Capítulo 51

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Marília narrando.

09:30 da manhã chegamos na fazendo das gêmeas. A Maiara já estava ali, ela veio ontem pois ficou responsável por receber o pessoal da decoração.

Pego as nossas malas do carro, afinal passaremos todo o final de semana aqui.

Minha mãe, meu irmão e meu padrasto já entraram e levaram suas coisas. Eu com o Léo vamos logo em seguida. Mas, mal entramos pra dentro de casa, Léo já grita e sai correndo.

— Mommy. - Léo grita e sai correndo.

— Oi meu amor! - Maiara se vira e se abaixa pra pega-lo.

Logo vejo que ela não está sozinha, que ela estava com sua nova namorada. Dou um leve sorriso pra elas.

— Oi! Você consegue ficar com ele uns minutos? Só o tempo deu guardas as malas lá em cima. - digo olhando pra elas.

— Pode deixar ele aqui, Marília. Não vai atrapalhar. - Mai diz.

Dou um sorriso e subo as escadas em direção aos quartos. Por um momento paro naquele corredor, me sinto meio perdida. De todas as vezes que viemos pra cá, eu e a Maiara ainda éramos casadas. Sempre ficávamos no mesmo quarto. Mas hoje eu simplesmente não faço ideia de onde ficarei.

— Marilia? - Maraisa me chama saindo de seu quarto. — Você tá perdida aí? - ela diz rindo.

— Pior que eu estou. - a olho rindo. — Não sei que quarto vou ficar. - Digo colocando a mão na cabeça.

— No de sempre, Lila. - ela diz indo em direção da porta do quarto que ficarei. — Esse. Esqueceu?

— Achei que a Maiara ficaria com esse junto com sua namorada. - Digo entrando no quarto.

— Ela não quis.. mas mesmo se quisesse não ficaria. Minha mãe já tinha separado pra você.

Dou um sorriso, coloco as malas em cima da cama e abro tirando as roupas de dentro e colocando no closet que tem ali.

— Nossa! - digo entrando no closet. — Não me lembrava que tinha tanta coisa minha aqui ainda.

— Uai, ninguém mexeu em nada.. nem mesmo a Maiara. - Ela diz me vendo sair do closet. — Cê tá de boa com a Sophia aqui? Eu falei que era melhor ela não vir, afinal o Léo não gosta dela.

— Maraisa.. - digo rindo da última fala dela. — Se a mãe dele realmente ficar com ela, ele terá que se acostumar ne? E no final, até eu mesmo terei. - digo tirando as malas da cama e sentando.

— Quando crescer quero ser igual você. - ela diz deitando na cama. — Não ficaria plena vendo quem eu amo com outro alguém.

— Sinto lhe informar mas você não vai crescer. - Dou risada e ela se levanta e da um tapa em meu ombro. — Não tenho escolha. Não tem como amar por dois.

— Entendo. Mas vamos lá ver como está o andamentos das coisas. Afinal, hoje é um dia feliz. - Ela diz se levantando da cama e me arrastando pra fora do quarto e escada a fora.

Chegamos na cozinha onde estava o Léo, Maiara, Shophia, minha mãe e a Tia Almira. Mal entro na cozinha e ela já vem em minha direção.

— Como eu sinto a sua falta, nada é igual sem você aqui, Marília. - Tia Almira diz me envolvendo em um abraço extremamente apertado. — Como você tá?

— Também sinto saudades da senhora. - Digo me soltando do abraço. — Eu estou bem..

Mal consigo terminar de respondê-la sinto um serzinho grudando na minha perna e puxando como se quisesse chamar minha atenção.

— Mamãe, pula-pula. - Ele diz apontando pra fora.

— Calma filho! - Digo olhando pra ele. — É pra você, pra sua festa.

— Vamos? Um pouquinho! - Ele pede com aqueles olhinhos que é impossível falar não. Ele pega em minha mãe e sai me arrastando. — Mommy, vem!. - Com a outra mão ele pega na da Maiara.

Não nos esforçamos pra não ir, deixamos ele nos arrastar até o brinquedo. Me abaixo e pego ele colocando ele em cima do pula-pula. Ele me olha como se ainda faltasse alguma coisa.

—Vai filho, pode pular. - digo segurando em sua mão.

— Não mamãe. - Ele cruza os braços. — Vem também! A mommy também.

Eu e a Maiara nós olhamos e não dizemos nada. Ele continha nos olhando e esperando que entramos com ele no brinquedo. Como sei que ele é tão teimoso como a Maiara, não iria se dar por vencido, iria insistir até que de fato entrássemos com ele.

Pego na mão dele de um lado e a Maiara de outro, então ele começa a pular e automaticamente a gente também. Ele para observando tudo.

— Mommy, segura na mão da mamãe. - ele aponta pra minha mão.

Quando acho que ela não seguraria porque a Sophia tá bem do outro lado observando tudo que está acontecendo ali.

Mas sem pensar ela pega em minha mão, me olha como se perguntasse se tava tudo bem. Eu apenas sorrio e ela entendo que tudo bem. Afinal, é o dia dele.

Ficamos ali um tempo pulando e sorrindo de tudo. Parecia que naquele momento o mundo ao nosso redor acontecia em câmera lenta. Parecia que tudo estava como sempre deveria estar. Nosso família ali, perfeita.. JUNTAS!

O Léo não conseguia desfazer seu sorriso por um minuto.

— Cansado, mamãe. - Ele diz deitando na cama elástica.

Acompanhamos ele nos deitamos ao seu lado. Ele olhava tanto pra mim quanto pra maiara. Viramos de lado pra ele, pra observar cada detalhezinho lindo e perfeito que ele tem. No meio disso tudo, meu olhar e da Maiara se encontra. A tanto tempo e meu corpo ainda reage da mesma forma.

Ela nem se quer faz um esforço pra desviar o olhar. Ela continua ali parada em minha frente, fitando cada detalhe meu. Porra, ela tá olhando pros meus lábios? Meu Deus, eu não estou pronta pra ficar tão perto assim dela.

Ela sorri. Desgraçada, óbvio que ela percebeu todo meu nervosismo. Ela me olha ainda sorrindo.

— Tem alguém envergonhada! - Ela diz e sorri se aproximando do pescoço do Léo. Logo levanta seus olhos e olha nos meus. — Eu te amo.. Léo. - ela sorri.

Ridícula. Ela deve tá de brincadeiras com a minha cara, só pode. É óbvio que ela ama o Léo, mas da forma que falou ficou nítido que não foi direcionado apenas pra ele.

Ele sorri das cosquinha que agora ela está fazendo nele.

— Mommy, para! - Ele diz quase sem ar.

— Mai, ele tá ficando sem ar. - digo pra ela. E logo ela me olha assustada.

— F-faz tempo que você não me chama assim.

Dou um sorriso e me ajeito pra sair dali, já estava ficando tarde, jaja nossos amigos e familiares começam a chegar e o Léo não estava nem pronto ainda.

— Vamos meu amor, tomar banho e se arrumar pra sua festa. - ele vem em minha direção e gruda no meu pescoço.

Saio dali e vou direto pro quarto tomar um banho e da um banho no Léo.

Pra sempre nós! - Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora