CAPÍTULO VI - UM DIA DE DECEPÇÃO

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“Ninguém vai tirar minha mulher de mim, ninguém!”

“Ninguém vai tirar minha mulher de mim, ninguém!”

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  Estava na escola observando Camila de longe. Ela estava com algumas amigas e aquele tal de Júlio. Ele segurava sua mão, como se fosse algo a mais dela! Meu peito estava cheio de ódio! Isso é errado, ele não deveria nem se sentar tão perto dela! Não sabia o que se passava na cabeça da Camila, mas não estava certo ela ficar de carinhos com esse cara quando temos um relacionamento. Só porque as pessoas do curso não sabem que, ela tenha que agir assim.

  O pátio estava cheio de alunos e professores para a noite de sarau. Muitos professores estavam afoitos com as apresentações. Os pais dos alunos estavam a maioria presentes. Eu sabia que Camila iria apresentar-se com a turma do teatro e sabia também que, ela iria ler uma poesia com os alunos da minha turma. Seria uma surpresa a poesia escolhida, deixei a critério deles. Confiando nela e na sua boa escolha. Vi quando uma jovem senhora, aproximou-se dela e a abraçou, elas se parecem muito, acho que deve ser sua mãe.

  Fiquei por perto a observando com cautela. Quando senti alguém me cutucando. Olhei para trás e vi uma de minhas alunas.

  — Professor, boa noite. — Falou com uma voz melosa, e que me irrita. Essas meninas sempre previsíveis.

  — Boa noite, o que deseja? — Falo e disfarçadamente olho na direção de Camila.

  — Queria fazer algumas perguntas. — Me contenho para não revirar os olhos.

  — Fique a vontade, se eu puder ajudar.

  — Claro que pode. — Ela parece estar sendo sugestiva. — Eu queria saber, se você, por acaso, não gostaria de me levar em casa hoje?

  — Oi?

  — Oi, professor. — Ela sorrir vendo que estou desconcertado. — Me levar em casa, entendeu agora?

  — Entendi, o que não entendo, é que nunca lhe dei liberdade para isso, e você foi descarada a esse ponto. Também não entendo o porquê, acha que pode ter esse tipo de atitude? — Falo severamente e seu sorriso some. — Acho melhor que isso não se repita, ou do contrário, levarei o caso a direção da escola. — Ela engole seco e se afasta sem dizer nada.

  Respiro fundo e volto a olhar Camila, ela parece distante. O tal de Júlio passa a mão em suas costas como se quisesse confortá-la, ou só apenas saber se está bem. Meu estômago revira, sinto um bolo subir por minha garganta, queimando tudo, até meu cérebro. Eu queria quebrar seus dedos um a um, até chegar na sua mão e esmagá-la por completo! Desgraçado!

  — Damião, vamos começar em alguns instantes sua turma será a última, tudo bem?

  — Esta ok, Denise. Obrigado!

UM DIA... (UM CONTO DE AMOR) Onde histórias criam vida. Descubra agora