Agora eu estava namorando oficialmente com ele. Eu estava muito bem e feliz. Eu não me sentia de forma alguma mal, não dependia emocionalmente dele...
Estávamos saindo sempre que podíamos, apesar de não falarmos sobre o que vai acontecer depois do baile, era esse o motivo; medo do que vai acontecer.
A cada instante que eu passava com ele eu percebia mais coisas sobre ele. Ele sempre tenta poupar suas palavras apesar de não medi-las na maioria das vezes. Ele passava o meio do dedo indicador na ponta do nariz as vezes, por algum motivo. Ele realmente está interessado quando pergunta o que eu fiz durante a semana, não é como se ele falasse por educação. Ele desenha em seus tênis.. É bastante coisa.
Comentamos sobre isso uma vez. Ele disse que também percebe que mexo o copo em circulos quando há um líquido dentro. A forma que me concentro em algo e dou total atenção a ela. Que sempre uso os anéis no mindinho e anelar. Sempre nos mesmos.Ele estava na minha casa e decidimos ir para a dele. Ele chegou de surpresa assim que acordei. Era sábado então não estava preocupada em acordar cedo.
Ao levantar, simplesmente o encontrei conversando com a minha mãe. Assim que me viu virou seu rosto de um modo quase que poético. Poético talvez pelo jeito que a situação soou para mim. Virou seu rosto, seus cabelos balançaram e em seguida sorriu para mim. Eu não conseguiria evitar sorrir nem se eu quisesse.
Ele vestia uma blusa do Judas Priest e uma blusa jeans por cima, de mangas longas, cheia de logos de bandas que gostava. Uma calça preta desgastada e um coturno claramente usado, enquanto eu estava com uma blusa totalmente larga, sem ao menos um short. Não que precisasse, até porque aquela blusa me servia de vestido. Sorri tão feliz e ao mesmo tempo envergonhada que tapei meu sorriso. Ele disse algo baixo para minha mãe, talvez algo do tipo "finalmente acordou" e veio em minha direção. Minha mãe decidiu nos deixar. Ele tira a blusa jeans e deixa no cabideiro e me acompanha.Por mais que eu tivesse acabado de acordar, de pijama e com o cabelo bagunçado, ele conseguia me fazer sentir a pessoa mais bonita.
— Você não quer ir em casa? — Ele pergunta se sentando ao meu lado no sofá. — Podemos tocar. Eu comprei um baixo e queria te mostrar.
— Você toca baixo? — Pergunto. Ele responde que gostaria de aprender. — Certo, eu só preciso me arrumar então.
Eu me levanto e vou até o meu quarto pegar algumas roupas e Hunter vem atrás de mim, depois vou em direção ao banheiro.
— Vou esperar no seu quarto. — Ele diz apontando ao quarto que era do lado do banheiro. Eu o digo que não precisava e ele parecia não entender. — Hã, que? Quer que eu espere na sala?
— Não. — Digo olhando fixamente na parede atrás dele. Penso e repenso no que iria dizer com medo de sua reação. Medo também de mim, eu me sentia um pouco feia. — Pode ir comigo se quiser.
Ele responde com ok e vai comigo. Assim que fecho a porta ele se vira contra a parede e eu acabo rindo sem querer. Ele parece satisfeito e de bem com o seu ato até ouvir minha risada.
— Acha mesmo que eu teria te chamado se ligasse pra você olhar ou não? — Digo rindo já com a camiseta nos braços e ele se vira rindo e com vergonha. Eu sei que ele está forçando ao máximo olhar somente em meu rosto.
Eu olho fixamente para o espelho, sem perceber, por alguns instantes e depois que percebo pego as roupas de cima da bancada. Primeiro coloco a calça, era uma mom jeans clássica com lavagem padrão.
— Está bem? — Ele pergunta me pegando de surpresa.
— Não sei. — Digo virando o meu rosto a ele e logo em seguida volto ao espelho me encostando na parede. — Isso me agonia um pouco. Acho esquisito. — Digo apontando em mim o centro do meu peitoral e em baixo dos braços ainda olhando no espelho, onde apareciam as costelas. Encurto totalmente o que eu queria falar.
— Fica tranquila. — Acho que ele percebe. Pela sua forma de falar, eu percebo que ele queria dizer mais algo. — Olhe
Eu me viro totalmente e ele sai, finalmente, do canto da parede. Ele tira sua camisa e procura o ponto exato em que procurava em si mesmo em um curto tempo.
— Tá tudo bem porque — ele faz uma breve pausa e ri. — eu também tenho. — Ele tira seus olhos de si mesmo e os volta para mim. Sem que eu queira ou perceba, tem um sorriso em meu rosto. Por um instante achei que falar sobre aquilo o deixaria sem graça, mas ele respondeu de uma forma mais significante que qualquer outra resposta.
Eu fecho minha mão uma na outra. Ele estava sorrindo tão sinceramente... O jeito que Emily me falava dele fazia soar como se ele fosse incapaz de fazer algo compreensivo. Que ele talvez não fosse bom o bastante em certos momentos. Então eu descobri que ele tinha uma parte de si mesmo reservada pra mim. Seu sorriso fica menor em seu rosto, ele fica um pouco mais sério, mas não para de sorrir. Não sei no que ele está pensando agora, mas não me importo muito. Eu me aproximo e o beijo. Minhas mãos estavam geladas então apenas cruzo meu braços em volta do seu pescoço. Ele coloca suas mãos um pouco a cima da minha cintura. Era algo tão calmo, mas de uma forma estranha; inexplicável. Eu tiro meus braços da volta de seu pescoço e me afasto 1 passo para trás. Ele me olha e ri e eu rio junto. Ele se aproxima e passa os seus braços em volta do meu pescoço afundando seu rosto entre o meu pescoço e meus ombros, na curva entre seu nariz e o começo da testa. Eu não era muito mais baixa que ele então seu braço quase fazia um ângulo de 90° em relação ao seu corpo. Eu sei que ele estava sorrindo. Eu não conseguia parar de sorrir também. Mas dessa vez ele começou a rir, e eu junto com ele. Uma pequena crise de risos, vinda do nada. Ele se solta de mim e continua rindo enquanto dessa vez eu só sorrio vendo ele.
— Acho melhor eu terminar de me vestir logo. — Digo me virando e rindo. Ele veste sua camiseta também.
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𝐍𝐎 𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐂𝐈𝐆𝐀𝐑𝐑𝐄𝐓𝐓𝐒 - Hunter Sylvester (REESCREVENDO!)
Fanfictionᵒⁿᵈᵉ 𝘈𝘴𝘩𝘭𝘢𝘺 𝙎𝙚 𝙥𝙧𝙚𝙣𝙙𝙚 𝙖𝙤 𝙥𝙖𝙨𝙨𝙖𝙙𝙤 𝙘𝙤𝙢 𝙤 𝙨𝙚𝙪 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙖𝙢𝙤𝙧. 𝑂𝑈... ᵒⁿᵈᵉ 𝘏𝘶𝘯𝘵𝘦𝘳 𝙀𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙖 𝙤 𝙨𝙚𝙪 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙞𝙧𝙤 𝙖𝙢𝙤𝙧. Ashlay se encontra presa ao seu relacionamento passado onde todos os...