu um sorriso lembrando de cada atitude legal que a morena já havia feito, até que foi retirada dos seus devaneios.

the hate of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora