Natal na Toca

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Respiro fundo. Em breve estarei em casa. Estou tão contente que quero gritar de alegria. Caminho pelo chão de pedra, ao lado de Lily, Hugo e Alvo. Scorpius já havia partido, pois iria visitar sua mãe antes. A situação com Sr. Malfoy não estava sendo fácil. Todos os jornais do mundo bruxo estavam noticiando sobre o assassinato que ele cometera contra uma trouxa. Não consigo acreditar que ele faria isso. Contudo, não o conheci pessoalmente para conhecer seu caráter. Não julgarei sem provas, apesar disso. Quero acreditar que tudo vai ficar bem no final, que Scorpius não sofrerá por causa disso e que seu pai possa ser inocentado. Caso ele não seja, provavelmente receberá o beijo do dementador. Sacudo a cabeça, para não pensar mais sobre o assunto.

Entramos no trem e partimos para. Serão duas semanas longe da nossa amada Hogwarts. Apesar de estar tanto tempo longe da minha família, sentirei falta do castelo escocês. Procuramos uma cabine para que nós quatro possamos ficar a sós.

- E como está seu namoro com o loiro aguado? – brinca Alvo. Dou um tapa no ombro dele – Ai, isso dói.

Lily e Hugo caem na gargalhada.

- Vai doer mais se chamar Scorpius assim – digo, tentando parecer indignada.

Realmente não estou, mas Alvo está espelhando para todo mundo que estou em um relacionamento com Scorpius. Quero que fique entre nós, por um tempo. Não quero que nem minha família saiba, pois precisamos de um tempo só para nós dois. Além do fato de o pai dele estar preso. Não quero meu pai em cima de mim por causa disso.

- Ok, não vou falar nada do seu namoradinho. Mas então, como será quando ele for para a Toca? – Alvo pergunta.

— Eu realmente não sei, só quero que meus pais não saibam disso agora – respondo.

— Não vai contar para tia Mione e o tio Rony? – Lily pergunta, surpresa – Vai ser bem difícil vocês dois disfarçarem o que sente.

Ela riu, acompanhada de Alvo. Hugo parecia um pouco enciumado.

— Por favor, só peço que não fale para ninguém, isso fica entre nós – peço.

— Claro, desde que ele não seja um idiota com você – diz Hugo, demonstrando sua insatisfação.

Encaro-o, surpresa.

— Por que está agindo assim? – pergunto, irritada para ele.

— Porque eu não confio nele – responde, com a cara amarrada. Ele se vira para janela, demonstrando não querer discutir o assunto.

Suspiro e recosto no banco. Lily aperta minha mão, ao meu lado, com compreensão.

— Não liga para ele, Rose – sussurra ela – Hugo somente quer protege-la. É a primeira vez que você tem um namorado. O que eu acho um máximo.

Sorriu para ela, contente. Pelo menos ela me apoia, além de Alvo.

— E você e Lorcan? – pergunto.

Ela fecha a cara, contudo não solta minha mão.

— Eu sinceramente não sei – diz ela, com irritação – Ele não parece decidir se gosta de mim. Acredita que eu me declarei e ele simplesmente disse: obrigada?

Fico pasma. Não imaginava que ele fosse esse tipo de garoto.

- Ele não teve a capacidade de olhar nos meus olhos quando me declarei – ela continua, com voz chorosa – Achei que estávamos na mesma pagina, mas não parece isso.

Scorose - Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora