Capítulo 11

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"Somente para seus olhos, eu vou mostrar meu coração para quando você estiver sozinha e esquecer quem você é, eu posso sentir seu coração dentro do meu."
- One Direction

~ If  I could fly ~

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~ If I could fly ~

A espera de algo na maior parte das vezes era ainda maior e mais explosiva do que o ato em si. A espera de um beijo te deixa mais ansioso do que o próprio beijo, aqueles poucos segundos antes das bocas finalmente se tocarem é o que deixa de fato seu coração disparando; a espera é algo bom, mas muito ruim também. É a expectativa, a ansiedade, aquela maldita espera de quando você sabe o que vai acontecer.

Como com Ana, há seis anos, naquele carro, esperando ser levada e então voltar para algo que a destruiria ainda mais; como Christian que passou aqueles meses esperando por Anne que ainda estava na barriga de Ana, surtando com o que o que teria de fazer com um bebê, e de repente era como se tivesse feito aquilo a vida inteira; como a espera de Ana, a ansiedade em quando ela acordasse, como seria, como fariam, e foi tudo tão natural que ele sequer sentia os dias passando.

E como ali, naquele exato momento, enquanto os lábios se tocavam num beijos profundo e calmo, sem qualquer pressa, mas havia uma espera ali, uma ansiedade dos dois sabendo o que exatamente iria acontecer, e pela primeira vez para eles o ato em si seria mais explosivo do que a espera.

Christian deixou Ana controlar o beijo como queria, apenas se maravilhando com a boca dela e tocando a pele de suas costas por baixa da camisa. Ela estava fria pela adrenalina ter passado, mas ele sentia como ela já começava a ficar ofegante contra ele, se mexendo contra seu corpo e parecendo ficar confortável daquela forma.

Ele a empurrou devagar contra a cama, pairando por cima de seu corpo enquanto não desgrudava os lábios dos dela e as línguas se tocavam de forma suave e não querendo disputar a dominância, era como se s conhecessem o suficiente para saber qual o lugar de cada uma.

Seu corpo já tinha Ana em todo lugar assim como sua mente. Era como se desde que pôs os olhos nela, tivesse caído de um abismo e nunca tivesse chegado ao chão até finalmente ela abrir os olhos, até finalmente poder receber os toques dela, e ela se tornou seu mundo inteiro, com seu cheiro grudado nela, sua respiração contra ele, cada movimento dela era disposto ao dele e eles apenas se encontravam naquilo.

Ana gemeu baixinho contra sua boca quando ele deixou se encostar todo nela, o peso de corpo contra ela fazendo-a abraçá-lo com força, como se tivesse medo que ele saísse dali, mas era a última coisa que Christian iriar querer naquele momento.

As roupas foram tiradas num gesto silencioso e recíproco, e a cada peça fora mais beijos era depositado em mais um pedaço de pele descoberto.

Christian passava as mãos pelo corpo de Ana com cuidado, beijando cada centímetro até voltar a beijar sua boca, se posicionando em meio a suas pernas. O único som ali era de seus beijos profundos e respirações ofegantes, e pela janela ao lado da cama era possível escutar a nevasca lá fora enquanto a noite caía e as luzes da cidade acendiam. Era como um mundo perfeito, lá fora e ali dentro.

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