As coisas costumam acontecer muitas vezes de formas estranhas e inesperadas, mas isso é algo normal, já que não podemos ter controle sobre tudo que nos acontece. Durante a infância, aprendemos que cair pode doer um pouco, mas permanecer no chão é para fracos, que devemos sempre nos levantar. É ainda na infância que começamos a ter nossas primeiras ideias sobre o que fazer no futuro, o famoso: “quando eu crescer…”.
Idealizamos sonhos, comemoramos nossas primeiras conquistas e pulamos de felicidade. Afinal, chegar ao final da amarelinha sem errar uma única vez, é uma conquista e tanto. Ou quem sabe, bater o recorde de pular corda, quem gira mais tempo o pião de madeira, ganhar uma corrida de carrinhos… são tantas coisas, pequenas para os adultos, mas de um importância tremenda para uma criança.
Nessa fase, os anos vão passando e sonhamos com a vida adulta, com o finalmente “ser grande” e quando chegamos lá, vemos o quanto era bom ser criança, o quanto era bom não se preocupar com as contas perto do dia de vencimento ou em fazer as compras da semana. Que agora não tem mais mamãe e papai para segurar nossas mãos quando se vai ao médico e dizer tudo que você está sentindo. Agora a vida mudou e viver se tornou uma batalha diária e o diagnóstico do médico seria capaz de mudar tudo.
Kara Danvers, uma mulher que aproveitou sua infância ao máximo, que cresceu rodeada de pessoas que a ama e faria tudo por ela. Kara, é daqueles tipos raros de pessoas que iluminam tudo ao seu redor. Agora ela estava ali parada em frente aquele médico tentando absorver tudo que ele falou e quando se deu conta do peso daquelas palavras, seus ombros caíram, seu coração acelerou, um nó se formou em sua garganta e seus olhos se enxeram de lágrimas.
– Srta. Danvers, se acalme. – o médico se preocupou com a forma que sua paciente chorava copiosamente e se levantou para pegar um copo com água para ela – Tome um pouco, vai lhe ajudar a se acalmar. – Kara pegou o copo e bebeu devagar. – Sente-se melhor? – o médico perguntou após alguns minutos.
– Sim. Estou bem. É só que… – ela respirou fundo – de tudo que eu pudesse ter, jamais imaginei que estivesse grávida. – ela tocou seu ventre.
– Compreendo. Entendo que não planejou, mas isso não quer dizer que é algo ruim. Minha mãe sempre diz que as coisas acontecem quando tem que acontecer. – Sorriu tentando reconfortar a sua paciente.
– Minha mãe diz o mesmo. – Kara se permitiu sorrir.
– Vou passar algumas vitaminas para você, assim esse bebêzinho vai crescer forte e saudável, também alguns exames e preciso que veja se suas vacinas estão em dias. – ele falava enquanto ia anotando tudo e Kara assentia. – Aqui está. – Entregou o papel. – Na recepção você pode marcar os exames e também agendar seu pré-natal. Agora vamos ver esse bebê?
– Sim, por favor.
Ela foi orientada a se deitar na maca no outro lado da sala, onde ficava o aparelho de ultrassonografia. O médico colocou um lençol sobre suas pernas e pediu que ela desabotoasse a calça e levantasse um pouco a blusa. O gel foi espalhado sobre seu ventre e logo o aparelho começou a ser deslizado pelo local, não demorou nada para o médico encontrar o bebê.
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O presente que me deixou
Romance[EM ANDAMENTO] O final de um relacionamento pode deixar feridas difíceis de serem curadas, mas em alguns casos, também pode deixar um presente, algo que vai mudar sua vida para sempre. Kara sabia que sua vida nunca mais seria a mesma. Lena G!P (se n...