Vou publicar os dois últimos de vez😶
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Na segunda seguinte. O que um dia foi suposição estava oficialmente oficializada por todos da empresa. Clare e Phelipe conversaram sobre o assunto e contaram pro amigo que contou pra amiga, e assim, como somente mais uma fofoca, o namoro das duas foi descoberto e muitos nem se impressionaram.
→→→→→→→→→→Meses se passaram em um estalar de dedos. Era natal, mas não desfez o fato de ambas as meninas terem muitas coisas para colocar em ordem.
O pai da Dayane, César, tinha perdido quase todos os movimentos do corpo, a única forma que tinha para se comunicar com todos era por uma cadeira eletrônica que conseguia transmitir o que ele queria dizer com uma voz robotizada. Dayane se aproveitou dessa sua impossibilidade para ficar mais presente na vida de seus pais, simplesmente forçou o homem a conviver como uma família civilizada, auxiliava sua mãe nos cuidados e os três até saíram para passear algumas vezes, por livre e espontânea pressão.
Naquele dia natalino, Dayane iria deixar o trabalho para uma visita na casa dos pais. Já Carol iria do trabalho direto para a casa do seu pai.
Ela aos poucos foi convencendo o mais velho de que nada iria mudar só por sua escolha sexual, mesmo assim optou por não tocar muito no assunto com ele, e dessa forma estavam tentando reatar uma relação que nunca nem deveria ter sido quebrada. Foi a música, a música quem os aproximou e até então era o que reforçava uma boa convivência.
-Você reconhece essa? - Isaías perguntou começando a dedilhar as teclas do piano em uma melodia familiar que invadiu o peito da Carol com um sentimento de nostalgia.
-Heaven. - Sussurrou ajudando o pai a executar uma melodia mais harmoniosa.
O homem abriu um sorriso quando teve a ruiva cantarolando a música no ritmo em que um relaxante som era emitido pelo órgão antigo.
Era de momentos assim que Isaías gostava de se recordar, para ele, os melhores momentos no qual compartilhou com sua família, era onde tinha todos envolta desse mesmo piano e ele usufruiam de uma bela tarde ensolarada.
A neve cobria todo o chão da parte de fora da casa. Por esse período sempre era mais complicado cuidar das flores mais sensíveis, o que fez os cuidados se tornarem ainda maiores. Carol nem havia reparado que tinha passado toda a tarde na casa de seu pai o ajudando a preparar à ceia. Todos os natais Carol sempre passara com seus pais, até por que nunca tinha muitas escolhas de onde passar e com quem passar.
Esse natal seria diferente, Carol não tinha se decidido onde e com quem passaria. Não queria deixar seu pai sozinho no primeiro natal sem Rose, assim como não queria deixar sua namorada sozinha no primeiro natal que estavam juntas, e aquela indecisão se tornou seu mais novo pavor. Claro que o Isaías não passaria sozinho, em dias de comemoração, toda família iria para sua casa por ser a única que era de frente à praia, esse fato já resultou em algumas fogueiras na praia com a família cantarolando diversas músicas e se envolvendo em vários assuntos. Entretanto, de qualquer modo, logo agora que estavam se reconciliando e lidando juntos com a perda, ela teria que escolher com quem passar uma noite.
No meio da canção, Carol sentiu o telefone começar a vibrar dentro do bolso e logo se atentou em ver quem era.
-Oi amor. - Murmurou se afastando de perto do seu pai que parou de tocar o piano para que a ruiva tivesse mais liberdade em falar no telefone.
Carol seguiu até o corredor que dava a escada e abriu um pouco a cortina podendo ver o céu estrelado de onde caia flocos de neve.
-Cheguei da casa dos meus pais agora. - Dayane falou do outro lado da linha. A morena tirou seus sapatos os chutando para debaixo da cama enquanto libertava-se do seu sutiã mesmo que por baixo da camisa.
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the hate of love
RomanceJá pensou em odiar alguém por amá-la? Já pensou em amar tanto uma pessoa ao ponto de ter que odia-la? Confuso né? mas é possível. Nem sempre dá certo, você sabe porque?...