Through desire (Em correção ortográfica)

Capítulo 2

Camila passou as duas próximas semanas tentando esquecer a garota de olhos verdes em vão, mesmo com Hailee ao seu lado, perguntando o porquê de estar tão estranha. Enquanto isso, Lauren ainda não tinha aceitado a rejeição.

- Ainda está pensando naquela patricinha Lauren? - Normani perguntou, ela era a melhor amiga de Lauren e que mesmo não estando na festa ficou sabendo do primeiro fora que levou.

- Claro! Desde quando uma mulher me rejeita? Seja ela rica ou pobre?

- Sei que não rejeitam, mas se ela te quisesse já teria ido para cama com você, mas pelo que Nela me contou ela nem te deu bola e ficou com a namorada - A negra debochou.

- Por que você não vai cuidar da vida dos seus ficantes? - perguntou com certa irritação.

- Porque você não vai cuidar da sua noiva? Ah sim, ela não é mais sua noiva, está casada com outro? - Normani deu as costas para Lauren e saiu rindo.

Adorava pegar no pé da amiga, ainda mais quando o assunto era Keana, sua ex-noiva que agora era casada com o seu irmão Chris.

Não gostava nem de pensar naquela mulher que amou por cinco anos e depois simplesmente a abandonou para casar com o irmão dela, dizendo que ser lésbica foi apenas uma fase. O difícil de tudo era ter que conviver com ela por ser sua cunhada.

***

O barulho das coisas sendo quebradas podia ser ouvido de longe. Sinu estava em um canto gritando com o cônjuge, mandando-o parar com mais aquela crise depois da bebida. Camila que estava certa em sair de casa e não viver naquela loucura toda.

- Alejandro! - gritou pelo marido antes que ele saísse de casa, mas não foi o suficiente.

O homem completamente embriagado como de costume andava pelas ruas. Caindo pelos cantos e esbarrando em tudo pela frente se machucando. Em que lugar havia parado o pai de família e homem dedicado que um dia existiu? O álcool tinha destruído tudo.

Parou em frente à casa de jogo. Precisava jogar um pouco e até mesmo beber. Nunca era o suficiente, ele estava sempre querendo, mais, mais e mais. Por mais que tentasse lutar contra aquele vicio que o consumia, nunca era o suficiente.

- Cabello. - a voz grossa, fria e intimidante ecoou assim que viu aquele ser desprezível passando pela porta do seu estabelecimento. - A que devo sua honra, ou devo dizer desprazer em tê-lo aqui?

- Eu... - Apoiou-se na parede fazendo todos rirem dele.

- Você tem um roxo bem legal aí nesse seu olho não é? -Mike indagou. - Quem foi que lhe fez isso? Algum capanga meu?

- Jauregui. - Alejandro conseguiu pronunciar o nome do homem com esforço. - Eu preciso que você me empreste um pouco de dinheiro. - o outro começou a rir. Era muita audácia em vista do quanto ele já estava devendo.

- Você me deve muito Cabello. O que te faz pensar que vou lhe dar dinheiro?

- Olha. - Alejandro conseguiu dar mais um passo para frente. - Eu juro que pago a minha dívida, se me emprestar vou conseguir mais dinheiro e te pagarei. - falou sorrindo.

- E você acha que seja uma bela ideia? Eu lhe darei dinheiro, ou melhor, emprestarei para que você gaste tudo em bebida e me fique me devendo cada vez mais?

- Não! - o latino foi rápido em responder. - Eu vou pagar.

- Como? Você não tem dinheiro nem para comprar comida que eu sei. Como julga que poderá me pagar?

- Vou dar um jeito, mas eu preciso mesmo do dinheiro.

Mike respirou fundo. Ele sabia que o homem apareceria para falar com ele. O homem estava sempre nas mesas de seus jogos, e agora estava devendo uma quantia extremamente alta. A máfia da família Jauregui era a maior e mais rica de Miami, para isso não toleravam pagamentos atrasados. Alejandro estava prestes a entender isso.