Boa tarde!!
Vamos conhecer um pouco do nosso Jimin?
(...)
2 meses antes….
Jimin estacionou seu carro popular em frente ao prédio de construção antiga, talvez do final dos anos 60, um alfa de meia idade fumava um cigarro fedorento parado próximo ao portão de ferro.
-Boa tarde. Jimin cumprimentou ao abrir a porta do veículo indo para a parte de trás e pegando duas caixas do porta-malas.
-Vai ficar no 501? -O senhor disse com uma carranca fechada. -É parece que sim.
-O elevador ta quebrado, vai ter que subir as escadas, quer ajuda? -O velho não esperou resposta uma vez que Jimin estava com muita dificuldade de carregar as duas caixas uma encima da outra.
-Hey! -Gritou com a voz rouca e do outro lado da rua um rapaz de no máximo 20 anos levantou de trás de um carro, o bairro era simples e cheio deles espalhados pelas calçadas. O velho apenas acenou com a cabeça e o rapaz com ar jovial mas musculos no mínimo duas vezes maiores do que os de Jimin atravessou correndo com um sorriso simpático.
-Ajuda o rapaz a subir as caixas até o quinto andar.
-Sim senhor! -Jimin o viu se aproximar, seu cheiro era forte, como café, o rapaz pegou as duas caixas com facilidade e sorriu para Jimin que sentiu vontade de rir, alfas sempre gostavam de se mostrar.-E aí! -O jovem cumprimentou indo em direção as escadas, Jimin enfiou as mãos nos bolsos, não via o menor problema em deixar o mais jovem fazer todo o trabalho, ele estava morto de cansaço mesmo.
-E aí.
-Vai morar sozinho? -Jimin suspirou.
-Não. Com a minha mãe.
-Ah! E onde ela está? O rapaz o olhou inocentemente, estava tentando ser simpático.
-No hospital, em coma.
-Ah…O resto do caminho foi silencioso, o rapaz estalava de vez em quando a lingua, como se estivesse se repreendendo, Jimin não gostava de como as pessoas agiam quando contava sobre sua mãe, mas aprendeu a se acostumar com os olhares penalizados e o silêncio constrangedor.
-501. -O jovem disse largando as caixas no chão.
-Obrigado, é… -Jimin se sentiu mal educado por não ter perguntado o nome do rapaz antes, estava cansado e cheio de problemas, mas não era mal educado.
-JungKook!
-Certo, eu sou Jimin, obrigado JungKook. -Jimin enfiou a mão nos bolsos em busca do molho de chaves, por algum motivo aqueles apartamentos tinham trancas demais.
-Vou nessa então. Foi mal aí pela sua mãe, espero que ela melhore. - JungKook coçou os cabelos, desajeitado. -Se precisar de algo é só chamar, minha casa fica no patio de trás lá embaixo.Jimin assentiu e abriu a porta dando de cara com a sala/cozinha do apartamento de poucos metros quadrados.
-Lar doce lar…- Suspirou cansado, o cheiro de naftalina misturado com o seu invadiu suas narinas, depois que sua mãe fora hospitalizada devido a um AVC sua vida havia mudado muito, as despesas médicas eram absurdas e Park precisou arrumar dois empregos para cobrir tudo, e mesmo assim faltava, tinha uma semana que havia perdido sua casa por bão pagar a hipoteca.Deixou as caixas sob a mesa embutida na parede e aproveitou para abrir aa cortinas atrás dela, não era tão ruim afinal, fazer suas refeições olhando os arranha céus da cidade, a tardinha a luz alaranjada deixava o cenário mais bonito.
A Kitnet tinha no total três espaços, a sala/cozinha que contava com um sofazinho de três lugares, uma televisão de tubo e uma mesa de centro, ao fundo os armários embutidos, um modesto fogão marrom e a mesa de refeições, também havia um quarto grande, que Jimin pretendia dividir com sua mãe no futuro, sem camas, mas Jimin havia conseguido comprar um colchão inflavel em uma promoção na loja de departamento onde trabalhava metade do seu turno. Quando sua mãe acordasse ele daria um jeito de conseguir uma cama fofinha e confortavel para ela.
No cantinho do quarto havia uma arara de roupas, Jimin deixou uma das caixas em frente a ela e a outra deixou ao lado do colchão, não era sua primeira vez ali, mas era a primeira vez que aparecia ali naquele horário geralmente chegava de madrugada e saía bem cedo da manhã.
As coisas de sua mãe ainda estavam embaladas no outro canto, olhar para elas causavam um nó na sua garganga.
Foi até o banheiro minúsculo e lavou as mãos, as passou pelas bochechas pálidas e magras e ignorou suas olheiras. Já estava atrasado, preciaava sair dali o mais rápido possível.
-Oi mamãe…-Jimin estava sentado ao lado da maca onde sua querida mãe estava deitada, ela parecia apenas dormir tranquilamente, seu peito tão magro subia e descia.
Jimin sempre considerou sua mãe uma ômega muito bonita, não atoa ela sempre se gabava de ter sido uma modelo bastante requisitada na juventude, Park Jihye sempre foi tão cheia de vida, Jimin sentia tanto a falta de conversar com ela, de ouvi-la cantarolar enquanto cozinhava para ele.
-Terminei nossa mudança hoje, mamãe. Nossa nova casa é bem menor e um pouco feinha. -Riu passando a mão nos cabelos branquinhos. -Você vai detestar não poder cuidar do seu jardim, não fique brava comigo, hm? Eu juro que vou comprar algumas flores.
.Faziam exatamente 10 meses que Jihye estava em coma, seus sinais vitais eram bons e os médicos não sabiam explicar o motivo de não acordar, Jimin tentava se manter positivo, mas a cada dia que passava sentia que estava mais prócino da estafa total, temia não conseguir aguentar muito tempo então rezava todas as noites para sua mãe acordar logo.
Jimin foi avisado pela enfermeira que seu horario havia acabado, esse momento era sempre o mais dificil, deixá-la sozinha naquela sala fria, mas não podia ficar muito tempo.
-Prometo que venho assim que puder, ta bom? -Ele disse beijando a mão da senhora. -Eu te amo mamãe. -Jimin sussurou com os lábios pressionando sua testa, ainda segurava a mão gélida que devolveu o aperto com muito menos força, em um primeiro momento Jimin não conseguiu perceber, ou talvez já havia se engando tantas vezes que se negava a ficar animado com aquela possibilidade, no entanto ao se distânciar um pouco ficou frente a frente com os olhos amendoados de Jihye, as orbes negras pareciam distantes mas sua atenção estava totalmente no filho, uma lágrima lhe escapou e Jimin que até então apenas observava a cena com certa incredulidade piscou algumas vezes.
-Mamãe? -Sua voz saiu embargada e esganiçada, a ômega mexeu a boca seca mas som algum saiu, Jimin sentiu o cheiro de lavanda se intensificar, ela queria acalma-lo como fazia quando era pequeno.-E-espera aqui!- Exclamou sem se dar conta de como aquilo soava irônico, buscou pelo botão de emergência acima da maca e apertou inumeras vezes, seus olhos arregalados ainda não acreditavam no que viam mas já derramavam as primeiras lágrimas, sua mãe estava acordada, depois de longos meses de agonia, sua querida mãe estava finalmente voltando para si.
Uma equipe entrou rapidamente pela porta e Jimin deu alguns pulinhos enquanto tentava exclamar o milagre que acabara de acontecer, um enfermeiro se aproximou dele enquanto o resto da equipe faziam inúmeros testes em sua mãe, ele passou gentilmente a mão nas costas do alfa e pediu que ficasse tranquilo, mas Jimin não conseguia, sua mãe era sua única família, a pessoa que lhe deu todo o apoio e amor durante sua vida, não imaginava-se sem ela de forma alguma.
Jimin engasgou com o choro quando o médico lhe disse que tinha boas notícias, a tanto tempo esperava ouvir aquilo.
Com os devidos cuidados e fisioterapia Jihye poderia ir para casa dentro de alguns meses. Jimin sabia que precisaria arrumar um jeito para pagar tudo aquilo mas não se importou, naquele momento só queria ficar olhando para a mãe acordada pelo resto da noite, faria qualquer coisa por ela.Alguns andares abaixo, Min Yoongi também chorava, silênciosamente na cabine do banheiro, seus exames médicos em mãos e a notícia de que tinha pouco tempo se desejava realizar o maior sonho de sua vida: engravidar.
(...)
Eu juro que ninguém vai sofrer!
E aí... teorias de como vai ser o tal contrato?
O que estão achando?
Até a próxima! Amo vocês
Amands.
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Um Bebê Para Meu Chefe [YoonMin ABO Mpreg]
Fanfiction•ABO •Lemon •Mpreg Park Jimin detesta fofoca, principalmente as de trabalho, mas não pode negar que o assunto do momento na empresa onde é assistente Júnior chegou em boa hora na sua vida: Min Yoongi, um dos poucos ômegas que ocupavam cargos importa...