Christian é um médico neurocirurgião literalmente casado com o hospital, não dando atenção a qualquer outra coisa em sua vida, até que numa noite, de repente, ele se apaixona por uma paciente. Se já não fosse ruim o bastante aquela constatação, era...
"Quando as luzes se acenderem e eu estiver ali sozinho, você vai estar lá?" - James
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~ Be you ~
Três dias depois Ana estava esperando pacientemente Anne terminar de "conferir" se todos os seus desenhos estavam guardados. Durante todos aqueles anos a menina havia desenhado para sua mãe e Christian os colava na parede, trocando de vez em quando para ter mais espaço, e Ana garantiu que ela poderia continuar fazendo aquilo, claro, mas aqueles agora seriam guardados.
O quarto finalmente seria vago, e Ana iria para o apartamento de Christian.
Ela tocou nos cabelos, sentindo a sensação estranha que ainda a pegava em estar tão exposta, mas nem mesmo aquilo poderia sobrepor sobre sua ansiedade.
E Christian estava mais nervoso do que a própria Ana. Ele estava de folga naquele dia por motivos óbvios, mas já havia ido ao hospital duas vezes e parecia que o apartamento nunca estava realmente pronto para recebê-la.
O médico conferiu pela enésima vez o quarto - que antes era seu escritório. Mia e Grace haviam lhe ajudado a mobiliar, e Anne, claro.
Uma cama de casal com dorsel branco estava abaixo da janela, ao lado da parede, as paredes continuaram num tom cinzento porque Christian não achou que sairia o cheiro de tinta tão cedo, mas Ana lhe disse que gostava da cor de qualquer forma; também uma cômoda e um armário para roupas, uma escrivaninha e um pequeno sofá da outra parede. Com o tempo a morena poderia mudar o que quisesse, mas ele achava que ela iria gostar por enquanto.
Conferiu também se a casa estava mesmo toda limpa, se havia colocado todas as compras na geladeira e nos armários e então se lembrou que não havia retirado as roupas da lavanderia. Com pressa ele tirou tudo das cordas e jogou dentro do seu closet, decidindo se preocupar depois, precisava buscar Ana no hospital.
A morena sentiu o rosto ferver de vergonha ao que parecia que cada funcionário do hospital estava lhe abraçando e desejando tudo de bom, pedindo que ela voltasse de vez em quando para visitas, claro, e ela até se emocionou um pouquinho porque eles eram sempre tão simpáticos e gentis.
_ E aí, tudo bem? - Christian questionou quando Ana se sentou ao seu lado no carro e colocou o cinto de segurança.
Ela estava a coisa mais linda vestindo jeans escuro, all star branco e suéter lilás de florzinhas, o cabelo preso num rabo de cavalo e o cheiro de flores de Jasmin inundava ele como sempre.
_ Uhum - ela respondeu, segurando no cinto mesmo que já tivesse afivelado ele.
