Oi gente! Eu decidi escrever essa fanfic que sai um pouco do contexto de Metal Lords.
As coisas se passam depois da batalha de bandas mas algumas partes do filme vão decorrer durante a história.
Nessa história terão muitas referências de músicas, livros e séries.
Me desculpem por qualquer erro e espero que gostem! <3Drogas lícitas, palavras de baixo calão, drama, clichê.
Eu não tinha uma carta de carro, mas sabia como dirigir.
Saí de casa sem rumo algum, com algumas garrafas de cerveja cheias e outras vazias e um Marlboro com dois cigarros restantes.
Não tinha dinheiro, a gasolina do carro com as últimas gotas contadas, mas quando se está triste, triste mesmo, sem o que se ocupar, sem motivos e sem apoio algum, qual por sinal nunca havia me visto precisando (ou pelo menos tendo noção disso), não se sabe o que faz. Só se faz.
Talvez aquelas últimas gotas de gasolina fossem úteis para levar a minha irmãzinha pra escola no dia seguinte, até porque acredito que ninguém naquela casa teria nenhum último dólar para reabastecer. Mas não volto atrás.
Saio pelo bairro dirigindo sem parar em semáforos, em exatas duas horas da manhã, em plena tranquilidade e com a certeza de que não haveria um guarda para pedir pelos meus documentos, ou alguém que possa me ver neste estado, com o rímel dos cílios borrados pelo rosto, com lágrimas me escorrendo dos olhos sem cessar e com um vermelhidão das bochechas, nariz e mãos, porque não faço questão alguma de fechar a janela em menos dois graus e levando tudo com uma jaqueta de couro velha dos anos 80 que estava no carro. Precisava sentir algo diferente de qualquer coisa psicológica que fosse.
O nome dela era Julie, e o motivo de toda esta circunstância era a Julie também.
Acredito que eu seja alguém intensa de mais, alguém que não saiba gostar pouco, ou alguém que ame demais sem motivo.
Como eu poderia prever que ela me trairia? Eu não fiz nada de errado e venho sofrendo por isso sozinha.
Estaciono o carro em frente a um pequeno bosque perto de algumas casas também. Saio, me encosto no carro, ascendo um cigarro e abro uma garrafa de cerveja.
Faz muito tempo desde o dia que soube que ela havia me traído, mas recebi uma mensagem dela de forma inesperada.
Sequer abri.
Só sei que nunca a superei. O tempo que estive, entre algumas aspas, bem, foi o tempo que consegui passar mantendo minha cabeça distante, fumando todos os cigarros que pude e bebendo todas as garrafas que meu dinheiro pôde comprar. Só que eu a amei tanto...
Tudo que ela precisou eu fiz e ajudei. O que ela pediu, eu dei, mesmo sendo aqueles os meus últimos 10 dólares, eu sabia que era melhor andar dura e tê-la feliz.
Nossas mães eram amigas desde antes de nós nascermos, entretanto sua mãe nunca foi capaz de aceitar a filha, mesmo que gostasse de mim.
E eu sei que ela me ama também, que ela sente a minha falta e que ela gostaria de poder refazer tudo o que fizemos, mas sei que manter uma boa imagem para a sua mãe pode ser muito melhor.
Lágrimas rolam soltas involuntariamente pelo meu rosto cada vez mais e mais. Para o meu azar, um carro preto que custa, provavelmente, tudo o que eu tenho e um pouco mais, para a frente. Um músico impopular da minha escola desce do lado do motorista e ajuda um outro garoto a descer do carro. Estava bêbado, e vomita tudo o que havia comido naquele dia no chão da calçada.
— Puta merda, Kevin... — Diz o garoto com as mãos sobre a cabeça sem saber o que fazer, então ele me avista do outro lado da rua. Tenho a breve impressão de que tenha se sentido envergonhado por algo e de alguma forma assim que ele me viu, alternando seu olhar entre mim e Kevin algumas vezes seguidamente. É claro que me senti envergonhada também, sequer tive a reação de entrar para dentro do carro, apenas paralisei.
O garoto sóbrio levou Kevin para dentro da casa e talvez por pressa ou desatenção, deixou as duas portas da frente de seu carro abertas. As lágrimas não estavam descendo mais porque, de repente, me vi presa em um conto. Uma situação cotidiana que me prende até os detalhes. O que levou Kevin a beber tanto? Onde eles estavam?
E o garoto sóbrio dá passos rápidos em minha direção com uma garrafa d'água na mão
— Bebe isso. — Ele diz preocupado como se fossemos íntimos.
— Que? Não vai ao menos fechar as portas do seu carro? — Digo com certa implicância. Sinto as lágrimas secas no meu rosto.
— Você sabe que não pode beber cerveja e nem fumar, não é? — Seus olhos...
Me perco nos olhos dele. Os olhos dele são da mesma cor dos da Julie e de repente todas as memórias ganham vida a minha frente tão fortemente que entre uma piscada de olhos e outra posso ver nitidamente aquela garota logo à minha frente.
Aqueles olhos...
— Ashley?
Como ele sabia o meu nome?
— Como sabe que eu me chamo Ashley? — Digo com a voz já um pouco embriagada.
— Você não pode beber, se tomar água o álcool vai se diluir e não vai te deixar tão bêbada. E aliás, tá lacrada. Quer aceitar a minha ajuda? — Ele diz mudando seu tom de voz na última frase.
Na verdade não.
Tarde de mais.
— Os seus olhos... — Sinto como se de repente minha visão embaçasse, entonteço de me afundar em seus olhos cada vez mais e, cada vez mais, querer me afundar sem cessar.
Arrasto minhas costas na lateral do carro até que eu esteja sentada em posição fetal no asfalto. Tudo me lembra ela e não tem mais jeito.
Lágrimas descem pelas minhas bochechas e só consigo pensar no desequilíbrio das minhas emoções. De repente uma tristeza profunda, seguida de um estado de normalidade que dura pouco menos de cinco minutos e volto novamente ao estado depressivo. Fico bem quando não penso nela, mas geralmente eu estou pensando nela.
O garoto sóbrio tira a sua blusa de frio e a coloca sobre mim, sem me vesti-la, e se senta ao meu lado. Um dos malefícios de ter sido uma atleta é ter um metabolismo rápido, consequentemente ficar bêbada rápido. E eu posso dizer que naquele instante eu já estava um pouco bêbada.
— Eu sinto tanta falta dela... — Vejo o garoto fazer uma feição levemente confusa ao ver que se tratava de uma garota, mas não deixa de me acolher.
E eu chorei. Chorei sobre o seu peito, sobre o seu colo, limpei as lágrimas no interior de sua blusa... Como ele pôde ser tão gentil em me ouvir e me ajudar?
Certa hora ele colocou uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha, e, não sei, mas senti um frio na barriga naquele instante..
— Me dê a chave do seu carro, vou te levar para casa. — Ele disse com sua voz suave, dizendo de forma suave, e assim ele fez.
E para ser sincera, ele de fato me levou até a minha casa. Descobri que seu nome é Hunter e que estudamos na mesma escola. Como eu nunca o vi?
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𝐍𝐎 𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐒 - Hunter Sylvester (REESCREVENDO!)
Fanfictionᵒⁿᵈᵉ 𝘈𝘴𝘩𝘭𝘢𝘺 𝙎𝙚 𝙥𝙧𝙚𝙣𝙙𝙚 𝙖𝙤 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙖𝙙𝙤 𝙘𝙤𝙢 𝙤 𝙨𝙚𝙪 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙖𝙢𝙤𝙧. 𝑂𝑈... ᵒⁿᵈᵉ 𝘏𝘶𝘯𝘵𝘦𝘳 𝙀𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖 𝙤 𝙨𝙚𝙪 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙖𝙢𝙤𝙧. Ashlay se encontra presa ao seu relacionamento passado onde todos os...