Capítulo 28

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Maiara narrando.

No meio da nossa briga, o Léo começa a chorar. Estávamos no nosso quarto e ouvimos pela babá eletrônica.
A Marilia se prontifica a ir até ele, não digo nada, apenas concordo.

Fico no quarto sozinha, então me levanto da cama e vou pro banho, pra vê se passa o efeito do álcool.
Tomo um banho relaxante, pensando em tudo que havíamos dito uma pra outro. Fico ali entretida em meus pensamentos. Quando me dou conta já se passaram mais de 20 minutos.

Sai do banho, coloco meu pijama e vou até o quarto do Léo pra vê se ele tá bem.
Quando chego ele ainda estava chorando, a Marilia parecia um pouco preocupada, sem saber o que fazer.

Pelo choro que foi sessado assim que entrei no quarto e passei as mão em suas costas. Pelo jeito era só saudade.. de mim.

Alguém pelo menos me quer por perto. Penso assim que vejo o Léo parar de chorar. Marília me entrega ele e diz que precisa ir. Eu queria muito pedir pra ela ficar. Mas ouvir um não dela, iria me distruir naquele momento. Então, prefiro ficar calada.

Ela sai, fecha a porta e não demora muito pra que o Léo comece a chorar de novo. Então, a porta se abre na mesmo velocidade que foi fechada.

Ela entra novamente no quarto e se aproxima de mim e do Léo. Faz carinho em seu cabelo, o que faz ele parar de chorar.

— Eu acho que o Léo não quer que fiquemos longe. - Dou um leve sorriso.

Ela parece ignorar qualquer palavra que eu acabei de dizer e fica em silêncio.

— Você sabe que não precisa ir né? Que essa casa também é sua.

— Eu sei, Maiara.

— Pode ficar no nosso quarto, eu fico no de hóspede. Não tem problema pra mim. - a olho esperando uma resposta.

"não tem problema pra mim." Me arrepende logo em seguida. Lógico que tem problema. Eu não aguento mais dormir longe dela.

— Eu fico.. até o Léo dormir.

Eu concordo com a cabeça e ela pega o Léo no colo. Se vira saindo do quarto e indo pro nosso.
Eu continuei ali, por um momento eu não sabia muito bem o que fazer. Eu deveria ir com ela até o nosso quarto ou eu deveria simplesmente os pra outro?

Não demorou muito pra ouvir o choro do Léo. Então decidi que iria até eles. Léo nunca foi de chorar assim. Já estava estranhando, mais um pouco eu entraria em desespero.

Chego no nosso quarto, a porta já estava aberta. Marilia estava deitada na cama com o Léo ao seu lado. Eu me aproximo, e me sento na beirada da cama.

— Será que ele tá sentindo alguma coisa? - pergunto preocupada.

— Acho que não. Esse choro é o mesmo de quando ele sentia sua falta.

Me apoio no meu cotovelo e passa a mão nas suas costas. Logo ele para de chorar.

— Não é possível! - Marília fala sem querer acreditar no que estava acontecendo.

— O que foi?

— Toda vez que uma de nós nos separamos, ele chora. - ela me olha incrédula. — Não é possível isso. - Ela olha pro Léo.

— Então não vamos poder nos separar. - olho pra ela e sorrio.

— Pode deixar aí Maiara, tá tudo bem. Pelo menos hoje. O Léo quer que fiquemos juntas.

Não penso duas vezes em me juntar a eles na cama. Deite de frente pra ela e o Léo em nosso meio. Ela faz carinho nele enquanto eu faço o mesmo.

Ficamos ali por um tempo até ele realmente pegar no sono.
Olho pra cima e nossos olhares se encontram. Todas as partes e pelos do meu corpo reagiu aquele olhar.

Pra sempre nós! - Mailila Onde histórias criam vida. Descubra agora