Capítulo 6

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~~~ 6:30 AM, 20 de Julho de 1938, Mansão Niwrad ~~~

Era uma manhã de quarta feira agitada na mansão Niwrad, todos acordaram cedo, - até mesmo Sebastian - muito ansiosos para conhecer o mundo bruxo. Tom mal podia ficar parado no mesmo lugar, andava de um lado para o outro em seu quarto, Isaac assistia divertido o seu irmão enquanto sentava na sua cama, Leonard estava em uma poltrona perto da janela do quarto lendo um livro. Charlotte parava Tom a cada dois segundos para ajeitar seu cabelo e sua roupa, enquanto Sebastian compartilhava da ansiedade de seu irmão e andava na direção contrária a dele, quase esbarrando nele duas vezes.

Após minutos torturantes de espera, um dos mordomos bateu na porta do quarto e chamou os jovens para o café da manhã. A família inteira se encontrou na sala de jantar e tiveram uma merenda apressada, Charlotte teve que salvar Sebastian três vezes de se entalar com um pedaço de waffles, Isaac estava quase explodindo em risos com as reações de seus irmãos. Leonard como sempre agia de forma educada e elegante, e os pais dos adolescentes assistiam tudo divertidos, também mal contendo sua própria ansiedade.

Quando todos terminaram de comer, os sete Niwrads se dividiram em dois carros. No primeiro carro iam Michael, Tom, Sebastian, Isaac e o motorista; no segundo iam Margareth, Charlotte, Leonard e o motorista. A família atravessou várias cidades até finalmente chegarem ao centro de Londres.

~~~ 7:30 AM, Centro de Londres ~~~

Após descerem dos carros, Michael avisou os motoristas para esperarem em algum hotel pois ele não sabia que horas terminariam seu passeio. A família se locomoveu com dificuldade pelas ruas movimentadas, procurando qualquer sinal de magia por cerca de 20 minutos, até que Tom agarrou a mão de seu pai e começou a puxá-lo em direção à algum lugar.

O resto da família seguiu os dois, até verem a fachada de um bar velho e com janelas manchadas com um letreiro que dizia "O Caldeirão Furado". Eles notaram que as outras pessoas pareciam ignorar o lugar como se não pudessem vê-lo e entenderam que eles realmente não podiam, Tom foi o único deles a ver o local de primeira então era óbvio que tinha algo que fazia com que apenas magos e bruxas vissem o bar.

Michael abriu a porta do bar e acenou para o resto de sua família entrar, quando todos passaram, ele fechou a porta e aproveitou para observar o local. Ele ficou maravilhado, - mesmo que sua expressão não deixasse mostrar - haviam pessoas usando vestes de todas as cores, alguns tinham também chapéus pontiagudos e engraçados sobre suas cabeças.

Haviam pratos voando por cima das mesas e ninguém parecia se importar, na verdade, mesmo com todas as coisas estranhas naquele local, a atenção de todos estava na família que havia entrado pelo lado trouxa de Londres. Michael não deu atenção a curiosidade daquelas pessoas estranhas e ao invés disso, andou até o balcão onde atrás dele um homem jovem segurando um copo e um pano os observava curiosamente.

- Olá, bom dia. Me chamo Michael Niwrad, eu e minha família estamos procurando a entrada do Beco Diagonal, meu filho recebeu há alguns dia a carta de aceitação dele para Hogwarts.

Tom - o dono do lugar - e alguns outros magos e bruxas do local - que não estavam tão bêbados - olhavam impressionados para o homem grande, cheio de cicatrizes e que andava com uma bengala que mais parecia um gladiador falar como um perfeito lorde sangue puro.

- Um bom dia pra você e sua família também senhor Niwrad, eu sou Tom e sou dono desse bar - Tom falou de braços abertos mostrando o lugar - Se puderem me seguir, eu vou lhes mostrar a entrada para o Beco agora. - ele falou saindo de detrás do balcão e seguindo para o fundo do bar, a família Niwrad o seguindo. Ao chegarem na parte de trás onde ficavam as latas de lixo, e derem de cara com uma parede de tijolos, Michael olhou ameaçadoramente para Tom - o mais velho - que prontamente engoliu em seco e se apressou para explicar - Agora prestem bastante atenção! - ele tirou o que parecia ser um galho - 'uma varinha' todos pensaram animados - de algum lugar e bateu na parede de tijolos três vezes em um padrão com a ponta da varinha, e o tijolo que tocou estremeceu, então torceu-se. Um segundo depois se viram diante de um arco gigante que abria para uma rua cheia de lojas que seguia até os olhos não puderem mais ver - Bem-vindos - disse Tom - ao Beco Diagonal!

Tom Marvolo... Niwrad?Onde histórias criam vida. Descubra agora