CAPÍTULO I - UM OLHAR

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"Assim que a vi, meus ossos gritaram: é ela!"

  Assim que entrei naquela arquibancada da quadra coberta, da escola/faculdade, me permiti sentir o cansaço ao me sentar em uma das últimas fileiras, no lugar mais solitário e de pouca visibilidade

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  Assim que entrei naquela arquibancada da quadra coberta, da escola/faculdade, me permiti sentir o cansaço ao me sentar em uma das últimas fileiras, no lugar mais solitário e de pouca visibilidade. Não queria ser incomodado, tão pouco, ouvir as conversas irrelevantes das pessoas agitadas naquele lugar. Queria apenas, me desligar um pouco, enquanto tinha a obrigação de estar ali, naquela final de campeonato.

  Mesmo que, eu não fosse o treinador, ou alguém que se interesse por esse tipo de esporte, estava ali como os demais professores; por obrigação.

  Firmei meus olhos em um ponto qualquer da pequena quadra de salão. Tentei esvaziar minha mente e estava conseguindo, até que sem aviso, avistei ela. Naquele ponto específico: a entrada para as arquibancadas. Ela tentava achar um local para sentar-se, estava sozinha, a moça de cabelos loiros compridos e ondulados tinha um caminhar vacilante. A observei sem desviar o olhar por nada. Ela me prendia. E eu, não entendia o porque, até que, ela se virou e vi seu rosto. Ah! Um rosto que me parecia familiar. Sentia como se já a conhecesse há uma eternidade inteira! Traços únicos e que fizeram meu ser agonizar tentando chamar minha atenção. Meu corpo todo vibrava com sua presença, mesmo que de longe, em um curto circuito inédito!

  Ela caminhou alguns passos e antes que pudesse alcançar seu lugar, ela caiu, me fazendo dar um pulo do assento que estava. Olhei preocupado até que vi quando se levantou rapidamente, rindo, balançando a cabeça em negativa. Acabei sorrindo também, ao notar seu humor. Umas poucas pessoas nas fileiras abaixo olhou para trás com curiosidade e preocupação. Ela acenou tranquilizando-as, fazendo sinal que estava bem. Seu sorriso... Me deixou estranhamente acelerado, senti meu coração tamborilar rapidamente.

  Ela sentou-se finalmente e pegou algo em uma pequena bolsa que carregava, mas não conseguir ver o que era, pela distância. Após um tempo ela vibrava olhando a cada lance do jogo, parecia entender de futebol. Eu me peguei diversas vezes sorrindo, olhando aquela moça desconhecida e me sentindo estranho. Seus lábios deviam estar vermelhos de tanto mordê-los, e mesmo distante pude ver suas bochechas coradas pela excitação do jogo, o que a deixavam ainda mais linda!

  Quando o time que jogava de amarelo fez um gol, ela levantou e gritou alto, e vi suas curvas melhor, ela vestia uma calça colada ao seu corpo, na cor preta e a camiseta do curso, na cor cinza. Nunca admirei tanto uma combinação de roupa, como neste dia.

  E foi assim que conheci aquela moça, que invadia meus sonhos nas madrugadas e que fazia meu corpo gritar!

(...)

  — Muito bem, turma, estão todos liberados, contudo, não se esqueçam do prazo para entrega do trabalho. — Os alunos levantam-se e começam sair.

UM DIA... (UM CONTO DE AMOR) Onde histórias criam vida. Descubra agora