Acordo sentindo um cheiro bom e me espreguiço percebendo que Gizelly não está na cama. Vou para o banheiro faço minha higiene, depois procuro algo leve para vestir.Seco e prendo meus cabelos, em seguida vou direto para a cozinha onde encontro minha namorada usando apenas calcinha e avental enquanto arruma a mesa. Sorrio observando-a por um tempo até que decido ir até ela e abraça-la por trás.
— Bom dia — falo deslizando as mãos para dentro do avental e aperto seus seios.
— Uow — diz rindo.
— Você decidiu me seduzir logo cedo.
— Na verdade sujei minha blusa inteira. — fala virando e dando um selinho — Bom dia amor. Pensei em levar café na cama, mas desisti, acabaria derrubando a bandeja. Hoje estou mais desastrada que você.
— O que será que aconteceu com a senhorita perfeita, hoje? — brinco enquando sento olhando as panquecas que não parecem nada boas, mas os ovos mexidos e bancon não estão mal. — Isso tem cheiro bom.
Gizelly inclina e beija meus lábios novamente, logo depois senta ao meu lado e tomamos nosso café enquanto ela conta sobre a ligação da mãe.
Quando terminamos retiro a mesa e começo a lavar a louça recusando ajuda. Ela fica sentada mexendo no celular e comentando sobre sua experiência na cozinha, até de repente mudar de assunto.
— Ontem eu não quis falar, mas percebi que fumou. — Faço uma careta não querendo tocar naquele assunto.
A ultima coisa que quero é ela reclamando sobre isso. No passado já foi bem difícil lidar com sua aversão a nicotina e meu vício.
— É... eu tive um pequeno vacilo.
Por sorte ela não toca mais no assunto e ficamos em silêncio.
Termino de lavar a louça, seco e guardo tudo enquanto Gizelly permanece sentada mexendo no celular. Arrumo a cozinha inteira vou para o quarto, arrumo a cama e quando volto na cozinha lá está ela rindo olhando para o maldito celular.
— Vai ficar o dia inteiro aí, semi-nua fazendo não sei o quê na droga do celular? — pergunto parando na porta da cozinha, cruzando os braço e ela então levanta.
— Desculpa. — Passa por mim e beija meu rosto.
Decido lavar nossas roupas para passar o tempo e me distrair de meus pensamentos sobre o quê tanto minha namorada faz naquele celular.
No fim da tarde chegam nossas coisas e finalmente nosso apartamento parece um pouco mais familiar. Gizelly espalha porta retratos e quadros, tanto no quarto quanto na sala. Coloco na cama minha colcha preferida e no chão do quarto meu tapete felpudo que trouxe na tentativa de me sentir em um quarto meu.
Enquanto esvazio as caixas encontro um pedaço de papel com a letra de minha mãe.
"Já que se considera uma mulher feita, acredito que não sentirá falta da sua caixa de fanatismo."
— Não acredito que ela fez isso. — Começo a abrir e revirar as caixas e quando percebo que não vou encontrar nada, meus olhos ficam cheios de lágrimas. Gizelly entra no quarto, me olha assustada e logo vem até mim.
— O que aconteceu?
— Mamãe retirou minha caixa com tudo que tinha do Bruno Mars — falo ainda não acreditando.
— Que droga amor.
— Eu sei que parece bobagem, mas eu guardava com tanto carinho.
— Não é bobagem. — Ela me abraça.
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Last Love
FanfictionRafa está deixando tudo para trás para viver intensamente o que para ela é o primeiro e verdadeiro amor. Mas será ele o primeiro e último?