Capítulo 15

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Acordo meio perdida no tempo. Não tenho noção do quanto dormimos. Só percebi quando um pequeno ponto de luz adentrou o quarto. Passando pelas persianas que estavam mal fechadas. Me viro com cuidado na cama pra não apertar o Léo. Mas logo me dou conta que estou sozinha no quarto.
Pego meu celular pra ter certeza das horas. São 09:40 da manhã. Não sabia que estava tão cansada ai ponto de dormir tento assim.

Me estico não cama, me espreguiçando pra poder levar.

— Essa cama tá tão confortável. - Falo me aconchegando naquele amontoado de cobertas. — Tudo bem se eu ficar aqui só mais cinco minutinhos.

Volto minha atenção pro meu celular. Abro meu Instagram pra ver o que está rolando nas redes sociais.
Descido da uma olhada nos storys. Os primeiro são da Marilia.

— Nossa, eles acordaram cedo. - falo pra mim mesma.

O primeiro storys é dela dando bom dia, mostra um pouco da paisagem e logo em seguida vira pro Léo que está em seu colo.
O outros dois storys é do Léo sentada na cadeirinha e ela canta um música pra ele.
Eu não me aguento, mal percebo e sinto minhas bochechas úmidas.
Ele é tão pequeno, mas parece entender cada palavra canta naquela canção.

Passo mais uns minutos ali, rolando o feed, curto algumas fotos, vejo umas fofocas e respondo direct de alguns fãs.

(...)

Vou até o banheiro, faço minha higiene pessoal, troco de roupa e desço as escadas e vou em direção a varanda. Onde todo mundo está reunido.
Logo que chego avisto uma loira linda, com um pequeno mais lindo ainda olhando pra mim e sorrindo.

— Parece que a mamãe perdeu a hora, meu amor. - ela fala segurando o Léo em
Pé em seu colo. O pequeno ri com a fala dela. — Bom dia meu amor! Dormiu bem?

Me aproximo deles, beijo a testa do Léo e deposito um beijo em seus lábios. O pequeno sorri como se entendesse o que estava acontecendo.
Pego ele do seu colo, cheiro seu pescoço o que causa gargalhas nele e automaticamente em todo mundo que está ali ouvindo o som mais lindo do mundo.

— Dormi meu amor. — digo sentando ao seu lado. — Acordei tem uns minutos, mas acabei ficando de preguiça um tempinho. - falo pegando a xícara de café que a Marilia me oferece.

— Toma seu café, que hoje quero aproveitar pra darmos uma volta na fazenda com o Léo. - ela sorri gentilmente pra mim.

Dou um gole no meu café e estendo a mão pra alcançar um pão de queijo.

— Podíamos levar ele no nosso lugar favorito. - agora minha atenção é toda voltada pra ela. Ela sorri ao ouvir eu dizer aquilo.

— Parece que você leu meus pensamento. - sorri

Termino meu café e me levanto acompanhando a Marilia que também havia acabado de levantar. Fazemos que vamos sair em caminho ao nosso destilo. Logo ouço minha mãe.

— Meninas, não demorem. Logo o almoço está pronto. - minha mãe grita da cozinha.

— Não esquece de levar o protetor solar do Léo. - minha sogra aparece entregando o protetor pra gente. — Não queremos um pimentãozinho todo ardido quando voltar. - ela fala dando um beijo na testa do Léo.

— Pode deixar, não vamos demorar. - Marilia fala num tom que minha mãe possa ouvir da cozinha. — Obrigada mãe!

Eu, Marília e Léo fazemos uma pequena trilha de menos de 20 minutos até chegarmos no nosso ligar preferido dali.
Era uma pequena cachoeira, linda. Onde eu e Marília tínhamos costume de vir, sempre que queríamos fugir de tudo e de todos. E aproveitar um momento só nosso.
Era lindo o lugar, o barulho das águas se misturava com o barulho dos pássaros, uma calmaria inexplicável.
Havíamos levado um pano e algumas comidinha pro Léo, caso ele sentisse fome no tempo em que ficássemos ali.

Como Léo estava em meu colo a Marília ficou encarregada de estender o pano no gramado bem embaixo de uma árvore gigantesca que tinha ali.
Ela arrumou tudo, e se sentou, eu e Léo nos juntamos a ela. Coloquei ele no nosso meio, ele parecia tão encanto quanto a gente com cada detalhe e cores que estava vendo.

— E esse olhar longe.. tá pensando no que? - Marilia fala me tirando dos meus pensamento.

— Lembra quando viemos aqui pela primeira vez? - dou risada — Estava eu, você e a Maraisa. Decidi dar uma de quem sabe escalar as coisas. Comecei a subir naquelas pedras. - Falo apontando pras pedras na cachoeira. Eu mal termino meu raciocínio e a Marília já está morrendo de rir.

— A-MOR! - ela fala quase sem fôlego de tanto rir. — lembro que eu e a Maraisa falamos pra você tomar cuidado que poderia cair. - Agora ela ri com mais vontade ainda, chega falta o ar.

Léo está nos olhando como se fôssemos doidas. Mas solta pequenas gargalhadas também.

— Dito e feito. Não passou meio segundo do que vocês falaram. E lá estava eu. - agora quem estava morrendo de rir era eu. — Caída! - Dou uma pausa pra poder recuperar o fôlego. — A Maraisa toda apavorada pois não sabia se eu estava bem ou não. E você, não preciso nem dizer. Foi o tempo de você me perguntar se estava bem e eu responder, pra você rir desse jeito. - aponto pra ela se acabando de rir. — Do mesmo jeito que você ri agora.

Ela mexe os lábios numa tentativa frustada de sair alguma palavra. Mas ela não consegue. Não consegue cessar sua risada.
Faz esforço pra que se recupere e encha mais uma vez seus pulmões de ar.

— Tirando a preocupação, aquele dia foi incrível. - Ela fala um pouco baixo, pois não estava totalmente recuperada.

Não podia deixar de registar os momentos que estávamos tendo em família. Tirei algumas fotos. Fiz alguns storys. Alguns deles acabei postando nas redes sociais. Outros apenas guardei pra mim, pra rever sempre que sentir saudade deles.

O tempo foi passando, o Léo parecia muito feliz com aquele momento.
Nós curtimos cada minuto ali, aproveitamos a sombra das árvores, o barulho das águas os cantos dos pássaros.
Nós deitamos no pano que havia em baixo de nós.
Léo quis apenas mamar. Mas não demorou muito pra ele pegasse no sono. Então resolvemos voltar, pois já era mais de 14h da tarde.
E pelo horário que saímos de lá, minha mãe e minha sogra estaria prestes a nos matar quando chegássemos.

Dito e feito, chegamos na fazendo. Já estava todo reunidos em volta da mesa. Fazendo o que? Sim, esperando a gente pra poder comer.
Tudo bem que demoramos um pouquinho, mas não é sempre que temos tempo sobrando pra aproveitar a vida devagar.

— Achei que iriam acampar lá. - João Gustavo fala rindo. — Já estávamos nos preparando pra esperar vocês pra janta.

— Dramático? Quase nada. - Marilia fala dando um tapa no braço de seu irmão. — Só vou pegar o carrinho do Léo. E já voltamos pra almoçar.

Peguei o carrinho e coloquei o Léo pra dormir ali próximo de nós.
Almoçamos, a comida como sempre estava incrível.
Conversamos, e relembramos mais uma vez sobre o meu tombo épico na cachoeira. Todos riram, e dessa vez até a Maraisa.

Ficamos ali por um tempo, jogando conversa fora.
Eu e a Marilia nos levantamos pra poder ajudar a Maraisa com as louças.
Terminamos tudo na cozinha e fomos pra sala.
Não demorou muito pra minha mãe aparecer com o Léo no colo. Ele havia acordado. Acho que por saudade ele não queria desgrudar da Marília e nem de mim.

As horas foram passando, ficamos ali só aproveitando cada momento. Pois logo logo começaria de novo a nossa agende de shows.
A Marília essa semana ficaria tranquila, por sorte irá fazer três shows aqui próximo à Goiânia. O que vai facilitar s volta pra casa dela.
Já eu e minha irmã, diferente dela, teremos shows por todo o canto do Brasil. O que vai nos impedir de voltar pra casa com tanta frequência.

Mas deixo essa conversa pra um outro momento. Pois sei o quando a Marília vai sentir a minha ausência, e não quero deixá-la triste agora. Não hoje!

Nosso dia termina incrivelmente bem, finalizamos com muita pizza e vinho.

Já era tarde, subimos pra dormir. O Léo já estava dormindo a horas. Minha sogra havia coloca ele pra dormir um pouco mais cedo.

Eu e Marilia subimos, tomamos nosso banho, nós amamos da melhor maneira possível. E não deitamos.

Pra sempre nós! - Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora