Capítulo 59

878 73 26
                                    

Marilia narrando.

Eu realmente amei o nosso encontro hoje! -Digo olhando pra ela.

Estamos paradas em frente a casa da minha mãe dentro do carro ainda.

— Você não deve ter noção do quanto isso significa pra mim. - Ela diz colocando sua mão sobre a minha. — Eu senti demais a sua falta!

— Isso de fato lembra muito nosso primeiro encontro. -digo sorrindo. — Lembro que você me chamou, apesar de já termos ficado algumas vezes eu ainda estava bastante insegura. - Faço uma pausa. — O que não muda muito da situação de hoje.

Ela sorri como se lembrasse exatamente do que eu estou falando.

— E você do mesmo jeito que está agora.. — Ela tira sua mão das minha e leva até o meu rosto, coloca uma mexa de meu cabelo atrás da minha orelha. — Tímida! Mesmo dividindo uma vida antes comigo, você não perde essa timidez.

— Tem coisa que não muda! - digo rindo.

— Realmente! - Ela diz diminuindo a distância entre eu e ela. Agora já consigo sentir sua respiração bem próxima do meu rosto. — Igual o meu amor por você. Não mudou!

Ela me olha com tanta certeza do que diz, seu olhar parece ultrapassar a minha alma. Meu corpo todo se arrepia. Cada palavra dita por ela, acerta em cheio o meu coração.

— O meu também não mudou! - a olho. — Você sabe muito bem disso. Eu sempre estive aqui, mesmo quando tudo a minha volta gritava pra eu ir embora.

— Que sorte a minha que você não foi! - Ela diz se aproximando. — Mesmo tendo noção que eu merecia que fosse.

Sem que eu pudesse responder ela toca os seus lábios no meu. Eu só me entrego aquele momento. Mesmo que inúmeras coisas passavam pela minha cabeça. Eu só queria viver aqui, sem se preocupar com todo o resto.

Não demora ela pede passagem pra que nossas línguas se encontrem. Eu não nego.. óbvio que eu não negaria! O beijo é incrível como todas as outras vezes, cheio de amor, carinho, tesao, desejo.. Que saudade eu sentia disso. A sensação que tenho é de que encontrei o meu lugar no mundo. É onde eu pertenço.

Ela finaliza nosso beijo com alguns selinhos, eu mal me afasto e abro meus olhos e já sinto meus lábios abrirem em um grande sorriso. Uma tremenda de um gado com os quatro pneus arriados. Mas vamos com calma!

— Eu senti muito falta de poder beijar você! - Ela diz me olhando. — A "sorte" que nos afastamos, pois não conseguiria manter a minha sanidade ao seu lado. Sempre que te via, a única coisa que pensava era que eu já havia te beijado, que já te tive ao meu lado.. e aquilo acabava comigo, porque era tudo que eu queria voltar a fazer e ter.

— Eu sei que eu sou irresistível. - Eu dou risada. — Pra nossa felicidade ou infelicidade nós mantemos longe. Porque perto não daria certo mesmo.

— Pelo menos agora eu não preciso mais passar vontade! - Ela diz se aproximando pra me beijar.

— Quem disse? - digo colocando um dedo entro nossos lábios pra que não se toquem. — Iludida! - Dou risada.

— Você não seria tão ruim assim. - ela diz fazendo bico. Aquele mesmo bico que o Léo faz quando quer algo. — Seria?

Meu Deus, todo meu juízo se perde quando ela faz isso. Não tem como manter minha pose de durona assim.

— Quem sabe.. - dou risada. — Tá tarde, preciso entrar!

— Você pode dormir lá em casa. - Ela me olha. — A casa sempre foi sua também. E eu não me importaria. - ela da um sorriso malicioso.

Pra sempre nós! - Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora