07 - Tsunami

244 47 10
                                    


Meu celular toca e para minha surpresa é a mãe de Gizelly. Estou próximo ao metrô decidindo sobre meu desdestino e penso duas vezes antes de atender, pois não quero que ela perceba meu estado.

— Oi Rafa — diz assim que atendo. — Quero que vá para seu apartamento.  — Franzo o cenho não entendendo.  — Gizelly me ligou e contou pouca coisa, mas o suficiente para perceber que brigaram e ela está preocupada.

— Nós terminamos — falo ainda não acreditando em minhas próprias palavras.

— Ela já saiu de lá e quer que fique, afinal você não tem para onde ir.

— Não...

— Não discuta Rafa, você deve ir para casa tomar um bom banho, se alimentar e dormir. Amanhã com calma vocês conversam.

Eu não ia discutir mesmo sabendo que as últimas coisas que consigo fazer são comer e dormir.

Ainda reluto em voltar, mas realmente não tem para onde ir.

Ao chegar encontro a casa vazia, assim como o lado dela no armário. Choro encolhida na cama até adormecer e no dia seguinte saio para o trabalho como se usasse uma mascara tentando esconder meu interior destruído.

Durante todo o dia tento focar no que faço, mas meu pensamento sempre vai para ela, me perguntando para onde foi. O partamento de Ashley?

Os dias seguintes passam como um verdadeiro borrão.

(...)

Já é quase hora de sair do trabalho quando caminho pelo corredor e sou surpreendida por mãos em meus olhos. O perfume já conhecido faz meu estômago girar, não por enjôo, mas de nervosismo.

— Advinha quem é? — Sua voz soa próximo a mim e sorrio fraco.

— Bianca. — Ela retira as mãos de meus olhos e praticamtente salta a minha frente.

— Vim te chamar para irmos juntas revelar suas fotos.

Quero recusar, mas com certeza será melhor que ficar sozinha em casa.

Bianca espera que eu termine de fazer algumas coisas e logo seguimos para seu estúdio que fica em uma parte da cidade que eu ainda não conheço.

Fico maravilhada observando as construções pelo caminho e quando chegamos observo o prédio de dois andares onde há uma fachada bem chamativa com o nome do estúdio.

— Você ficou com essa cara de boba o caminho inteiro — diz ela ao sairmos do carro.

— Meu espírito de menina do interior fala mais alto ao me deparar com lugares tão lindos. — Sorrio — Adorei seu estúdio.

— Você ainda não viu por dentro. — Ela segura em minha mão e me puxa.

Assim que entramos me surpreendo ainda mais com o lugar. No segundo andar fica uma grande sala para fotografar onde há alguns cabides com roupas e alguns adereços. Também fica a sala onde ela faz revelações, mas não é lá que permanecemos.

Ao Bianca abrir uma porta me deparo com diversas fotos minhas em quadros como se fosse uma exposição. Coloco as mãos na boca surpresa não acreditando no que vejo.

— Você me enganou — digo virando para ela que sorri. — Disse que ia relevelar e já fez isso.

— Eu não consegui esperar, estava louca para te mostrar.

— Ninguém viu isso, não é?

— Isso? Rafa, é meu magnífico trabalho com uma modelo espetacular. Essas fotos estão maravilhosas. Como ousa chamar de isso?  — diz mantendo-se séria.

Last LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora