Capítulo 7

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"E eu preciso que você saiba que estamos entrando nessa tão rápido, caindo como as estrelas, nos apaixonando."
- James

~ Falling like the stars ~

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~ Falling like the stars ~

Almas não se encontram acidentalmente. Aquela era a conduta que Ana estava vivendo nas últimas semanas, especificamente toda as vezes em que ela observava a interação tão natural de Christian e Anne.

Christian estava sentado no sofá de dois lugares, tinha Anne em seu colo e a garota estava completamente jogada em seu peito enquanto comia rosquinhas coloridas e açucaradas e o pai segurava o seu tablet em sua frente.

Naquele momento, Ana estava sentada na poltrona do quarto, completamente suada, o cabelo preso num coque bagunçado e sua roupa - apenas short e blusa de moletom azul escuro - grudava em sua pele enquanto ela tomava longos goles de água de sua garrafinha. Havia acabado uma sessão pesada de fisioterapia, e seu corpo ainda pesava uma tonelada para ela, mas agora ela tinha força para segura-lo.

_ Para sua casa? - Ana perguntou, respirando com dificuldade, ofegante.

Aparentemente ela teria alta em breve, e Christian começou o assunto em dizer que iria transformar seu escritório num quarto para que ela não precisasse subir e descer as escadas. Claro que melhorando, eventualmente Ana sairia daquele hospital.

Mas aí o que?

O que ela faria a partir dali?

Era seguro sair?

Os policiais estavam em sua cola ainda, mesmo que disseram fazer um recesso por algumas semanas para as festividades, mas que em breve voltariam. Ana era uma incógnita para todo mundo, e ela precisava ser uma solução logo. Ela sair do hospital era um perigo para eles, sem identidade, sem qualquer informação de quem ela era de verdade.

Dois meses inteiros que estava acordada. A neve lá fora era muito abundante e ela sempre via os carros cobertos por ela, e as árvores do jardim também. Era dezembro, quase fim do mês e o clima no hospital era de festa apesar de tudo. Todo mundo amava o natal.

E Ana tinha Anne lhe falando demais sobre ele.

Ana nem sabia como era o natal direito, ela nunca o comemorou, mas era só olhar para os olhinhos azuis e brilhantes da pequena que a morena sentia que podia se vestir do próprio papai Noel por ela.

Anne ia até seu quarto todos os dias depois da aula, como sempre lhe contava de seu dia, não importava o que a mãe estivesse fazendo, ela apenas se sentava em sua cama e lá ficava tagalerando enquanto Ana suava litros com a fisioterapia. E aquilo era bom, era muito bom. Se esforçar e então poder olhar para o lado e ver a pequena sorrindo enquanto contava sobre mais uma de suas descobertas do mundo, e era ainda mais excitante saber que Christian logo entraria no quarto, pela vigésima vez num período de duas horas e dizer que elas precisavam fazer menos barulho. Ele era o único que tinha coragem de ir lá reclamar da bagunça, ninguém no hospital ousava sequer olhar com menos do que carinho e felicidade para Ana, e com Anne era impossível dizer não tambem.

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