Christian é um médico neurocirurgião literalmente casado com o hospital, não dando atenção a qualquer outra coisa em sua vida, até que numa noite, de repente, ele se apaixona por uma paciente. Se já não fosse ruim o bastante aquela constatação, era...
Você entrou na sala E agora meu coração foi roubado E eu soube desde o primeiro momento - James Arthur
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~ Can I be Him ~
Christian colocou o jaleco no corpo enquanto andava pelo corredor do hospital, logo mexendo nos bolsos para verificar se havia mesmo colocado o esteto e a caneta no lugar.
Ele estava morto.
Literalmente.
Havia passado a madrugada inteira em claro, e quando estava pensando em ir embora, foi informado que a polícia chegaria para ver a "Paciente Desconhecida". Ele só teve tempo de tomar quase um litro de café e um banho rápido, felizmente havia roupas limpas guardadas em seu armário.
_ Nossa, você está péssimo! - Elena, uma das enfermeiras do hospital, falou ao vê-lo no corredor da UTI.
Christian revirou os olhos, não lhe dando atenção.
A loira era um pé no saco. Ela era antiga no hospital, estava lá antes dele, mas desde que ele havia chego a mulher pegava em seu pé, sempre insinuando alguma coisa. Era até bonita, muitos anos a sua frente, mas bonita. Porém, Christian mal tinha tempo para dia namorada - agora ex - imagina para ter uma amante.
_ Você ficou aqui a noite toda? Sério? - ela continuou a falar, andando ao seu lado.
Ele preferiu continuar calado, logo chegando a porta da uti.
_ Soube que terminou seu relacionamento, deve estar arrasado.
_ Tenha um bom dia, Sra. Lincoln - Christian deu ênfase em seu sobrenome.
Ah sim, a mulher era casada.
A polícia Hollings que esperava por Christian no quarto da paciente.
Eles precisaram colher DNA, falar sobre o kit de estupro, e também ter o prontuário da garota. A policial informou também que havia dois homens no carro com a menina, que morreram antes mesmo da queda do carro, e que também não tinham qualquer informações sobre quem eles eram, não estavam no banco de dados do sistema assim como a paciente.
Ainda sem qualquer chance de saber quem ela era, duas semanas se passaram.
Com o desinchaço no cérebro, a menina pôde ser retirada da UTI para o quarto, porém, sem qualquer resposta de seu corpo ainda, ela permaneceu em seu estado à deriva.
Com os dias se passando, Christian pôde observá-la melhor, os hematomas sumiram, restando apenas a pele branca demais, o que indicava profunda falta de vitamina D, também havia bastante queda de cabelo - e ele era tão escuro e também sem vida. Mas assim, nada era importante ao falar sobre a beleza da menina.
Ela era extremamente bonita, os lábios cheios, o nariz formado como um pequeno botão, os cabelos muito escuros chamavam atenção, ainda mais em toda aquela palidez.
