Nono Capítulo

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O amor é como um truque de mágica. Você acompanha todo o processo, mas quando dá conta... não consegue explicar como aconteceu e para onde foi sua atenção. A única diferença é que a mágica pode se repetir de diversas formas parecidas, o amor não.

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 -Aii..Day, não consigo. Deu pra mim!. - Lamentou Carol se jogando na grama ao lado da pista de corrida.

Algumas pessoas passaram ao lado da ruiva e observaram a cena da mesma se rendendo a falta de vontade. Não tinha corrido nem por 30s. Dayane mais uma vez bufou e recuou alguns passos voltando a seguir Carol que estava ofegante com a mão na barriga.

Elas acordaram com dores em suas colunas por conta do mal jeito que passaram toda a madrugada. Ao despertarem logo cedo, perceberam que haviam pegado no sono no sofá, enquanto assistiam aos episódios da série.

Mesmo com todas as dores e mal humor, principalmente da Carol por ter acordado cedo no domingo, ainda sim não ousaram reclamar de nada. O que ambas mais almejaram dentre todas as noites nessas semanas, era a presença uma da outra em momentos de sono. Claro que elas não assumiriam isso de graça.

Tomaram café e Dayane ficou responsável de levar Carol em sua casa para trocar de roupa e a obrigou a vestir algo apropriado para uma caminhada.

Agora ambas estavam ali, a quase duas horas. Duas horas que Dayane estava sendo alvo de birras e lamentações de uma Carol incapaz de seguir seu ritmo.

-Mentira né? - Dayane perguntou colocando as mãos na cintura.

-Você não consegue correr nem por um minuto. - Reclamou a morena estendendo a mão para ajudar a ruiva a se levantar.

-Eu...-Fez uma pausa enquanto tentava se reestabelecer. -Eu consigo. -Ponderou estalando as costas para melhorar a dor na coluna.

- Só não quero te humilhar. - Avisou e Dayane abriu um sorriso observando as pessoas desviando delas.

-Claro. -

Seu tom de deboche era visível, e isso intrigou a Carol que não aguentou ficar calada, por mais que fosse mesmo uma mentira o que havia dito.

-Esta duvidando? - Perguntou inclinando a cabeça para cima na tentativa de confronta-la.

A falta de tamanho tirava qualquer poder de autoridade, Dayane ainda sim era mais alta e não precisava de muito esforço para esboçar um olhar intimidador, o que faria Carol ter que esforçar-se um pouco mais para fazer o mesmo com a morena que conteve a risada, mas fixou seu intenso olhar nos dá Carol, ocasionando uma troca de olhares repleta do que Carol nunca sentira nem em um beijo.

-Eu a desafio. - Carol propôs no calor do momento. - A uma corrida. - Dayane negou com a cabeça.

-Esta com medo? - Carol perguntou já com um sorriso vitorioso.

-De humilhar você? Nunca. Vencer de você é a coisa que mais tenho prazer. -Respondeu a altura da pergunta que lhe foi direcionado.

-Mas você sabe que nem tudo entre a gente precisa ser uma competição, não sabe?. - Perguntou em explicação.

-Eu sei. Só quero deixar claro que consigo ganhar uma corrida. -Respondeu.

-Mas eu odeio isso!!. - Resmungou passando a mão na testa.

- O que? - Dayane perguntou alienada do assunto que Carol começou.

-Odeio suar, odeio o sol, isso faz eu odiar até o canto dos pássaros, as árvores, você..- Respondeu e Dayane deu ombros.

-Você já me odiava antes. - Carol quis negar, mas afirmou em oposição a sua vontade. O momento estava descontraído, não precisava acrescentar uma verdade.

the hate of loveOnde histórias criam vida. Descubra agora