the hate of love

Décimo Capítulo

Tudo que é ilimitado é limitado. Já percebeu?

Isso engloba do exemplo mais besta como um plano de internet até a vida.

Você não pode esperar muito de alguém que é limitado a virtudes. E também não pode esperar por alguém nem por um dia sequer, pois principalmente a vida, é limitada.

Não limite seus sentimentos numa vida que limita tempo.
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-Minha mulher escreveu algumas sugestões do que eu poderia dizer, mas acho que prefiro improvisar. - César falou de maneira decidida e com o toque de sarcasmo na voz, o que resultou em risadas se espalhando por algumas pessoas. Dayane se ajeitou na cadeira parecendo focar no que o homem iria dizer.

Provavelmente Selma já havia deixando um texto pronto, apenas por segurança que o homem não estragasse mais uma noite importante.

-Sempre esperei coisas boas da minha filha. - As escolhas de suas palavras fizeram todos entenderem que ele tinha apenas uma filha. Prosseguiu seu discurso.

-Ela nunca me decepcionou. Nem uma vez sequer. Nunca precisei tomar medidas drásticas para calar sua boca, pois sempre teve um pensamento e modo de agir digno de um Lima. - As pessoas revezaram as encaradas do homem no púlpito dizendo lindas palavras e para a noiva que parecia boba pela emoção do momento.

-Ela se formou entre as melhores alunas na melhor universidade de Nova York e foi um alívio saber que daríamos continuidade a nossa dinastia médica. - Dayane arfou duramente não conseguindo e muito menos querendo manter seus olhos fixos no homem que todos estavam admirando.

Carol conseguia sentir o desconforto da morena por estar ali tendo que escutar aquelas coisas que de alguma forma era uma crítica ao seu modo de vida. Muitos pais dizem que não existem essa coisa de filho predileto, mas na família Lima, César fazia questão de se expressar de qualquer forma que desse, qual das suas filhas o enchia de orgulho.

-Devo dizer que acredito que seja tão forte quanto o homem com quem escolheu passar sua vida, e hoje, ao se casar com esse rapaz, me deixou ainda mais orgulhoso. - Carol deslizou suavemente a mão pelo antebraço da Dayane até chegar na palma de sua mão e então entrelaçou os dedos mostrando sua fidelidade. A morena rapidamente ergueu o olhar em sua direção e conseguiu esboçar um leve sorriso.

-Patrick, tenha certeza que escolheu a melhor Lima da família para se casar. Bem vindo a família. - O noivo ergueu sua taça em saudação as palavras do sogro e em seguida o espaço foi tomado por uma onde de aplausos.

Todos começam a se locomover até a mesa onde comportava um bolo de cinco andares para acompanhar a cena épica do primeiro pedaço sendo cortado pelos noivos. Dayane apenas se levantou quando todos já haviam ido, mas Carol se manteve do seu lado.

Só quando ia se locomover, o homem de cabelos grisalhos aparece em sua frente cortando o caminho das duas.

Dayane respirou fundo erguendo o olhar e de automático segurou com mais força a mão da Carol que sentiu uma tensão ainda mais forte.

-Belo discurso. Obrigada pelos comentários imersos nele - Dayane diz ao seu pai com ironia na fala, mas de maneira séria. O homem abriu um sorriso também irônico desviando o olhar da filha.

-Foi só uma brincadeira, mas se a carapuça serviu..- Respondeu.

-Então, com o passar dos anos você permanece atendendo telefonemas? - Perguntou César com seu tom de desprezo de algumas horas atrás.

Dayane abriu um sorriso e parecia satisfeita com a maneira que estava lidando com as claras provocações que sabia que seu pai iria destinar a sua pessoa, nada respondeu ao insulto, mesmo que sentisse sua cabeça explodindo e a língua coçando. A morena encarou Carol e percebeu a mesma fuzilando de diversas formas o homem a sua frente, só fez ela achar ainda mais graça. Dayane ia deixar o homem falando sozinho, mas sentiu a Carol intacta no mesmo lugar.