chapter thirteen.

33 3 0
                                    

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏Estou a cinco minutos parada, me olhando no espelho e pensando em quantas pessoas vão estar sentadas hoje me olhando, isso faz ter frio na barriga a cada trinta segundos.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Isie! — Belly fala me tirando do meu transe. — Estão nos chamando, já está na hora! ͏— Ela parece mais animada do que nunca.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Pode ir na frente, vou só retocar meu rímel. — Minto e ela assente pegando o penúltimo buquê que esta na mesa mais a frente, agora tinha apenas um, o meu.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ Um minuto se passa e eu tento me apressar pra ir, mas minhas pernas me impedem de seguir.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Maisie? — Uma voz familiar me chama. — Você já deveria estar lá, o que aconteceu?

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Jeremiah, eu não consigo. ͏— Sinto um nó se formando na minha garganta, não acredito que estou prestes a chorar.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ O loiro se aproxima de mim e pega gentilmente nas minhas mãos, o que me faz olhar em seus olhos. Eu sabia o que ele estava fazendo, eu sabia o que eu estava sentindo.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Olhe para mim, isso, agora respira e inspira junto comigo. — Sem tirar os olhos dos seus eu faço o que ele está pedindo. — Não precisa ir se não quiser, o Conrad não vai se importar.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Não, eu preciso ir, eu quero ir! — Afirmo e me afasto. — Só essa droga de timidez, na verdade eu nem sou tímida, só odeio ficar na frente de mais de 50 pessoas assim, olhares sobre mim, me julgando.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Ninguém vai te julgar, Isie.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Você sabe como são as garotas daqui? — Pergunto retoricamente e ele não responde nada. — Elas fofocam do que sabem e do que não sabem.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Tipo elas falando de você e do Conrad? ͏— Jeremiah pergunta e eu engulo seco.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Tipo isso mesmo. Mas não tem nada além de amizade entre mim e o Conrad.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Que bom. ͏— Ele fala aparentemente sem querer, o que me faz rir. ͏— Quer dizer...

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Jeremiah Fisher sem palavras, senhoras e senhores, isso é raro.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Culpa sua, você me deixa sem palavras. — Fala quase sussurrando e olhando fixo em meus olhos.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Tá tentando me deixar sem palavras também?

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Talvez, mas você é muito difícil. — Fala e vai até a mesa onde o último buquê estava, e logo em seguida me entrega o mesmo.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Obrigada.

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏— Não foi nada.

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐀𝐊𝐄𝐒 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐓𝐇𝐈𝐒, fisher.Onde histórias criam vida. Descubra agora