CAPÍTULO IV - UM CARRO

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"Apesar de todos meus traumas, eu estava ali, me entregando um pouco mais."

  Assim que entrei na minha casa, respirei fundo, dando graças a Deus, ao notar que minha mãe já havia se recolhido

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Assim que entrei na minha casa, respirei fundo, dando graças a Deus, ao notar que minha mãe já havia se recolhido. Fui direto para o meu quarto ignorando a fome.

Me joguei na cama e delicadamente passei os dedos nos lábios ainda inchados, me dando a confirmação que aquele beijo foi real. Estava em êxtase, as pernas ainda trêmulas e onde suas mãos me seguraram ainda queimava.

"Que beijo foi aquele?"

Ele é tão... Meu Deus! Ele é muito... Eu nem sei explicar. Sua boca me tomava com tanta voracidade. Só de lembrar minha intimidade pulsa em desejo. Eu estava totalmente entregue, não consegui resistir a ele, meu corpo simplesmente gritou em resposta ao dele. Isso é assustador!

Me levanto e decido tomar banho, eu preciso muito apagar essa chama queimando em mim, principalmente entre minhas pernas.

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A noite em que o professor Damião havia me beijado, foi impossível dormir, o fim de semana, então, foi um verdadeiro suplício. Eu me pegava pensando naquele beijo, suada, e extremamente molhada. Óbvio que já tinha notado o quão lindo o professor era, mas nunca nem tive a ousadia de ficar olhando para ele com desejo, afinal, eu namorava e também era orgulhosa o suficiente para não ficar babando em cima de um homem. As meninas do curso não percebiam, o papel ridículo que faziam, suspirando descaradamente pelo homem que, nem sequer dava um sorriso a elas.

Eu, além do meu orgulho, gostava de manter minha dignidade. Preferia nem olhar para aquele professor. O pouco que sabia era o que as meninas contavam: que ele era solteiro, sério e gostava de silêncio, tanto é, que suas refeições eram solitárias. Muitas meninas diziam que ele era chato apesar de gostoso.

Eu nem me envolvia nas conversas onde elas especulavam sobre a vida do homem, preferia só ouvir e por vezes, rir de suas observações. Muitas vezes pareciam loucuras, as suposições que elas faziam.

A segunda-feira passou nesse ritmo, lento, cheio de pensamentos que envolviam o professor de um metro e noventa, ou mais, me lembro bem do quanto ele precisou se curvar para me beijar, também me lembro da força do homem, ao apertar meu corpo ao seu, firmemente. E só de lembrar, me arrepio inteira vivenciando novamente nosso momento.

Na terça-feira até a hora do curso, que começava as nove e meia da noite, parecia que não chegava. Me arrumei cedo demais e a expectativa aumenta, com ela o medo. E se ele estivesse esquecido, ou até mesmo, fingisse que nada aconteceu?

UM DIA... (UM CONTO DE AMOR) Onde histórias criam vida. Descubra agora