CAPÍTULO III - UM SENTIMENTO

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"Foi um risco consciente e inconsequente, mas não deixei espaço para o medo."

  Ainda não estava acreditando no que estava fazendo

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  Ainda não estava acreditando no que estava fazendo. Eu, estava agindo como um menino ingênuo e sem noção alguma, mas estava decidido demais e cego pelos sentimentos que já haviam me invadido há algum tempo. Não iria e nem queria retroceder. Estava decido em ir adiante, quando fui até Camila, e comuniquei sobre sua redação.

  Tentei parecer o mais formal e indiferente possível, mas sem muito sucesso. Aquele homem sempre está ao seu lado, e isso, me deixa em uma névoa de ciúmes e raiva. Sei que é errado, mas é o que sinto.

  Quando ele foi embora, ela caminhou um pouco vacilante até minha mesa. Notei observar os papéis com certa confusão, mas ainda assim, começou folhear a pilha em cima da minha mesa.

  Fui até a porta com o coração batendo forte no peito e a tranquei. No mesmo instante, ao perceber o barulho da porta sendo trancada, ela vira-se. Seus olhos agora estão ainda mais confusos, deixando o verde deles ainda mais forte.

  — O senhor… Trancou a porta? — Percebo o quanto sua voz está inconstante, demonstrando seu nervosismo.

  “Droga! Damião, ainda dá tempo de desistir!”

  “Cala a boca! Eu, preciso ir até o fim disso tudo!” — Brigo internamente comigo mesmo.

  Caminho até ela tentando não parecer tão hesitante, nervoso.

  — Tranquei. — Paro à sua frente.

  Ela parece perdida, tentando processar tudo que acontece, me aproximo, e o contraste do seu e meu tamanho, ficam nítidos. A vejo engolir em seco me observando. Tão linda e adorável, seu rosto levemente arredondado e delicado me encaram sem parar.

  — Eh…

  — Sua redação já foi corrigida. — Sem me conter, deixo o nervoso transparecer. — . Eu usei uma desculpa para ficar sozinho com você.

  Falo sem rodeios e ela fica imóvel, seus olhos aumentam, e vejo mais confusão.

  — Por… Por quê? — Ela está espantada.

  — Porque eu não consigo mais ficar longe de você. — Mais uma vez sou direto.

  Sua reação de todas que imaginei é a que não esperava.

  Iludido!

  Ela vai até sua carteira e rapidamente junta seu material na bolsa que joga no ombro, e vai em direção a porta. Então sou o mais rápido que preciso. Segurando sua mão a impedindo de abrir a porta.

  — Por favor, não fuja. — Imploro e ela se vira lentamente me encarando.

  Examino sua reação pedindo mentalmente e apelando até para a fé, para que ela não grite.

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