ACOTAR
Há muito tempo ela fez parte de suas vidas, era mais velha que Rhysand e por isso viu todos crescerem assim como viu a família aumentar. Porém, em uma noite que viu uma guerra interna acontecer entre a corte Primaveril e a corte Noturna, per...
Oiee, espero que gostem do cap! Muito obrigadaaa por tudo, obrigada mesmo! Desculpem por algum erro ortográfico, boa leitura!
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Capítulo 44 ― Quarenta e quatro.
Amethyst and Helion's love for her.
Apesar de insistir, Safira e Esmee negaram a ajuda da princesa para saírem dali. Disseram que aquilo poderia levantar suspeitas e ela precisava se preparar para conseguir enfrentar Keir e provavelmente seu irmão também.
Mesmo sentindo seu coração doer, Amethyst concordou com elas. Despediu-se conseguindo fortalecer a ligação entre si e suas amigas além de prometer que não ficaria longe por muito tempo.
― Achei que não tinha mais escuridão em você. ― Amren disse ao chegar à biblioteca e viu Amethyst lendo um livro sobre a história da corte e brincando com uma esfera de escuridão entre seus dedos.
― Eu achei também. ― A princesa lhe deu de ombros e a encarou. ― Atrapalho se ficar por aqui?
― Não, estou esperando Nestha vir para nosso treinamento.
― Hm, conseguiu outra vítima para lhe aguentar. ― Amethyst brincou e a outra rosnou para ela.
― Diferente de você que desistiu do seu treinamento, Nestha está conseguindo ter uma grande evolução. ― Amren retrucou.
― Que bom. ― A princesa rapidamente levantou ao lembrar-se de algo. ― Tchauzinho.
Ela saiu antes mesmo da baixinha conseguir se despedir dela e revirou os olhos quando lembrou que no dia seguinte seria aniversário do grão senhor da corte solar.
O aniversário de Helion seria no dia seguinte! Ela não podia esquecer-se daquele dia, gostaria de presentear ele que estava sendo um querido amigo para si e uma ótima companhia também.
― Az! ― Deixou de pensar naquilo quando viu o encantador de sombras no corredor.
― Senhorita. ― Ele sorriu fraco ao vê-la. ― Estava de saída?
― Não, eu apenas ia para meu quarto e ver alguns vestidos. ― Amethyst cruzou as mãos em frente ao corpo. ― Posso lhe ajudar com algo?
― Gostaria de conversar com a senhorita, se não for lhe incomodar.
― Claro que não! ― Amethyst respondeu rápido demais, quase atropelando as palavras. ― Não é incômodo algum, o que gostaria de falar comigo?
― Poderíamos conversar em outro lugar, há uma cafeteria em frente ao rio Sidra... ― Ele sugeiu e ela sorriu antes de assentir.
― Parece bom, podemos ir.
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Azriel havia pedido para si apenas um café expresso enquanto Amethyst tinha aproveitado para pedir um bolo de frutas junto de uma xícara de chá de erva doce.
― Preciso confessar... Fiquei surpresa de haver um espaço em sua agenda para falar comigo. ― Ela brincou após tomar um pouco de sua bebida quente e observou o rio Sidra.
Haviam escolhido uma mesa próxima as janelas e ela podia ver também o dia lindo que estava fazendo.
― Garanto que a senhorita tem mais coisas para fazer do que eu. ― Ele disse e ela negou com a cabeça.
― Não seja bobo! ― Ela fingiu ficar séria por alguns segundos e logo sorriu. ― O que quer conversar comigo?
― Você tem saído nos últimos dias e... Um de meus espiões detectou sua presença na cidade escavada. ― Azriel disse cauteloso.
― Hm... ― Amethyst suspirou, o sorriso sumiu de seus lábios e preferiu tomar uma expressão de desdém. ― Ele está indo muito bem no seu trabalho como espião. ― Foi o que ela respondeu antes de provar o bolo.
― O que foi fazer lá, senhorita? ― O encantador de sombras lhe perguntou enquanto as sombras estavam contidas em seu corpo e pareciam querer chegar até a moça.
― Passear, ver como estão às coisas... Toda a desgraça que segue acontecendo lá por culpa de Keir e Rhysand não fazendo nada para ajudar. ― Ela cruzou as pernas e deu de ombros. ― Você sabe... Suponho que seja o de sempre. ― A irritação dela fez as sombras passarem pela mesa e algumas conseguiram chegar ao seu corpo.
"Você está a irritando! Pare com isso!"
Azriel disfarçou quando quase todas começaram a lhe dizer aquelas frases ao mesmo tempo e mandou que ficassem quietas.
A moça tentava evitar as lembranças do que Safira havia lhe contado, da tortura que passou e ela lhe mostrou através das próprias memórias e do sorriso arrogante que Keir exibia por saber que feria uma das melhores amigas dela.
― Sabe que aquele povo sempre será daquele jeito, todos corrompidos e sujos. ― Azriel quase cuspiu as palavras.
― Não lhe passa pela cabeça de vocês que nem sempre eles foram daquele jeito? ― A princesa respirou fundo. ― Que Keir aplica a pior lei na cidade escavada, a mais antiga e estúpida que existe? Aquela que esse povo... ― Ergueu uma das mãos. ― Jamais irá ver?
― Aquele povo não hesitaria em lhe fazer mal, Amethyst.
― Eu sei muito bem quem me faria mal lá, Azriel e não é o povo. ― Foi uma das raras vezes que ouviu seu próprio nome saindo pelos lábios dele. ― Pare de culpar o meu povo, Azriel, estou realmente lhe avisando.
― Eu estou preocupado com você. ― Azriel apoiou uma das mãos sobre a mesa, tentando suavizar a situação e buscar acalmá-la. ― Medo de que fique próxima demais deles e alguém naquela cidade imunda consiga lhe enganar.
― Rhysand mandou que viesse me dizer isso, não é? ― Amethyst bufou tão alto após ver o olhar culpado do encantador de sombras que algumas pessoas encararam a mesa que os dois estavam.
― Eu quero o seu bem, só isso... ― Ela sentiu o toque de Azriel em uma de suas mãos e surpreendeu os dois quando o afastou bruscamente.
― E ajudar seu grão senhor também, espionando a irmã dele e vendo o que ela poderia estar fazendo de mal para a corte. ― A princesa completou sarcástica. ― Sim... Claro que você quer o meu bem.
― Nosso grão senhor.
― Que seja. ― A mais velha tirou de seu bolso algumas notas de dinheiro e deixou sobre a mesa para pagar sua parte pelo que havia pedido. ― Se eu ver essa sombra me seguindo novamente, eu a tornarei minha para sempre e espero que tenha entendido muito bem isso já que não falarei novamente. ― Ela sorriu pendendo a cabeça para o lado antes de sair do local ignorando os chamados dele.
Saiu sentindo o sol aquecendo sua pele e ajeitou seu cabelo, o amarrando.
― Francamente. ― Amethyst acelerou seus passos e revirou os olhos. ― Idiota, imbecil. ― Disse sabendo que ele não iria lhe ouvir.
Queria gritar por conta do ódio que sentia, tinha certeza que ainda teria que aguentar Rhysand querendo conversar consigo. Precisava concentrar suas forças para salvar a corte dos pesadelos de Keir e transformar na corte dos sonhos como sempre desejou.
A escuridão de Safira e Esmee não era totalmente o suficiente e sabia que precisaria demais para conseguir poder o suficiente. Já estava sentindo uma leve dor de cabeça e deixou de pensar naquilo, entrou em uma loja e percebeu que era uma joalheria.
Sorriu de forma singela ao pensar que já sabia o que daria de presente para Helion. Inclinou a cabeça para o lado ao observar as sombras de Azriel próximas e entrou no local tentando ignorar a vontade de chorar que sentia ao perceber que ele sempre faria tudo pela corte e por Rhysand, sabendo que sua opinião nunca iria mudar.
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Helion sabia que teria uma agenda cheia pela manhã e não estava sem ânimo para fazer festas, era algo que ele sempre gostava. Sabia que seu filho iria vir com sua parceira e possivelmente os membros da corte noturna, seus amigos enquanto receberia somente presentes dos outros grãos senhores.
Fazia aniversário numa época que costumava ser um pouco tumultuada por compromissos e reuniões, mas ele não se importava. Antes gostava de dar enormes festas que duravam uma ou duas semanas, mas foi cansando de fazer aquilo.
Já começava a anoitecer e ele observava o lindíssimo pôr do sol quando sentiu uma presença atrás de si e sorriu ao reconhecer.
― Olá, minha joia. ― Saudou a princesa ainda segurando sua taça com vinho. ― Há que devo a honra de sua visita, senhora da noite?
Ele se virou para encará-la e imediatamente o sorriso que havia no rosto dele desapareceu ao ver a expressão desanimada dela. Os olhos estavam inchados e o rosto vermelho por conta do choro recente.
― Olá, senhor do sol. ― Ela disse e pigarreou ao perceber sua voz embargada. ― Droga. ― A moça estava com o nariz entupido.
― O que aconteceu? ― Ele se aproximou dela já completamente preocupado.
― Eu iria vir para seu aniversário amanhã, mas... Acabei pensando demais em você e atravessei para cá. ― Amethyst dizia com uma leve dificuldade. ― Até deixei seu presente no meu quarto e o esqueci, me desculpe.
― O que foi? ― Helion tocou em seu rosto, não se importando com o que ela dizia. ― Por favor, não chore. ― Uma lágrima escorreu e alcançou seu polegar. ― Shii, pare ou meu coração vai sangrar junto.
― Estou sofrendo por meu parceiro e venho pedir consolo ao homem que gosta de mim... ― Ela riu sentindo-se horrível. ― Eu sou cruel demais, o pior tipo de pessoa que existe.
― Ei, eu sempre vou estar de braços abertos para ajudar. ― Helion afirmou. ― O que foi, minha querida?
O carinho do grão senhor com ela foi o suficiente para que Amethyst o abraçasse e enterrasse o rosto contra o peito dele enquanto chorava alto. Ele afagava suas costas e sua cabeça enquanto ela desabafava toda a frustração e ódio que sentia por conta de seu coração fraco.
― Azriel é um idiota... ― Amethyst disse chorosa. ― Eu sou ainda mais por sofrer por ele, que ódio.
― Querida... ― Helion seguiu com uma das mãos sobre a cabeça dela quando ela se afastou para encará-lo.
― Ele me negou, Helion... Mesmo sem saber do laço deixou claro que não pode ficar comigo e isso está me doendo muito, meu coração parece sangrar por dentro. ― A princesa soluçou. ― Não consigo ignorar e seguir em frente, não quando ele uma hora mostra que pode sentir algo por mim e então volta a cumprir ordens de meu irmão.
― Você sempre pode vir para cá, senhora da noite... Eu sempre irei lhe receber de braços abertos, minha corte sempre irá lhe receber. ― O grão senhor tentou secar as lágrimas dela. ― Meu coração também sempre estará aberto para você.
― Isso não é uma boa ideia. ― Amethyst riu entre o choro. ― Não quando tenho a escuridão presa a mim... E é melhor que eu não ame mais ninguém, eu já não suporto essa dor e não iria aguentar outra.
― A dor passa, minha querida. ― Helion voltou a abraça-la.
― Se você fosse meu parceiro, iria ser tão mais fácil. ― Aquilo fez ela voltar a chorar novamente. ― Eu poderia ficar.
― Você pode ficar agora e sempre que quiser. ― O grão senhor fez a oferta. ― Não precisa curar essa dor sozinha, eu posso lhe ajudar sempre que quiser.
― Obrigada, mas... Sabe que terei de recusar. ― Amethyst suspirou já cansada das lágrimas escorrendo por seu rosto. ― Eu preciso curar essa dor sozinha. ― Se afastou dele.
― Não irá embora, não é?
― Eu preciso ir, não posso ficar aqui para sempre. ― Ela observou o céu vendo que já havia anoitecido. ― Eu preciso tentar dormir também.
― Pode fazer isso aqui. ― Helion disse rapidamente. ― E aproveitar para ficar para meu aniversário, será bom para você.
Quando a princesa se virou para encarar o grão senhor, ela rapidamente fechou os olhos pela claridade que vinha em sua direção.
― O que está fazendo?! ― Amethyst resmungou.
― Apenas lhe mostrando um pouco do meu poder de persuasão.
A princesa acabou o encarando e Amethyst sentiu toda a escuridão de seu corpo simplesmente desaparecendo por conta da claridade que Helion lhe transmitia e também a paz que proporcionava aos seus sentimentos e seu coração tão tumultuado por conta de seus pensamentos também, tudo pareceu suavizar até o ponto de sumir.
Seus olhos pesaram e ela sentiu um sono impossível de ignorar, sentiu as mãos dele lhe segurando e apagou nos seus braços.
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Eu juro que queria shippar a Amethyst só com o Azriel, mas o Helion complica tudo hihihihhi em breve posto outro cap, beijos <3 :3