Entre pais e filhos

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P.O.V Narrador

Rose mal conseguiu dormir, pela ansiedade que sentia. Precisava sair da enfermaria o mais breve possível, mas foi impedida por uma Madame Pomfrey irritadiça. Ela não deixou a grifinória sair da cama enquanto não comesse uma sopa com vegetais, para revigorar a saúde. Mas, felizmente, Rose não precisou ficar muito tempo na ala da enfermaria. Pode voltar para as aulas, mas seu plano não era ver qualquer aula pela tarde e sim, encontrar Leon, onde quer que ele estivesse.

Ela entrou sorrateiramente no Salão Comunal da Grifinória. Para sua sorte, nenhum aluno a vista. Precisava apenas trocar de roupa e pegar sua mochila, para fingir que iria para as aulas.

Desceu as escadas do salão rapidamente, saindo pela porta do retrato da Mulher Gorda e seguiu diretamente para o Salão Principal, na intenção de seguir com sua rotina diária e tentar saber onde Leon poderia estar. Com certeza, os alunos deveriam estar falando sobre isso. Ela não se atreveria, é claro, ir até as Masmorras para procura-lo, afinal, ele poderia não estar lá. Devia estar detido em algum canto daquele castelo. Ou talvez, estivesse a caminho de Azkaban. O que seria muito bem feito. Ou estaria em julgamento no Ministério. Eram tantas possibilidades que Rose conjecturava que não percebeu que esbarrou em algo sólido.

— Wow, priminha, cuidado ai - Alvo a fitou com seus olhos verdes brincalhões, segurando-a pelos ombros.

Rose piscou algumas vezes, focando a visão.

— Alvo, preciso falar com você, urgente! - ela disse e olhou para os lados. Só havia um fluxo de alunos no térreo, indo para os jardins e passando por eles sem nota-los.

— Comigo? Mas, por quê? - ele franziu o cenho - Mas, que bom que achei você. Scorpius soube que você recebeu alta e estava te procurando...

— Não tenho tempo pra isso! - Rose interrompeu abruptamente, puxando Alvo pelo braço, para que saíssem do corredor para o gramado, do lado de fora - Escuta, eu preciso saber onde está o Leon?

— Que? Está louca? - Alvo exclamou, com um olhar exasperado.

Rose o fitou com um olhar repreensivo. Mas, já era tarde. Alguns alunos olhavam para eles de forma curiosa.

Rose puxou o primo pelo braço com força, guiando-o pelo jardim.

— Rose, para, espera aí! - Alvo tentou se desvencilhar das garras da prima, mas parecia que ela havia adquirido uma força excepcional - Para de me puxar e me escuta!

Ele a puxou para si, deixando-a frente a ele. Rose respirava profundamente, com as narinas dilatadas.

— Eu não posso esperar, Alvo. Eu preciso saber...preciso saber se o que Leon disse era verdade...que ele e Scorpius mataram uma trouxa.

Ela sentia-se desesperada, tentando negar a si mesma que aquilo poderia ser uma possibilidade.

— Se acalma ruivinha, ok? - Alvo pediu, delicadamente e puxou as mãos da prima, fazendo carinho - Eu tenho certeza que Scorpius não fez nada disso. Ele não faria tal coisa...

— Mas, por que Leon iria mentir sobre isso? - Rose insistiu, com o coração apertado.

— Para desestabilizar você. Olha como você está - ele gesticulou - Está quase chorando por causa de uma mentira.

— Por isso preciso falar com Leon. Quero confronta-lo, quero torcer seu pescoço...

— Ei, ei, calminha leoa - Alvo puxou as duas mãos dela, prendendo seus pulsos - Você vai ficar aqui comigo. Não vai se aproximar daquele garoto mais. Ele é doente, sabia? Vai te fazer mal. E se ele fizer isso, arranco as tripas dele.

Scorose - Quase sem quererOnde histórias criam vida. Descubra agora