Capítulo 13

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Os meses se passaram como um flash, Tom estava feliz que muitos sonserinos pareciam respeitá-lo bem mais agora do que no primeiro ano. Ele recebera uma carta de seu pai no dia seguinte ao que ele soube que sua família iria se mudar, dizendo que eles estariam morando em uma mansão perto de Hogsmeade até que a guerra esfriasse. Essa foi uma das melhores notícias que Tom recebeu desde o começo de seu segundo ano. Outra notícia que recebeu de seu pai, um pouco antes das férias de Yule, era que os Malfoys os haviam convidado para um jantar no começo das férias.

Tom ficou surpreso com o convite, mas lembrou que o Lorde Malfoy já tinha proposto a ideia de um jantar na mansão Malfoy. Tom ficou realmente ansioso para as férias de natal, mas não precisou esperar muito para que elas chegassem. Quando seus pais o buscaram na estação em Hogsmeade, Tom percebeu a mudança na atitude dos outros bruxos para com seu pai. Antes eles o olhavam com ódio ou nojo, agora havia respeito e até um pouco de inveja. Ele foi para a mansão e ficou feliz em ver seus irmãos, inclusive Leonard estava lá, e o mais velho não parava de falar de uma garota ítalo-brasileira que tinha conhecido no mundo bruxo brasileiro.

Depois de alguns dias em casa, os Niwrads seguiam para a mansão Malfoy pela rede de Flu. Eles saíram em um grande saguão de entrada feito de mármore com paredes altíssimas, se assemelhava a Gringotes, mas sem os duendes, e com um ar mais presunçoso. Eles não precisaram esperar muito para serem atendidos por um elfo doméstico, que os levou até uma sala de jantar luxuosa. Os três Malfoys se levantaram e os cumprimentaram, Tom apertou a mão de Abraxas e pode ver a felicidade nos olhos de seu amigo por visitá-lo em casa.

As duas famílias se sentaram à mesa, com Julius na ponta e sua esposa e filho a sua esquerda. Enquanto Michael se sentou a direita do lorde Malfoy, com sua esposa e filhos do mais velho para o mais novo a sua direita. Tom se sentou a esquerda de Abraxas, e Isaac a esquerda dele. Os elfos domésticos trouxeram as entradas, e as duas famílias comeram em paz e trocando conversas leves e amigáveis.

- O que seu filho tem achado da escola? - Julius perguntou a Michael.

- Tom tem gostado bastante da escola, ele tem falado muito bem do lugar e dos amigos que fez lá.

- Ah, é muito bom ouvir isso. Mas me diga, ele não teve nenhum problema lá, não é? - a pergunta de Julius não era tão simples quanto parecia, Michael leu nas entrelinhas e percebeu que o lorde loiro já sabia de algo.

- Apenas um leve desentendimento com um dos professores.

- Albus Dumbledore, certo? - aí está, Julius já sabia de tudo - Ouvi falar que você e sua esposa causaram uma cena no grande salão. E depois ainda discutiram com os funcionários na sala do diretor.

Michael fez uma carranca, mas respondeu: - Aquele Dumb-as-a-door⁴ tem causado problemas ao meu filho. Ele mostrou um preconceito doentio contra Tom desde que se conheceram.

- Eu devo dizer, lorde Niwrad, eu mesmo não sou fã daquele homem. Ele vem me causando problemas na política há anos. Além de ter uma visão a favor de tro... - ele parou de falar e olhou diretamente para Michael.

- Ele é amigo dos trouxas - Michael terminou a fala de Julius - Acredito que chamem pessoas como ele de traidores de sangue? Eu posso entender como vocês se sentem, nem todos os não-mágicos são maus, existem alguns que podem admirar sua magia. Eu entendo bem como é sofrer preconceito.

- Você entende?! - Julius exclamou irritado - Como pode dizer que entende quando é igual a eles?

Michael não respondeu, seu rosto ficou vazio de expressão, ele não falava nada, mas os objetos do cômodo tremendo, e alguns até quebrando, demonstrava bem como ele estava se sentindo.

Tom Marvolo... Niwrad?Onde histórias criam vida. Descubra agora