CAPÍTULO IX - UM MEDO

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“Estou sentindo tudo no mais elevado grau: felicidade, amor, medo...”

  — Boa tarde, Camila! — Júlio me abraça e sorrio

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  — Boa tarde, Camila! — Júlio me abraça e sorrio.

  — Boa tarde.
 
  — Como você está, senhora dos segredos. — Esse Júlio é terrível, aposto que pegou algo no ar.

  — Segredos. Eu? Não! — Lhe dou um sorriso, tentando disfarçar.

  — Camila, acha que sou bobo? — Seu olhar é divertido. — Tudo bem, não precisa me dizer o óbvio. Só quero que saiba, que estão começando a desconfiar. O professor não disfarça muito bem.

  — Júlio, pelo amor de Deus fala baixo.
— Peço olhando em volta.

  — Então é verdade.

  — Eu não disse nada.

  — E nem precisa, sua cara diz tudo. —Seu sorriso aumenta. — Estou feliz por você, sempre soube que aquele homem te queria. — Fico em silêncio. — Quanto tempo vocês estão juntos?

  — Há alguns meses.

  — Sua amiga da onça. Nem confia mais em mim. Não me disse nada!

  — Não é isso. A situação é muito delicada. Pelo amor Deus, não comenta nada com os outros. Para todos efeitos, não sei nada desse professor. Sou só uma aluna qualquer. — Pisco algumas vezes fazendo cara de inocente.

  — Você pode ser tudo. Menos uma aluna qualquer. —Sorrimos, mas nos silenciamos com a chegada dos outros colegas da turma.

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  A aula foi tranquila, tirando o fato de Damião passar em frente a sala me olhando. Também pude constar seu olhar de desgosto, por causa do Júlio. Ele tem um ciúmes descabido. Já expliquei que somos amigos, mas ele parece não entender.

  Assim que entrei na aula de literatura, senti um certo desconforto com o olhar que Damião lançou para mim e Júlio. Ele estava de um jeito sombrio. Me sentei no lugar de sempre e Júlio me cutucou, fazendo gesto querendo saber o que deu no professor. Fiz sinal que não sabia e abri meu material.

  — Bom, vamos iniciar a aula com algumas perguntas. — Damião evita olhar em minha direção e sinto um nó na garganta horrível. — Alguém lembra qual foi o poeta que estudamos neste início do segundo semestre?

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